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Análise

Morning Call: bolsas sobem esperando ata do Fed e dados de trabalho dos EUA

Enquanto o cenário interno permanece desafiador para o Ibov, as bolsas globais dão sinais de reversão nesta quarta, repercutindo uma melhora nos índices PMI globais e aguardando a ata da última reunião do Fed.

Depois de uma terça-feira (3) de quedas como o recuo de 0,40% do S&P 500 e baixa de 2,08% do Ibovespa, as bolsas globais começam a indicar uma recuperação no começo desta quarta feira (4) quando os investidores aguardam a ata da última reunião do Fed e dados econômicos dos EUA.

Na Ásia, as bolsas fecham com desempenho misto com destaque positivo para o índice Hang Seng que registrou alta de 3,22% com o bom desempenho das ações dos setores imobiliário, de saúde e tecnologia após a aprovação do plano de expansão da Alibaba pela comissão regulatória chinesa. A segunda maior alta regional foi do Kospi com alta de 1,68% enquanto o índice de Shanghai teve uma valorização de apenas 0,22% ainda com preocupações com infecções de covid limitando os ganhos. Entre as quedas, o Taiex teve recuo de 0,18% e o Nikkei registrou uma baixa de 1,45% com a reação à divulgação do Índice de Gerentes de Compras, o PMI do setor industrial de dezembro registrar uma queda mais forte que as projeções de mercado ao passar dos 49 pontos em novembro para 48,9 em dezembro permanecendo abaixo dos 50 pontos que indicam uma retração econômica.

As bolsas europeias conseguem se manter positivas no começo do dia com a reação ao Índice de Preços ao Consumidor alemão divulgado ontem (3) em desaceleração de 10% de novembro para 8,6% em dezembro além do PMI compostos e de serviços da zona do Euro subirem em dezembro acima das expectativas. O índice alemão DAX subia 1,66% no começo desta quarta (4) enquanto o FTSE tinha ganhos de 0,69%, o CAC registrava uma alta de 1,81% e o Euro Stoxx era negociado com ganhos de 1,91%.

Ata do Fed e dados do mercado de trabalho dos EUA em destaque hoje

O pré-mercado norte-americano se mantém otimista no começo do dia com ganhos de 0,32% do Dow Jones, 0,44% do S&P 500 e 0,65% do índice Nasdaq. Os investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do FOMC, comitê de política monetária do Fed, que deve dar atualizações sobre as projeções e dados sobre o rumo de política monetária, inflação e perspectivas sobre os mercados de trabalho e imobiliário do país.

Além da ata, também será divulgado o relatório JOLTs de emprego. O mercado espera uma leve redução dos 10,33 milhões de vagas em aberto em outubro para 10 milhões em novembro, menor resultado desde maio de 2021 caso os números confirmem as expectativas.

E em destaque menor no dia estão as divulgações do índice ISM do setor de manufatura de dezembro e o PMI do setor industrial também de dezembro dos EUA que devem dar pistas sobre como a economia do país está reagindo aos juros mais altos.

Além de mau-humor externo, falas de ministro da Previdência estressaram o mercado

O Ibovespa voltou a fechar em queda nesta terça-feira (3), abaixo dos 105 mil pontos, com bancos e Petrobras com as maiores pressões negativas, em mais um dia marcado por receios com as políticas sinalizadas pelo novo governo. O dólar engatou nova alta acentuada e fechou no maior patamar em mais de cinco meses, acompanhando movimento internacional.

O índice brasileiro encerrou o segundo pregão de 2023 aos 104.165 pontos, enquanto o dólar chegou aos 5,4520.

Além do dia ter contado com maior aversão ao risco globalmente, os investidores acompanharam o ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmar que o governo precisa discutir a “antirreforma” da previdência e negou o déficit da Previdência Social além de criticar os juros cobrados por bancos em empréstimos consignados.

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