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Selic em 2023 seria de 11,25% com Bolsonaro, e de 12,4% com Lula, diz Levante

Relatório da casa de análises aponta também que inflação e dólar seriam maiores em caso de vitória do petista.

A cinco dias do resultado do segundo turno para as eleições presidenciais, analistas da Levante Investimentos apontam que se Jair Bolsonaro (PL) for reeleito, o cenário macroeconômico do país deve ser melhor do que seria em uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  

Em relatório, os analistas Flávio Conde e Cauê Ribeiro sinalizam que a Selic deve ser menor caso o governo Bolsonaro seja mantido. Logo, o atual patamar de 13,75% ao ano poderia retroceder para 11,25% até o fim de 2023, na visão deles. Já em caso de vitória do governo petista, eles defendem que ela poderia rondar o patamar de 12,4%.

Neste último cenário, a taxa da inflação poderia ficar maior que 5% ao ano, enquanto que em um cenário oposto, de vitória de Bolsonaro, eles acreditam que a taxa deve permanecer neste patamar. Os maiores gastos públicos que Lula sinalizou fazer, se eleito, foi a justificativa de Flávio Conde dada ao IN$ para o cenário. 

“Como Lula fez muita promessa ao querer ganhar mais eleitores, caso eleito, ele deve acelerar mais gastos. Acelerando gastos, a economia tende a crescer mais rápido e tende a gerar alguma inflação.  E isso vai fazer com que os juros não caiam para os 11,25%, como prevê o Copom mas sim para uma taxa intermediária de 12,5%”.

Dólar

Com maiores gastos, maior dívida e maior risco, o dólar tenderia a subir. E, para a Levante, uma vitória do atual presidente deve fazer o dólar se manter em R$ 5,40, enquanto que a vitória petista deve fazer a moeda norte-americana subir além deste patamar. 

“No caso do Lula, por uma reação defensiva, o mercado de cara pode colocar o dólar entre R$ 5,50 e R$ 5,60”, aponta Conde. 

Já analisando o déficit fiscal, ele tende a se manter igual com a reeleição do atual governo e maior no caso contrário, na visão da casa de análises. Como Lula ainda precisa sinalizar quem será o ministro indicado para a economia, isso deixa o mercado em dúvidas se o seu futuro governo será igual ao primeiro mandato ou ao segundo.

“Precisamos saber se será um Lula 1 com Antônio Palocci ou um Lula 2 com Guido Mantega. Acredito que será um governo intermediário, com Henrique Meirelles na economia”, pondera. O analista também acredita que Armínio Fraga pode vir a ser escolhido – “uma vez que o mercado gosta dele”. 

“Paulo Guedes deve gastar menos num segundo mandato de Bolsonaro, o que não causaria um déficit tão grande. Ele é o Mantega de Bolsonaro e deve permanecer até o último dia.”

Flávio Conde

Já quanto ao PIB (Produto Interno Bruto), os analistas acreditam que o indicador deve ficar em 0,50% em ambos os governos no final de 2023, apesar de uma possibilidade de recessão econômica no continente europeu e americano. 

Foram analisadas as propostas e o histórico de ambos os candidatos para análise dos indicadores macro.

Fonte: Levante Investimentos

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