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Finanças

Vazamento de dados de clientes coloca nova pressão sobre Credit Suisse

New York Times publicou que os dados vazados cobriam mais de 18 mil contas que detinham coletivamente mais de US$ 100 bilhões.

Sede do banco Credit Suisse em Zurique, Suíça 03/11/2021 REUTERS/Arnd WIegmann

O órgão de fiscalização financeira da Suíça disse que estava em contato com o Credit Suisse depois que a imprensa publicou que resultados de investigações coordenadas no estilo Panama Papers sobre um vazamento de dados envolvendo milhares de contas mantidas no banco nas últimas décadas.

Uma pessoa vazou as informações sobre as contas que foram mantidas no banco entre as décadas de 1940 a 2010 para o jornal alemão Sueddeutsche Zeitung. Entre as alegações na reportagem estão acusações de que entre os clientes do Credit Suisse estavam violadores de direitos humanos e empresários alvo de sanções.

“Estamos cientes da reportagem”, disse um porta-voz da Autoridade Supervisora ​​do Mercado Financeiro da Suíça (FINMA) à Reuters. “A conformidade com os regulamentos contra lavagem de dinheiro tem sido o foco de nossas atividades de supervisão há anos”, acrescentou a FINMA.

O Credit Suisse rejeitou as acusações de irregularidades.

O New York Times publicou que os dados vazados cobriam mais de 18 mil contas que detinham coletivamente mais de US$ 100 bilhões.

As ações do Credit Suisse, segundo maior banco da Suíça, que já estava sob pressão após uma série de escândalos relacionados a sua administração além de prejuízo de 1,6 bilhão de francos suíços sofrido em 2021, tinham queda de 2,9% às 12h28 (horário de Brasília).

“O Credit Suisse rejeita veementemente as alegações e insinuações sobre as supostas práticas comerciais do banco”, disse o Credit Suisse em comunicado divulgado na noite de domingo em resposta às reportagens publicadas pelo consórcio de imprensa.

“As matérias apresentadas são predominantemente históricas… e as contas dessas matérias são baseadas em informações parciais, imprecisas ou seletivas retiradas do contexto, resultando em interpretações tendenciosas da conduta empresarial do banco.”

O banco disse que recebeu “várias consultas” do consórcio nas últimas três semanas e revisou muitas das contas em questão.

“Aproximadamente 90% das contas analisadas estão encerradas hoje ou estavam em processo de encerramento antes do recebimento das consultas da imprensa, das quais mais de 60% foram encerradas antes de 2015”, afirmou.

“Das contas ativas restantes, estamos confiantes de que a devida diligência apropriada, revisões e outras medidas relacionadas ao controle foram tomadas de acordo com nossa estrutura atual. Continuaremos a analisar os assuntos e tomaremos medidas adicionais, se necessário”, acrescentou o Credit Suisse.

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