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Finanças

Verde zera posição em dólar contra o real; entenda motivos

Gestora destacou sinais positivos do Brasil em relação às receitas fiscais e posição de contraponto do Congresso em decisões do governo.

O fundo Verde, gerido por Luís Stuhlberger, zerou suas posições compradas em dólar contra o real, justificando sinais positivos do Brasil em relação às receitas fiscais e com o Congresso se coloca como contraponto importante em algumas decisões do governo.

A gestora Verde Asset apontou em carta aos cotistas enviada na terça-feira (9) que o governo está obtendo substantiva vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na questão dos benefícios do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base dos impostos federais, o que, segundo a Verde, parece aumentar a probabilidade de que as metas fiscais de 2023 e 2024 sejam cumpridas.

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Cédulas de 50 reais e de 10, 20 e 50 dólares 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

Além disso, a Verde também destacou decisões do governo, como no caso do saneamento e no arcabouço fiscal, onde os sinais apontam para melhoras no projeto, segundo a gestora.

“Embora o prêmio de risco nos mercados tenha se mantido estável em grande medida em abril, vemos estes fatores com viés positivo, e, por isso, saímos de posições compradas em dólar contra o real”.

Verde asset.

Desempenho do fundo

No mês passado, o fundo Verde registrou perdas de -0,03% contra o ganho de 0,92% do CDI. Considerando o acumulado de 2023, o fundo teve valorização de 2,32% ante 4,20%, respectivamente.

O fundo registrou em abril ganhos nas posições de commodities, ouro e petróleo, na posição de juros longos europeus e no livro de bolsa global.

Já as perdas vieram das posições de inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, no dólar e em menor medida na carteira de ações brasileiras.

Pontos de atenção

De acordo com a gestora, questões envolvendo o sistema bancário americano continuaram tendo influência sobre os preços.

“Os mercados de juros precificam um impacto relevante de aperto de crédito – provocado pelas questões estruturais dos bancos – na economia americana, e, portanto, na política monetária conduzida pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA”, cita a carta.

Entre algumas dúvidas, a Verde destaca:

  • Se os impactos serão fortes o suficiente a ponto de levar a economia para uma recessão;
  • Quão rápido o Fed vai mudar de postura na direção de cortes profundos da taxa de juros.

“Continuamos vendo assimetrias na inflação, no sentido de ser mais resiliente que o precificado pelos mercados, e acreditamos que a precificação da volatilidade das curvas americanas está exagerada, e aí que as principais apostas macro globais do fundo se concentram hoje”, diz a Verde.

Outras exposições do fundo

A Verde informou ainda que o fundo reduziu marginalmente a exposição na bolsa de valores brasileira e voltou a comprar bolsas globais, mantendo a exposição em ouro e retomando uma pequena alocação em petróleo.

“A posição comprada em inflação implícita no Brasil foi mantida, e continuamos tomados em juros na parte curta da curva e comprados em inflação nos EUA”, cita o documento.

A gestora destacou ainda que as posições em crédito high yield global foram marginalmente reduzidas e as de crédito local foram mantidas.

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