Apesar da alta do combustível no Brasil, os preços nas refinarias no Brasil seguem abaixo dos valores praticados no mercado internacional. De acordo com o último levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,57 por litro (ou -11,1%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). Já o preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,25 por litro (ou -6%) abaixo do ambiente estrangeiro.
O relatório da CBIE justifica que, no período de análise, o preço do barril de petróleo permaneceu sob forte influência das tensões geopolíticas derivadas do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Para mudanças neste cenário, era esperado que, durante essa semana, representantes da Rússia e Ucrânia se reunissem na Turquia para discutir os termos e condições de um possível cessar-fogo. No entanto, a continuidade dos ataques russos às cidades ucranianas eliminou grande parte do sentimento otimista.
Desse modo, em resposta ao fluxo constante de novas declarações acerca do conflito, os preços do petróleo permaneceram altamente voláteis, refletindo o elevado nível de incerteza que permeia as negociações no mercado.
Além das dúvidas sobre a guerra na Ucrânia, outro fator que tem levado volatilidade ao mercado de petróleo é o crescimento súbito de casos de covid-19 em cidades da China e o decretos de lockdown que podem reduzir a demanda por petróleo.
E o petróleo agora?
O preço do petróleo fechou em queda nesta sexta-feira (1º), com membros da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) concordando em participar da maior liberação de reservas de petróleo feita pelos Estados Unidos.
O petróleo Brent e o dos EUA (WTI) caíram perto de 13% na semana, em suas maiores perdas semanais em dois anos depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou na quinta-feira a liberação.
Os contratos futuros do Brent perderam US$ 0,32, ou 0,3%, fechando em US$ 104,39 o barril. O petróleo dos EUA (WTI) recuou US$ 1,01, ou 1%, a US$ 99,27.
Biden anunciou uma liberação de 1 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo por seis meses a partir de maio. Ao todo, são 180 milhões de barris, a maior liberação já feita da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA (SPR, na sigla em inglês).
Os países-membros da IEA não concordaram nesta sexta-feira sobre os volumes ou os compromissos de cada país em sua reunião de emergência, disse Hidechika Koizumi, diretor da divisão de assuntos internacionais do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão. Ele acrescentou que detalhes adicionais podem ser conhecidos “mais ou menos na próxima semana”.
*Com informações da Reuters.
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