A CSN (CSNA3) informou na manhã desta quarta-feira (16) que apresentou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a bolsa brasileira, a B3, petição de desistência dos pedidos de registro da oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) da CSN Cimentos, sua controlada.
A companhia comunicou que a decisão ocorre em razão das “condições adversas no mercado interno e internacional”. A CSN disse ainda que irá manter o mercado sobre atualizações relevantes em relação ao tema.
A equipe da Ativa Investimentos analisou, em relatório divulgado nesta quarta-feira, que a decisão conversa com as maiores dificuldades macroeconômicas domésticas encontradas atualmente e com o fato do momento do mercado de capitais ser assimétrico para a realização de grandes ofertas. “Acreditamos que a ideia da companhia seria levantar ao menos R$ 2 bilhões para fomentar o desenvolvimento da divisão e que, possivelmente, os planos possam ser retomados assim que a companhia avistar uma nova janela de possibilidades”, disse a casa de investimentos.
Sobre a oferta
No dia 28 de abril de 2021, a CSN informou ao mercado que seu conselho de administração havia autorizado seus diretores a tomarem as medidas necessárias para a realização de oferta pública inicial de ações da CSN Cimentos.
No mês seguinte, a companhia comunicou que havia apresentado o registro de oferta já aprovado em assembleia geral extraordinária de acionistas e em reunião do conselho de administração da CSN Cimentos, ambas realizadas em 14 de maio de 2021, conjuntamente com a submissão do pedido de adesão da CSN Cimentos ao segmento especial de listagem do Nível 2 da B3.
IPOs cancelados
Segundo informações disponibilizadas no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), já chega a 13 o número de empresas que desistiram de realizar uma oferta pública de ações em 2022 . A lista ainda não contempla a CSN Cimentos.
As condições macroeconômicas do país estão entre os principais motivos que levam as companhias a optar por adiar a entrada na bolsa de valores brasileira. Isso porque, em um cenário como atual, de taxas de juros altas e inflação acelerada, o valor de avaliação das empresas para ingressar no mercado de capitais diminui. Confira matéria completa sobre o assunto.
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