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5 fatos para hoje: gasolina a R$ 8; Petrobras e Eneva se acordo

O conselho de administração da Eletrobras, aprovou o montante de R$ 121,03 milhões referente ao valor apurado do Ativo Imobilizado em Curso (AIC) da Ceron.

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Logo da estatal de energia Eletrobras em painel na bolsa de Nova York (NYSE). EUA, 9 de abril de 2019. REUTERS/Brendan McDermid

1 – Eletrobras aprova o valor de R$ 121,03 mi de saldo a receber por Ceron

O conselho de administração da Eletrobras (ELETR4, ELETR6) aprovou o montante de R$ 121,03 milhões referente ao valor apurado do Ativo Imobilizado em Curso (AIC) da Ceron, atualmente Energisa (ENGI11) Rondônia, decorrente do processo de privatização da subsidiária em 2018. Além disso, as empresas assinaram o contrato de ressarcimento do AIC. Com isso, a Energisa Rondônia vai realizar o pagamento do valor apurado de 60 parcelas, com o saldo devedor sendo corrigido por 111% da taxa Selic.

Essa iniciativa e posterior assinatura do contrato encerra o processo de apuração do AIC das seis distribuidoras privatizadas pela Eletrobras. As outras cinco distribuidoras, como Amazonas Energia, Boa Vista Energia (Roraima Energia), Eletroacre (Energisa Acre), Ceal (Equatorial Alagoas) e Cepisa (Equatorial Piauí), tiveram os contratos de ressarcimentos assinados no ano passado.

Em comunicado, a Eletrobras explicou que dado que o AIC não foi considerado no valuation das distribuidoras vendidas, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a inclusão, no edital de venda e no contrato de compra e venda de ações, de dispositivo que permitisse o compartilhamento com a estatal de benefícios futuros do reconhecimento, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), desse AIC na base de remuneração líquida das distribuidoras.

Dessa forma, ficou assegurado à Eletrobras o direito a ser ressarcida no valor correspondente a 50% do saldo do AIC, existente na data-base de fevereiro de 2017, e reconhecido pela Aneel na base de remuneração líquida das distribuidoras na primeira revisão tarifária após a desestatização.

2 – Gasolina atinge R$ 8 pela primeira vez na ultima semana de janeiro, diz ANP

O litro da gasolina atingiu pela primeira vez R$ 8 em Angra dos Reis (R$ 8,029), Rio de Janeiro, na semana de 23 a 29 de janeiro, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em média, o preço da gasolina no País ficou em R$ 6,658 o litro, registrando estabilidade em relação à semana anterior. O menor preço foi encontrado em Carapicuíba, em São Paulo, a R$ 5,579 o litro.

O preço do litro de diesel também ficou estável no mesmo período, com o valor mais alto, de R$ 6,905, encontrado em Pindamonhangaba, em São Paulo, e o mais baixo, de R$ 4,599, também em São Paulo.

O último aumento da gasolina e o diesel pela Petrobras foi realizado em 12 de janeiro,mas o mercado aguarda um novo reajuste a qualquer momento, depois que o petróleo disparou no mercado internacional e chegou a ser cotado a US$ 90 o barril, fechando a semana em US$ 88,52, impulsionado pelo conflito entre a Rússia e Ucrânia.

O Gás Natural Veicular (GNV) continua em trajetória altista, com preço médio de R$ 4,487 o metro cúbico, 0,7% maior do que na semana anterior, acumulando alta de 2,4% no mês de janeiro, também seguindo as cotações internacionais.

O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de 13 quilos, ou gás de cozinha, registrou estabilidade na última semana do mês, com preço médio de R$ 102,44, sendo o preço mais alto de R$ 140,00 e o mais baixo de R$ 78,00 o botijão.

3 – Eneva e Petrobras não chegam a acordo sobre preço de Polo Urucu e encerram negociações

A Eneva (ENEV3) e a Petrobras (PETR3, PETR4) informaram nesta sexta-feira (28) que não chegaram a um acordo em torno da aquisição do Polo Urucu pela companhia de energia.

O CFO da Eneva, Marcelo Habibe, disse à Reuters que as partes não conseguiram concordar sobre o preço do ativo, localizado na Bacia do Solimões, no Amazonas.

O preço que a companhia estava disposta a pagar estava “muito distante” do pedido pela Petrobras, afirmou o executivo, sem revelar números.

“Quando olhamos [Urucu], o preço do petróleo estava 47 dólares, hoje está na casa dos 90, caminhando para 100 dólares. O ativo valorizou, mas não acreditamos que vai ficar nesse patamar de preços (…) Comprar um ativo de óleo no ápice [de preço] não faz sentido nesse momento”, comentou Habibe.

Ele acrescentou que ainda em fevereiro do ano passado, quando as negociações se iniciaram a Eneva tinha menos volume de reservas de gás e recursos do que tem hoje.

“Nossa estratégia era ser relevante [em gás no Norte], atingimos por outras formas, mais baratas”.

No entanto, o executivo disse que a Eneva pode vir a avaliar uma nova oferta por Urucu caso a Petrobras retome o processo de desinvestimento no futuro.

