1 – Ultrapar prepara sucessão e muda presidência da Ipiranga a partir de outubro
O grupo Ultrapar (UGPA3) anunciou na quarta-feira início de processo de sucessão de seus principais postos executivos e mudança na presidência de sua maior unidade de negócios, a rede de postos de combustíveis Ipiranga.
A companhia afirmou em fatos relevantes ao mercado que o vice-presidente comercial da Ipiranga, Leonardo Remião Linden, foi eleito novo presidente-executivo da rede, no lugar de Marcelo de Araújo, que assumirá a diretoria executiva corporativa e de participações da holding. As mudanças serão implementadas em outubro.
Linden está na diretoria comercial da Ipiranga desde abril deste ano, “como parte de um processo planejado de sucessão da presidência da Ipiranga”, afirmou a Ultrapar. A holding acrescentou que o executivo “terá como prioridade a execução do plano de melhoria da rentabilidade e crescimento da Ipiranga”.
A Ultrapar anunciou ainda que o atual presidente do conselho de administração da holding, Pedro Wongtschowski, será substituído pelo conselheiro Marcos Marinho Lutz quando seu mandato se encerrar em abril de 2023.
Para preparar esta sucessão, a Ultrapar afirmou que Lutz vai assumir a presidência-executiva da holding a partir de janeiro do próximo ano, no lugar de Frederico Curado, que por sua vez será empossado na ocasião como vice-presidente do conselho de administração.
O grupo vai se concentrar nas áreas de distribuição de combustíveis, na empresa de granéis líquidos Ultracargo e na de distribuição de gás Ultragaz, além de estar ensaiando entrada em mercados como refino de petróleo com a compra de refinarias da Petrobras.
2 – Controlador da Hapvida deixará diretoria comercial
A empresa de saúde Hapvida (HAPV3) anunciou na quarta-feira que um dos controladores da companhia, Candido Pinheiro Koren de Lima Junior, decidiu renunciar ao cargo de vice-presidente comercial, passando a se focar na definição da estratégia do grupo.
A decisão valerá a partir de dezembro e para o lugar do executivo a Hapvida escolheu o conselheiro Lício Tavares Ângelo Cintra, que entrou no conselho de administração da companhia em abril deste ano. Cintra foi presidente do grupo de saúde São Francisco de 2009 até a venda da empresa para a Hapvida em 2019.
A companhia afirmou que Koren de Lima Junior continuará como membro do conselho de administração da Hapvida “continuando também a coordenar o comitê de inovação, transformação e excelência operacional da companhia…o senhor Candido Junior irá se dedicar integralmente à definição da estratégia do Hapvida, mantendo também intacta sua posição enquanto membro do bloco de controle da companhia”.
3 – Consumo de energia no Brasil fica quase estável na 1ª metade de setembro, diz CCEE
O consumo de energia no sistema elétrico brasileiro se manteve quase estável nas primeiras duas semanas de setembro ante o mesmo período do ano passado, com leve aumento de 0,2%, para 64.693 MW médios, informou nesta quarta-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Na comparação com o mesmo período de 2019, porém, houve um aumento de 4,2% no consumo.
O consumo no mercado livre (ACL), ambiente em que grandes indústrias e centros comerciais podem negociar diretamente contratos de suprimento, foi de 22.001 MW médios, alta de 5,5% na comparação anual.
Já o mercado regulado (ACR), no qual pequenas e médias empresas e residências adquirem eletricidade junto às distribuidoras, demandou 42.692 MW médios, um recuo de 2,4% frente ao ano passado, influenciado pelo feriado de 7 de setembro, que ocorreu numa terça-feira e levou a emendas na segunda-feira para parte do comércio, disse a CCEE.
4 – Perspectiva econômica do Brasil é turva, mas riscos estão equilibrados, diz FMI
O Fundo Monetário Internacional disse na quarta-feira que o desempenho econômico do Brasil tem sido melhor do que o esperado “em parte devido à resposta enérgica das autoridades” à medida que a economia emerge da desaceleração causada pela pandemia.
A previsão do Fundo para o crescimento econômico da maior economia da América Latina é de expansão de 5,3% do Produto Interno Bruto em 2021, inalterada em relação à estimativa de julho.
No entanto, disse o FMI, a pandemia exacerbou os desafios de longa data para um maior crescimento e inclusão socioeconômica.Nesse sentido, o país precisa de mais esforços para aumentar a confiança do mercado e fortalecer as perspectivas de médio prazo.
O Fundo apontou necessidades específicas em termos de aumento da flexibilidade do mercado de trabalho formal e melhoria da governança, bem como fortalecimento das estruturas anticorrupção.
5 – Empresas ‘tech’ locais sofrem após abertura de capital
“Grandes bolhas acontecem em torno de grandes histórias.” É assim que a gestora Squadra, que ficou conhecida após expor problemas na contabilidade do ressegurador IRB Brasil Re (IRBR3), descreve a situação do setor de tecnologia no país, em um de seus mais recentes relatórios. A gestora aponta que segmentos da moda podem ter gerado excesso de confiança nos investidores. Para a Squadra, aberturas de capital de empresas relativamente novas e pequenas tiveram avaliação de “gente grande”. Agora, a conta começou a chegar.
Há quem já esteja sentindo o baque. A Mosaico (MOSI3), dona do site de busca Buscapé, por exemplo, chegou à Bolsa em fevereiro, avaliada em R$ 2,5 bilhões – e, no pregão de estreia, quase dobrou de valor, para R$ 4,9 bilhões. Sete meses depois, no entanto, a companhia de tecnologia amarga queda de cerca de 40% em relação ao preço do IPO. O presidente da empresa, Maurício Cascão, diz que o mercado brasileiro ainda passará por uma curva de aprendizado sobre o setor. Ele diz que, ao contrário do que mostra o preço de seus papéis, a empresa está em rota de crescimento.
O caso não é isolado. Levantamento da Economatica, a pedido do Estadão, mostra que apenas três empresas do setor de tecnologia que abriram capital desde o ano passado registram valorização até o momento. Os destaques são a Locaweb (LWSA3), que registra alta de mais de 800% desde fevereiro de 2020, e a companhia de cashback Méliuz, com valorização de quase 400% desde o IPO.
No entanto, a maior parte da companhias já perdeu pelo menos um quarto e, muita vezes, a metade de seu valor desde a estreia na B3. É o caso da plataforma de contratação de serviços GetNinjas (NINJ3), que recua 27% desde sua abertura de capital. Já o brechó online Enjoei (ENJU3) perdeu mais do que 50% de seu valor, mesma situação de companhias como Mobly (MBLY3) e Westwing (WEST3). Procuradas, essas últimas três empresas não concederam entrevista.
Para bancos de investimento e gestores consultados pela reportagem, parte da queda reflete a troca de posições das carteiras por investidores diante da maior aversão ao risco do mercado, tendo em vista o contexto político e econômico no Brasil. Aliado a isso, o cenário de aumento de juros e de inflação amplia ainda mais a pressão sobre empresas que precisam de capital para garantir um elevado grau de crescimento, característica inerente às startups.
(*Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo)
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