Uma pessoa vazou as informações sobre as contas que foram mantidas no banco entre as décadas de 1940 a 2010 para o jornal alemão Sueddeutsche Zeitung. Entre as alegações na reportagem estão acusações de que entre os clientes do Credit Suisse estavam violadores de direitos humanos e empresários alvo de sanções.
“Estamos cientes da reportagem”, disse um porta-voz da Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro da Suíça (FINMA) à Reuters. “A conformidade com os regulamentos contra lavagem de dinheiro tem sido o foco de nossas atividades de supervisão há anos”, acrescentou a FINMA.
O Credit Suisse rejeitou as acusações de irregularidades.
O New York Times publicou que os dados vazados cobriam mais de 18 mil contas que detinham coletivamente mais de US$ 100 bilhões.
As ações do Credit Suisse, segundo maior banco da Suíça, que já estava sob pressão após uma série de escândalos relacionados a sua administração além de prejuízo de 1,6 bilhão de francos suíços sofrido em 2021, tinham queda de 2,9% às 12h28 (horário de Brasília).
“O Credit Suisse rejeita veementemente as alegações e insinuações sobre as supostas práticas comerciais do banco”, disse o Credit Suisse em comunicado divulgado na noite de domingo em resposta às reportagens publicadas pelo consórcio de imprensa.
“As matérias apresentadas são predominantemente históricas… e as contas dessas matérias são baseadas em informações parciais, imprecisas ou seletivas retiradas do contexto, resultando em interpretações tendenciosas da conduta empresarial do banco.”
O banco disse que recebeu “várias consultas” do consórcio nas últimas três semanas e revisou muitas das contas em questão.
“Aproximadamente 90% das contas analisadas estão encerradas hoje ou estavam em processo de encerramento antes do recebimento das consultas da imprensa, das quais mais de 60% foram encerradas antes de 2015”, afirmou.
“Das contas ativas restantes, estamos confiantes de que a devida diligência apropriada, revisões e outras medidas relacionadas ao controle foram tomadas de acordo com nossa estrutura atual. Continuaremos a analisar os assuntos e tomaremos medidas adicionais, se necessário”, acrescentou o Credit Suisse.
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