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Negócios

Credores da Marisa pedem a falência da empresa; ação desaba mais de 5%

Dívidas da varejista de moda com credores somam R$ 882,7 mil; companhia disse à CVM que aguarda ser citada em um dos processos.

Credores da Marisa (AMAR3) entraram na Justiça pedindo a falência da varejista devido a dívidas que totalizam R$ 882,7 mil, segundo publicações. Repercutindo notícias veiculadas na mídia sobre as solicitações, a ação da Marisa caiu 5,71%, a R$ 0,66.

Em resposta enviada na quinta-feira (11) a um pedido de esclarecimento feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre notícia de um pedido de falência feito pela Plasutil, a Marisa informou que “ainda não foi citada no processo de falência aludido no Ofício”.

“Adicionalmente, a companhia esclarece que, de acordo com suas pesquisas públicas, o referido processo de falência tem um valor de R$173.501,42 e que a companhia apresentará sua defesa tão logo tenha sido citada”, disse a varejista em comunicado ao mercado.

Lojas Marisa/Divulgação

Dívidas com credores

A MGM Comércio de Acessórios de Moda diz ter a receber R$ 363.562,44.

Já a Plasútil Indústria e Comércios de Plásticos afirma que a varejista de moda deve a ela R$ 173.501,42.

A Oneflip Indústria e Calçados, por sua vez, fala em uma dívida de R$ 345.733,98.

Ajustes

Em teleconferência de resultados do quarto trimestre com analistas de bancos e corretoras, o CEO da empresa, João Pinheiro Batista, disse que a Marisa deve fechar cerca de 30% de suas lojas físicas, o equivalente a 92 filiais, para se reestruturar financeiramente.

Além disso, o conselho de administração da Marisa aprovou propostas da diretoria da rede varejista para reformulação de suas diretorias e economia de R$ 50 milhões por ano.

Entre as mudanças, a companhia vai fundir os comitês de assessoramento estratégico e financeiro do conselho de administração, incluindo o acompanhamento do plano de recuperação da rede de artigos femininos.

Resultados da Marisa

No quarto trimestre de 2022, a Marisa registrou prejuízo líquido de R$ 188,6 milhões, alta de 670% em relação ao mesmo período de 2021. No ano passado como um todo, o prejuízo foi de R$ 391 milhões, quatro vezes maior que o reportado em 2021.

A receita líquida da varejista no período recuou 1,6%, para R$ 830,4 milhões. Já em 2022, houve uma alta de 10,2% na receita, para R$ 2,7849 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 19,6 milhões, queda de 12,3% em relação ao mesmo período de 2021.

(*Com informações de Estadão Conteúdo)

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