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Finanças

Natura fecha em queda de 17%, com o maior recuo da semana; Magalu cai 18%

As ações da Americanas desaceleraram, mas encerraram o pregão em alta.

Magazine Luiza

O mercado financeiro repercutiu mais um dia de balanços reportados pelas empresas brasileiras. As ações de Lojas Americanas e Americanas desaceleravam, mas ainda em ritmo forte entre as principais altas do Ibovespa.

Enquanto na outra ponta, os papéis de Natura e do Magazine Luiza aumentavam as perdas no topo das quedas do indicador. Diante do desempenho ruim no pregão desta sexta, a empresa de doméstico acabou terminando a semana no topo das desvalorizações, enquanto as ações de Usiminas foram as que mais subiram.

Fora do Ibovespa, a Ambipar desacelerou e fechou quase estável. Confira os destaques registrados por volta das 15h:

Americanas

As ações ordinárias de Americanas (AMER3) subiram 5,83%, para R$ 37,40 liderando as valorizações do pregão desta sexta. Os papéis LAME3, que mais cedo subiam mais de 9%, avançaram 4,96%, para R$ 6,56, já os preferenciais (LAME4) tiveram ganhos de 5,61%, para R$ 6,59.

A companhia registrou lucro líquido de R$ 240,6 milhões, montante quase sete vezes maior ante os R$ 36 milhões reportados no mesmo período de 2020, quando se inclui na conta efeitos tributários na base de cálculo do PIS/Cofins.

Excluindo este efeito, o resultado recorrente da companhia na realidade foi um prejuízo de R$ 6 milhões. Analistas, em média, esperavam que a companhia tivesse prejuízo líquido de R$ 12,6 milhões entre julho e o fim de setembro, segundo dados da Refinitv apontados pela agência Reuters.

Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday, analistas da XP Investimentos, ponderaram em relatório que a Americanas reportou resultados mistos referentes, com o GMV (valor bruto de mercadorias) total subindo 24% no comparativo anual (acima de seus pares), puxado pelo crescimento de 30% do GMV online e da melhora da performance das lojas físicas.

Em relação à rentabilidade, a margem bruta veio em 31,4%, uma queda de 1,4 ponto percentual no comparativo anual, reflexo da maior participação do canal online, que representou 77% do GMV total, e 3,3 ponto percentual de avanço no comparativo anual.

“Já a margem Ebitda veio em 11,8% com a rentabilidade pressionada, queda de 2,5 ponto percentual (no comparativo anual) devido aos investimentos em nível de serviço e desenvolvimento de novas iniciativas. Com isso, o prejuízo líquido (excluindo-se os efeitos dos créditos fiscais) totalizou R$ 6 milhões enquanto a companhia apresentou uma queima de caixa de R$635 milhões, decorrente de um reforço nos estoques”, esclareceu a equipe.

Natura

Natura & Co (NTCO3), ampliou a queda de 11,92% registrada pela manhã e encerrou o dia com um recuo de 17,54%, negociada a R$ 33. A empresa divulgou lucro líquido de R$ 272,9 milhões para o terceiro trimestre, queda de 28,5% sobre o resultado de um ano antes e anunciou um programa de ações e planos para listar ações em Nova York.

A companhia, que também detém as marcas Avon, The Body Shop e Aesop, teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 819,1 milhões entre julho e o fim de setembro, com a margem de 8,6%, uma queda de 620 pontos básicos sobre o desempenho de um ano antes.

Na visão da XP Investimentos, a Natura reportou resultados fracos no período frente à desafios de faturamento e dinâmica de margens. As vendas líquidas consolidadas (excluindo o efeito do incidente cibernético no terceiro trimestre do ano passado) caíram 4% no comparativo anual, principalmente pela forte base de comparações e o ambiente macro desafiador.

“No entanto, o destaque negativo foi a lucratividade, com as sinergias de Avon sendo ofuscadas por pressões de custo/câmbio e menor diluição de SG&A ( despesas com vendas, gerais e administrativas). O lucro líquido veio acima das nossas estimativas, explicado por menores despesas financeiras, dado que a empresa fixou o câmbio do trimestre (hedge cambial), enquanto o consumo de caixa atingiu R$ 673 milhões por causa de compras de estoques e maiores investimentos”, disseram os analistas.

Magazine Luiza

O varejista Magazine Luiza (MGLU3) encerrou o dia em queda de 18,32%, para R$ 11,15. A empresa teve lucro ajustado de R$ 22,6 milhões no terceiro trimestre, quase 90% de queda ante os R$ 215,9 milhões reportados um ano antes.

Em relatório, o Goldman Sachs enfatizou que a companhia relatou um resultado fraco no terceiro trimestre. A margem Ebitda recorrente da companhia em 3,9%, ficou abaixo do previsto pelo banco de investimento em 4,1%.

“Reconhecemos que alguns desses ventos contrários às margens devem se dissipar gradualmente nos próximos trimestres, uma vez que o terceiro trimestre de 2021 sofreu uma combinação formidável de pressões do lado da oferta e da demanda, com forças competitivas e investimentos em iniciativas de crescimento futuro. No entanto, como a trajetória dessa recuperação de margem permanece incerta, esperamos que o mercado reaja negativamente aos resultados”, afirmaram os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.

Ambipar

A empresa de gestão ambiental Ambipar (AMBP3) desacelerou e encerro o dia em alta de 0,58%, para R$ 43,35. A companhia registrou lucro líquido de R$ 38 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 1,89 milhão registrado um ano antes, já a receita da empresa subiu 250% para R$ 616 milhões.

Vale e siderúrgicas

A mineradora Vale (VALE3) encerrou em alta de 0,43%, cotada a R$ 68,30. Entre as siderúrgicas, a CSN (CSNA3) caiu 1,36%, para R$ 22,44, enquanto a Gerdau (GGBR4) teve ganhos de 1,15%, negociada a R$ 25,40 e Usiminas (USIM5) avançou 0,30%, para R$ 13,50.

*(Com informações das agências)

Destaques da semana

Os papéis da Natura performaram no topo da lista das principais quedas da semana, seguidos de Via e Locaweb, enquanto Usiminas, Gerdau e brMalls ocuparam a outra ponta do indicador. Confira abaixo:

Ticker Variação semanal
NTCO3-16,43
VIIA3-14,81
LWSA3-13,38
USIM512,03
GGBR410,82
BRML39,5

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