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5 fatos para hoje: cenário eleitoral e acidente com Tesla

Investidores estrangeiros dão como certo o aumento de gastos públicos e a continuidade da turbulência política até outubro de 2022.

urna eletrônica eleições
Funcionária da Justiça Eleitoral prepara urnas eltrônicas em Curitiba 22/10/2018 REUTERS/Rodolfo Buhrer

1- Eleição traz mais incerteza para o investidor estrangeiro

Os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral são vistos por investidores estrangeiros como o sinal de que a atenção do presidente já está voltada para a eleição de 2022. Isso significa que daqui até outubro do próximo ano as incertezas tendem a aumentar – e os gastos públicos também. Na visão de gestores de fundo e analistas estrangeiros ouvidos pelo Estadão, a agenda liberal prometida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, tende a ficar pressionada conforme o Planalto se volta para a reeleição.

Dando como certo o aumento de gastos públicos e a continuidade da turbulência política, os estrangeiros temem um desequilíbrio fiscal e começam a discutir como será 2023, após a disputa pelo Planalto. “Os mercados estão acostumados a lidar com o barulho político e olham os dados e ações concretas para saber o que de fato acontecerá após a volatilidade”, afirma Martin Castellano, chefe para a América Latina do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês). “A incerteza recai mais sobre quem vai ganhar a eleição – e qual será a política em vigor – do que sobre as declarações políticas do presidente a respeito do processo eleitoral.”

Para Will Landers, chefe de renda variável da BTG Pactual Asset Management, gestora do banco de mesmo nome, a eleição já entrou no radar. “As pessoas já estão prestando atenção nas eleições, que se pensava que seriam um tema só no ano que vem”, diz.

O debate sobre voto impresso e as acusações infundadas de fraude eleitoral não afugentam os investidores, segundo os gestores ouvidos. Eles concordam com Castellano ao dizer que os donos do dinheiro estão habituados às turbulências políticas e ao “barulho” – em especial no governo Bolsonaro. A atenção do presidente ao assunto, no entanto, é vista como uma antecipação da campanha.

Segundo dois nomes da área em Wall Street, as especulações sobre a formação da política econômica dos candidatos mais competitivos já começaram. “Se Bolsonaro ganhar, Paulo Guedes continua? Se Lula ganhar, ele traz um nome do mercado para a sua chapa?”, diz uma fonte do mercado.

No primeiro semestre, uma recuperação econômica mais forte no Brasil e a disposição do governo em defender reformas econômicas melhorou o humor de estrangeiros com o país, na comparação com os países da América Latina. Mas julho trouxe más notícias, com fluxo de investimento negativo, e agosto, na leitura do IIF, segue volátil.

A preocupação global com o avanço da variante Delta contribuiu para o saldo negativo do mês passado. No cenário doméstico, a questão fiscal é a mais frágil, diz Castellano. “A agenda de reformas tem muitas idas e vindas. Isso cria uma incerteza significativa”, afirma.

Em meio às discussões sobre o Orçamento, precatórios e o novo Bolsa Família, dizem alguns, o Brasil passa a ser visto como um País difícil para investir. Os que ainda estão olhando para o mercado brasileiro dizem que agora o principal temor é uma quebra fiscal de um governo preocupado com a reeleição.

2- Petrobras investiu US$ 2,4 bilhões no segundo trimestre deste ano

A Petrobras (PETR3;PETR4) ampliou em 22% o total investido em 12 meses, informou a empresa em comunicado. No segundo trimestre deste ano, o orçamento ficou em US$ 2,4 bilhões, superior aos US$ 301 milhões recebidos com a venda de ativos. Com esses números, a empresa reverte o quadro de retração do ano passado, período em que a economia foi mais fortemente impactada pela pandemia de covid-19.

“Isso demonstra que a Petrobras está investindo mais que desinvestindo, realocando melhor seus recursos e construindo um portfólio de projetos e ativos de alta qualidade, rentáveis, resilientes e que geram valor”, destacou, no comunicado, o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Rodrigo Araujo.

Segundo a Petrobras, mais da metade dos investimentos realizados no segundo trimestre de 2021 foram aplicados em projetos de expansão, principalmente, para aumentar a capacidade de ativos existentes, implantar novos ativos de produção, escoamento e armazenagem, aumentar eficiência ou rentabilidade do ativo e implantar infraestrutura essencial para viabilizar outros projetos de crescimento.

Dos US$ 2,4 bilhões investidos, o segmento de Exploração e Produção ficou com US$ 1,9 bilhão, dos quais aproximadamente 60% foram gastos em projetos de expansão. Esses investimentos concentraram-se no desenvolvimento da produção em águas ultraprofundas do polo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 900 milhões) e no desenvolvimento de novos projetos em águas profundas.

