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Finanças

Ultrapar e Via encerram com forte queda; Hapvida decola mais de 6%

As ações da Ultrapar (UGPA3) caíram 12,33%, após divulgação de resultado trimestral.

ultrapar
Posto de combustíveis da rede Ipiranga, que pertence à Ultrapar, no Rio de Janeiro (RJ) 05/03/2021 REUTERS/Ricardo Moraes

O Ibovespa, índice mais negociado da B3, encerrou a quinta-feira (12) em queda após mais um dia de repercussão dos balanços financeiros. Ultrapar e Via despencaram acompanhadas de Minerva, que havia disparado na véspera. Na outra ponta do índice, Hapvida decolou, enquanto Americanas diminuiu a alta do início do pregão. Veja os destaques abaixo:

Ultrapar

As ações da Ultrapar (UGPA3) caíram 12,33%, para R$ 15,21. A companhia teve lucro líquido ajustado de R$ 290 milhões no segundo trimestre, mas incluindo efeito de uma baixa contábil realizada na rede de farmácias Extrafarma, o resultado ficou negativo em R$ 18 milhões.

Via Varejo

A Via Varejo (VVAR3) recuou 7,30%, negociada a R$ 12,07, mesmo após dobrar o lucro no segundo trimestre, enquanto o resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado caiu 12,6%, para R$ 485 milhões, abaixo das previsões de analistas, com a margem encolhendo 4,4 pontos percentuais, para 6,2%.

O Bank of America (BofA) informou em relatório que os resultados operacionais e o lucro líquido da varejista ficaram abaixo do consenso devido às restrições de funcionamento em abril. Por outro lado ponderou que as vendas se fortaleceram ao longo do período, e, por isso, prevê uma reação mais favorável aos resultados. O banco manteve recomendação de compra para os papéis da empresa e preço-alvo em R$ 19,20.

Minerva

Minerva (BEEF3), que disparou 14,65% no pregão da véspera, fechou o dia em queda de 11,27%, negociada a R$ 8,82, após reportagem publicada pelo Valor Econômico informar que os controladores da companhia começaram a discutir a possibilidade de fechar o capital da empresa. A empresa, porém, negou a informação.

Qualicorp

A Qualicorp (QUAL3) caiu 4,68%, para R$ 19,54, ampliando as perdas da véspera, quando desabou 15,6%, após anúncio de aquisição pela companhia do Grupo Elo por R$ 129,5 milhões, além de acordos comerciais com a Seguros Unimed e a Central Nacional Unimed (CNU).

Hapvida

A Hapvida (HAPV3) avançou 6,38%, negociada a R$ 14,85, apesar da queda do lucro no segundo trimestre, ainda afetado pela dinâmica da pandemia de covid-19. Analistas destacaram positivamente melhor resultado financeiro e custos médicos mais controlados do que pares, entre outros elementos.

Americanas

A Americanas (AMER3) subiu 2,47%, ao preço de R$ 46,83, após fechar acordo para comprar a rede de hortifruti Natural da Terra por 2,1 bilhões de reais. A companhia também divulga balanço do segundo trimestre após o fechamento.

Em relatório, o Goldman Sachs afirmou que, embora o anúncio possa ser uma surpresa “dada a complexidade operacional da categoria de varejo de alimentos”, o movimento vem embalado à aquisição da plataforma de entrega de mantimentos Supermercado Now e sua intenção declarada de usar os recursos de um aumento de capital, concluído há um ano, para fusões e aquisições em categorias de alta frequência. O banco manteve recomendação de compra para os papéis da companhia e preço-alvo em R$ 77.

SulAmérica

SulAmérica (SULA11) acelerou e encerrou com ganhos de 2,80%, ao preço de R$ 29,02, após obter lucro líquido das operações continuadas de R$ 29,6 milhões no segundo trimestre, um tombo de 92,6% em relação ao mesmo período do ano passado resultado da maior sinistralidade nos segmentos de saúde e vida.

Eletrobras

Eletrobras (ELET3) virou e fechou com queda de 1,58%, a R$ 39,21, após obter lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre do ano, alta de 439% na comparação anual. O lucro líquido recorrente, que considera ajustes não mencionados nos destaques, teve alta de 601% no período, para R$ 4,5 milhões na mesma base de comparação.

O Goldman Sachs afirmou em relatório que o resultado recorrente reportado pela empresa ficou 55% acima de expectativas e 99% acima das previsões do consenso. O banco reiterou que o aumento é explicado, principalmente, pelo resultado financeiro positivo de R$ 759 milhões, enquanto o banco esperava um resultado negativo de R$ 391 milhões. O Goldman manteve recomendação de compra para os papéis com preço-alvo em R$ 53.

JBS

A JBS (JBSS3), segunda maior companhia de alimentos do mundo, caiu 5,85%, para R$ 31,08. A companhia reportou lucro líquido recorde de R$ 4,4 bilhões no segundo trimestre, alta de 29,7% no comparativo anual, impulsionada pelo desempenho das operações na América do Norte.

Azul

Azul (AZUL4) recuou 1,35%, negociada a R$ 37,19, após reportar lucro líquido de R$ 1,16 bilhão no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 1,62 bilhão sofrido um ano antes, ajudado pela aceleração da vacinação no Brasil e efeito cambial.

Oi

A Oi (OIBR4) reverteu a alta e encerrou com desvalirzação de 3,31%, a R$ 1,75, ao apresentar lucro líquido de R$ 1,139 bilhão no segundo trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 3,409 bilhões em igual intervalo de 2020. O lucro operacional medido pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina somou R$ 1,284 bilhão, recuo de 5,5% na mesma base de comparação. 

Outros destaques

 B3 (B3SA3) desabou 7,71%, para mínimas desde maio de 2020, após balanço do segundo trimestre, no qual mudou para possível o prognóstico para uma perda de processos cíveis da ordem de R$ 31,5 bilhões. Apesar de a mudança não exigir provisões e a B3 reiterar que permanece construtiva em resultado positivo, o Credit Suisse destacou que o tamanho potencial da perda no caso de decisão desfavorável pode ser relevante, o que torna justificável o reação das ações.

Fleury (FLRY3) fechou em alta de 4,01%, em sessão de recuperação, após recuar 3% na véspera. Mais cedo, os papéis chegaram a ser negociados a R$ 22,45, menor cotação intradia desde 1 de junho de 2020.

*(Com informações da Reuters)

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