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Startup de RH Gupy recebe aporte de R$ 500 milhões

Investimento foi liderado pelos fundos SoftBank e Riverwood.

Gupy
Bruna Guimarães, Guilherme Dias, Robson Ventura e Mariana Dias, fundadores da Gupy/Divulgação

A plataforma digital de contratação e treinamento de empregados Gupy anunciou nesta segunda-feira (31) que recebeu um investimento de R$ 500 milhões liderado pelos fundos de capital de risco SoftBank e Riverwood.

Criada em 2015, a startup brasileira usa inteligência artificial para seleção, admissão e treinamento de funcionários e afirma ter cerca de 1.500 empresas clientes na América Latina, incluindo nomes como Ambev, GPA, Vivo, Cielo e Lojas Renner.

Serviços automatizados de recursos humanos, incluindo o uso de inteligência artificial, já vinham crescendo nos últimos anos no Brasil, uma vez que reduzem em cerca de 70% o tempo gasto com seleção contratação de funcionários, segundo a presidente e uma das quatro fundadoras da Gupy, Mariana Dias.

Com as medidas de isolamento tomadas a partir de março de 2020 para tentar conter o avanço da Covid-19, essa tendência acelerou fortemente, inclusive com as empresas precisando requalificar seus empregados.

E a percepção de investidores de que essa transformação pode estar apenas no começo é ilustrada pelo valor do aporte recebido pela Gupy, 12 vezes maior do que os 40 milhões de reais obtidos na última rodada, em junho passado. Quatro meses depois, a empresa comprou a Niduu, startup especializada no treinamento de funcionários.

“Agora, com o novo aporte podemos aumentar investimentos em tecnologia e a oferta de soluções para profissionais que buscam trabalho por meio da plataforma de recrutamento e seleção”, disse Dias à Reuters, citando o lançamento de um marketplace gratuito de ofertas de trabalho.

A executiva declinou revelar em quanto o aporte mais recente avaliou a empresa. Segundo ela, a companhia hoje com 470 empregados terá em aquisições um de seus canais de crescimento. Uma listagem em bolsa não está no radar no momento, acrescentou.

O anúncio ilustra como grandes investidores de capital de risco, inicialmente interessados em serviços financeiros e comércio eletrônico, rapidamente estão voltando atenções para um leque de setores, muitos deles ligados ao trabalho remoto, mantido por empresas no Brasil e no mundo, mesmo após o pico da pandemia.

Em setembro passado, a startup espanhola de recursos humanos Factorial recebeu um aporte de 80 milhões de dólares liderado pela gestora de fundos Tiger Global para financiar sua expansão global, com foco em Brasil e Estados Unidos.

A LG Informática, empresa de Goiás especializada em softwares de gestão de recursos humanos, tentou também em 2021 fazer uma oferta inicial de ações (IPO) em busca de recursos para financiar seu crescimento, mas a operação foi suspensa devido ás condições adversas do mercado.

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