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Negócios

Ação da Oi sobe até 6% após prejuízo de R$ 2,6 bi no 3° trimestre

Resultado representa uma queda de 54% em relação ao mesmo período do ano passado.

Logo da OI

A operadora Oi (OIBR3) registrou no terceiro trimestre deste ano um prejuízo líquido atribuído aos controladores de R$ 2,638 bilhões. O resultado representa uma queda de 54,1% em relação à perda no mesmo período de 2019, quando atingiu R$ 5,747 bilhões. No segundo trimestre, a operadora obteve prejuízo de R$ 3,409 bilhões. Após o resultado, os papéis da companhia chegaram a avançar quase 6% nesta sexta-feira (13), negociados ao redor de R$ 1,80.

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Em comunicado, a empresa, que está em recuperação judicial, explica que entram no número o resultado operacional antes do resultado financeiro e dos tributos (Ebit), negativo em R$ 255 milhões (bem menor que a perda de R$ 3,199 bilhões no mesmo período do ano passado), o resultado financeiro líquido também negativo, de R$ 2,325 bilhões, além de uma despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social de R$ 1 milhão.

Em relatório, a equipe de análise do BTG Pactual destacou que mantém a visão positiva em torno do papel da Oi, mencionando que a gestão da empresa continua incansável em levar adiante seu plano de recuperação aprovado em setembro, marcando a nova fase da companhia. O time do banco citou o leilão da unidade móvel da operadora, marcado para o dia 14 de dezembro, como um dos pontos positivos para tirar a companhia da recuperação judicial.

Potencial de caixa maior

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da companhia alcançou R$ 1,462 bilhão, crescimento de 6,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e avanço de 7,6% na comparação com o segundo trimestre.

A receita líquida consolidada, por sua vez, foi de R$ 4,706 bilhões nos meses de julho a setembro, 5,9% menor do que no mesmo período do ano passado, embora tenha tido crescimento de 3,6% em relação ao segundo trimestre, “o que representa uma reversão de tendência da curva”, ressalta a operadora. Na operação Brasil somou R$ 4,648 bilhões, retração de 6,2% em um ano, ao passo que as operações internacionais (África e Timor Leste) cresceram 25,3%, para R$ 58 milhões.

No terceiro trimestre, a Oi apresentou dívida bruta consolidada de R$ 26,929 bilhões, aumento de 3,1% em relação ao registrado no segundo trimestre e avanço de 50,4% ante o mesmo trimestre em 2019. “Em ambos os períodos a elevação decorre principalmente da desvalorização do Real ante o dólar”, apontou a empresa.

Futuro da Oi

Endividada, a empresa pediu recuperação judicial em 2016, e anunciou em setembro de 2020 mudanças no projeto. O futuro da companhia é incerto, mas, mesmo assim, ela vem atraindo muitos investidores nos últimos meses. Para os especialistas ouvidos pelo Comparativo InvestNews, trata-se de um fenômeno de especulação. 

*Com Estadão Conteúdo

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