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Governo cria comitê de crise contra o novo coronavírus

O comitê de crise vai assessorar o presidente e auxiliar na coordenação dos ministérios.

covid vacina

O presidente Jair Bolsonaro criou um comitê para supervisão e monitoramento da crise provocada pela pandemia de coronavírus, segundo decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União nesta segunda-feira (16).

São 234 pacientes confirmados para o novo coronavírus no Brasil, segundo atualização do Ministério da Saúde feita nesta segunda-feira em sua plataforma de notificação. No domingo (15), o governo contabilizava 200 casos confirmados. Não há óbito no Brasil.

A coordenação do grupo criado pelo presidente ficará a cargo do ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, empossado em fevereiro. Caberá ao comitê a articulação da ação governamental e o assessoramento ao presidente Bolsonaro sobre os desdobramentos da pandemia.

Ministério de Saúde

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou com jornalistas após uma reunião no Supremo Tribunal Federal (STF) com os chefes do Legislativo e do Judiciário para falar sobre as medidas de contenção do novo coronavírus no Brasil.

Apesar da recomendação da Orientação Mundial da Saúde (OMS) para que os países ampliem os testes em pacientes com sintoma de coronavírus, o ministro avalia que é mais assertivo investir em medidas de contenção da doença.

“Estamos discutindo isso ainda. Não estamos convencidos de que fazer a testagem de 100%… Mesmo porque você teria um gasto enorme e, talvez, o gasto não mais inteligente. Talvez o gasto mais inteligente seja de contenção e por nexo clínico”, defendeu Mandetta.

Segundo ele, ao identificar o quadro clínico típico da covid-19 não é mais preciso fazer o exame em todos para constatar quem está com a doença.

“É igual falar assim, no começo passa um bicho e eu não sei o que é, vou lá e colho, faço um DNA e falo que é um gato. Depois que passarem mil gatos, eu falo ‘ele tem corpo de gato, rabo de gato, faz miau e tem bigode’, eu presumo que é um gato, posso dizer que passou um gato e não preciso de teste de DNA”, disse.

Mais Médicos

O governo avalia convocar estudantes da área de saúde e aposentados para atuar no surto de novo coronavírus. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, a ideia é que estudantes do último ano da graduação possam atuar em atividades de apoio na assistência à saúde.

“O que estamos fazendo é tentando ter maior número de profissionais, porque nós vamos precisar. Vamos chamar também os já aposentados”, disse Gabbardo. Segundo o secretário, a partir de pandemias anteriores, o governo trabalha com porcentual de que até 40% dos profissionais de saúde podem se afastar do serviço durante o surto por infecção. “Mesmo com sintomas leves, esse profissionais têm de ser retirados da linha de frente”, disse.

O governo também deve chamar médicos cubanos para enfrentar a doença apenas após a seleção de brasileiros. A seleção dependerá da aprovação de documentos por uma análise que será feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Ministério do Turismo

Diante da pandemia do novo coronavírus, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, pediu para as pessoas não cancelarem as viagens, apenas adiarem. Em vídeo publicado em seu perfil no Twitter nesta segunda-feira, o ministro afirmou que essa seria a contribuição da população para a redução dos impactos da crise causada pela doença nas empresas do setor de turismo.

“Vamos precisar da união de todos. Da população brasileira, do setor privado e do governo federal para que possamos superar essa crise instaurada”, disse.

O ministro afirmou que, desde que foram identificados os primeiros casos da doença no País, o Conselho Nacional de Turismo (CNT) debate ações para mitigar os impactos no setor, e ainda que está em contato com os demais ministros para elaboração de um plano de ação em socorro ao setor de turismo.

*Com Estadão Conteúdo

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