A companhia de energia continuará buscando novas oportunidades de expandir seu portfólio de gás e com as campanhas exploratórias nos ativos, disse Habibe, lembrando que a Eneva viabilizou uma nova termelétrica no Amazonas no leilão de capacidade do governo em dezembro.

Segundo comunicado das empresas, não há penalidades para nenhuma das partes pelo encerramento das negociações.

A Petrobras disse em fato relevante que avaliará as melhores alternativas para o ativo.

4 – Tensão entre Russia e EUA exarceba crise no setor de alumínio e pode afetar preço

As tensões entre os Estados Unidos e a Rússia sobre a Ucrânia estão exacerbando uma crise no setor de alumínio, que foi atingido pelo aumento dos preços de energia no ano passado. O preço do metal aumentou 24% nos últimos seis meses para mais de US$ 3.100 a tonelada métrica, aproximando-se da alta de uma década. A perspectiva de uma invasão russa da Ucrânia piorou as coisas. A Rússia é um dos maiores produtores de alumínio do mundo e os comerciantes temem interrupções em suas exportações se ocorrer um conflito.

Isso está aumentando a pressão acumulada ao longo de meses de aumento dos custos de energia. O movimento levou ao fechamento de fábricas na China e na Europa que não conseguiram reduzir os custos o suficiente para permanecerem lucrativas. Na Europa, os preços do gás natural estão quase cinco vezes mais altos do que há um ano por causa do clima frio e da queda no fluxo de gás da Rússia. A energia pode representar até metade do custo de fabricação do alumínio.

Traders temem que o fechamento de fundições torne mais difícil garantir suprimentos em um mercado que está acostumado a ter muito metal para circular. O aumento dos custos do alumínio é uma despesa adicional para compradores como montadoras, que já enfrentam restrições na cadeia de suprimentos, incluindo uma escassez global de chips de computador.

A Alcoa disse no final do ano passado que fecharia sua não lucrativa fábrica de alumínio de San Ciprián, na Espanha, que tem capacidade anual de 228 mil toneladas. Provavelmente ficará offline por cerca de dois anos por causa dos desafios decorrentes do que a Alcoa chamou de preços exorbitantes de energia. O preço da eletricidade na Espanha atingiu um recorde no final do ano passado. Outras empresas que possuem fundições de alumínio em lugares como Montenegro, Romênia e França também estabeleceram planos para cortes de produção.

“Provavelmente nos últimos 15 a 20 anos, os chineses criaram um excesso de oferta e você vê esse reequilíbrio agora”, disse Graham Kerr, executivo-chefe da produtora South32 Ltd.

Entre os investidores que apostam em uma alta contínua dos preços está Luke Sadrian, chefe diretor de investimentos do fundo de hedge Commodities World Capital.

Ele acha que os preços podem subir acima de US$ 4.000 a tonelada, mas que eles não vão se mover em linha reta. “Quando você fecha uma fábrica de alumínio, você não está fazendo isso apenas por alguns dias”, disse Sadrian. “Por causa da situação de energia que está acontecendo agora, o alumínio pode começar a ser negociado como um minério em falta e ser muito mais volátil.”

5 – Bandeira de escassez hídrica deve ir até abril, diz ministro

O Brasil vivenciou, no ano passado, a maior crise de escassez hídrica dos últimos 90 anos. Por conta disso, o país precisou comprar energia elétrica do exterior e acionar as usinas termelétricas que funcionam em solo brasileiro. Para financiar os gastos extras, foi criada uma nova bandeira tarifária de energia elétrica: a bandeira de escassez hídrica. A previsão do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, entretanto, é que ela deixe de ser necessária em meados de março ou abril.  

Segundo Albuquerque, ainda não há como prever como será o cenário hídrico em 2022, mas há uma expectativa de que seja melhor do que o do ano passado. O ministro disse que as condições hídricas de 2021 foram 8% melhores que em 2020  graças às medidas adotadas pelo governo.

“A nossa expectativa para o fim do período úmido (março, abril) é estarmos em condições bem melhores do que estávamos no ano passado”. De acordo com ele, os consumidores – grandes , médios e pequenos – fizeram a sua parte. “Eu digo que foi um esforço coletivo”, garante.

Ainda segundo o ministro, o governo trabalhou para que não houvesse a possibilidade nem de racionamento nem de apagão. Bento Albuquerque citou que países como os Estados Unidos e a China tiveram que racionar energia, o que não ocorreu com o Brasil.

Leilões de petróleo e outros assuntos

Na entrevista ao programa Brasil em Pauta, Bento Albuquerque também falou sobre a matriz energética brasileira, sobre o avanço da energia solar – que cresceu 132% no ano passado – e sobre os leilões de petróleo. Segundo ele, a produção cresceu 14% nos últimos três anos.

Como o petróleo brasileiro tem baixo teor de carbono, ele se torna mais atrativo para investidores. O governo também colaborou, dando segurança jurídica e regulatória e previsibilidade ao processo. “E tudo isso só é possível com planejamento”, conclui.

Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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