Além do FPSO Carioca que inicia a produção no Campo de Sépia em agosto, a Petrobras ainda prevê a entrada em operação de mais 12 FPSOs até 2025. O FPSO do Projeto Integrado do Parque das Baleias, em fase de contratação, e outras 11 novas plataformas que já estão em fase de execução.

3- Governadores de 13 Estados e do DF expressam apoio ao STF

Os governadores de 13 Estados e do Distrito Federal divulgaram na segunda-feira uma nota conjunta em que manifestam solidariedade ao Supremo Tribunal Federal (STF) em meio ao que chamam de “constantes ameaças e agressões”, sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro, que tem atacado frequentemente a corte, especialmente os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

No sábado, em publicação em suas redes sociais, Bolsonaro acusou Moraes e Barroso de atuarem fora dos limites da Constituição e, ao mesmo tempo que ameaçou uma “ruptura institucional”, anunciou que entrará com processo contra os dois ministros no Senado.

“Os governadores, que assinam ao final, manifestam a sua solidariedade ao Supremo Tribunal Federal, aos seus ministros e às suas famílias, em face de constantes ameaças e agressões. O Estado Democrático de Direito só existe com Judiciário independente, livre para decidir de acordo com a Constituição e com as leis”, afirma a nota.

“No âmbito dos nossos Estados, tudo faremos para ajudar a preservar a dignidade e a integridade do Poder Judiciário. Renovamos o chamamento à serenidade e à paz que a nossa nação tanto necessita”, finaliza o documento.

A nota foi assinada pelos governadores de Bahia, Rui Costa (PT); Maranhão, Flavio Dino (PSB); Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); São Paulo, João Doria (PSDB); Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); Ceará, Camilo Santana (PT); Paraíba, João Azevêdo (Cidadania); Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); Piauí, Wellington Dias (PT); Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); Alagoas, Renan Filho (MDB); Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD); Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e Amapá, Waldez Góes (PDT).

Do grupo que assina a nota, Doria e Leite são pré-candidatos à Presidência da República na eleição do ano que vem e disputarão em novembro as prévias que definirão o candidato do PSDB no pleito.

4- Acidente com Tesla deixa 5 crianças e 1 adulto feridos

Cinco crianças e um adulto foram levados ao hospital na segunda-feira depois que um Tesla Model 3 que estava em modo de condução autônoma bateu em um estacionamento de uma escola no sul da Inglaterra, publicou o Telegraph.

Pelo menos uma pessoa ficou presa sob o carro elétrico no estacionamento da escola em Sussex, disse o Telegraph.

O Serviço de Ambulâncias da Costa Sudeste do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido disse que uma pessoa estava em estado grave e três outras sofreram ferimentos potencialmente graves.

Não se sabe se havia um motorista ao volante do veículo no momento da colisão, acrescentou o Telegraph.

A Tesla (TSLA34) não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

5- BNDES: rede de investidores atrairá interessados em privatizações

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, na segunda-feira (16), o lançamento da Rede de Investidores. A ferramenta inovadora vai conectar usuários com interesse comum por projetos de infraestrutura e privatizações.

Segundo o diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, Fabio Abrahão, o banco busca atrair investimentos expressivos em projetos de infraestrutura e privatizações, o que é fundamental para o desenvolvimento do país nas próximas décadas. Abrahão disse que a rede representa um avanço por possibilitar a “conexão direta entre potenciais investidores”.

A rede faz parte da plataforma BNDES Hub de Projetos, que desde o ano passado oferece ao mercado informações e oportunidades de investimentos em projetos estruturados pelo banco, viabilizando o contato sigiloso, sem custos ou intermediários, entre potenciais investidores locais e internacionais e demais interessados na carteira da instituição.

São contemplados projetos de infraestrutura econômica e socioambiental, incluindo educação, florestas, saúde, saneamento, portos, iluminação pública e rodovias, entre outras áreas. É possível também conectar participantes que queiram se envolver no mesmo empreendimento ou setor, informou o BNDES, por meio de sua assessoria de imprensa.

Atrair novos investidores para o país é a meta da nova ferramenta, que deverá funcionar também como um canal de contatos entre advogados, consultores, engenheiros e governos, entre outros interessados. O Hub de Projetos fornece aos usuários informações atualizadas sobre a carteira de projetos e acesso a relatórios mensais produzidos pela equipe de Relacionamento com Investidores do BNDES. O banco detém a carteira de projetos em concessão de infraestrutura, parcerias público privadas (PPPs) e privatizações no Brasil, englobando 120 projetos e cerca de R$ 260 bilhões em oportunidades de investimento.

Para ter acesso a todas as informações, os interessados precisam se cadastrar no site do Hub de Projetos do BNDES.

(*Com informações de Estadão Conteúdo, Agência Brasil e Reuters)

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