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Análise

Morning Call: bolsas ameaçam correções com as dificuldades globais da Covid

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

A atividade global (industrial, serviço e varejo) é destaque hoje na agenda dos indicadores na zona do euro, Alemanha, Reino Unido e EUA, onde o mercado também acompanha a sessão do Senado para votar a nomeação de Janet Yellen para o Tesouro do governo de Joe Biden (12h);

A covid pelo mundo continua a preocupar e traz insegurança aos investidores com correções dos principais índices globais no pré-mercado de Nova York e na bolsas europeias; o petróleo cai mais de 2%;

Nos EUA, o clima ficou ainda mais tenso com a previsão de Biden de que mais 100 mil americanos podem morrer em um mês; o Dow Jones futuro recua 0,80%, S&P 500 (-0,70%), Nasdaq (-0,52%); o índice pan-europeu Stoxx 600 cai 1,05%;
A Alemanha passou o marco das 50 mil mortes pela doença e Hong Kong faz lockdowns pela primeira vez;

Na zona do euro, PMI composto caiu de 49,1 pontos em dezembro para 47,5 em janeiro; serviços, de 46,4 para 45 pontos, e  industrial, de 55,2 para 54,7;

No Reino Unido, onde as vendas do varejo em dezembro decepcionaram subindo apenas 0,3% (projeção era de +1,5%); PMI composto caiu forte de 50,4 para 40,6 pontos, portanto de volta à zona de contração; há instantes, Frankfurt recuava 1%, Londres (-0,90%), Paris (-1,25%), Madri (-1,73%), Milão (-2,05%), Lisboa (-1,15%);

Aqui, a 6ªF deve ser movimentada pelo noticiário das vacinas, com a chegada prevista do lote de dois milhões de doses da AstraZeneca da Índia, no fim da tarde e pela reunião da Anvisa (15h) para autorizar o uso emergencial de 4,8 milhões de doses da Coronavac, as primeiras envasadas pelo Instituto Butantan.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

Devagar e mais um dia de correção para o índice, a resistência imediata continua sendo respeitada e para hoje estaria na faixa dos 120.500 pontos, já o  suporte mais próximo já não temos e por enquanto de olho na referência do gráfico semanal que estaria na casa dos 116.600. Lembrando que respeitando o suporte do semanal, a força ainda seria compradora. 

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

A semana do início da vacinação e da posse da Biden caminha para ser uma negativa para o Ibovespa. Com a terceira queda consecutiva, agora de -1,1%, o principal índice de ações brasileiro acumula queda de 1,7% na semana e fechou esta quinta-feira (21) cotado em 118.329 pontos;

Pesou para o desempenho negativo da Bolsa nesta quinta o forte noticiário dos candidatos à presidência da Câmara e Senado, com declarações recentes sobre extensão do auxílio emergencial. Circula na mídia também a notícia de que o ministério da Economia já não descarta uma prorrogação do auxílio emergencial embora considerem que esta é a última opção no “cardápio de medidas”. Além disso, o mercado aguarda novidades tanto em relação ao plano de vacinação como o avanço nas reformas;

No cenário corporativo, o grande destaque é para a Eletrobras (ELET3/ELET6). A estatal desabou 6,1% e foi a maior queda do Ibovespa após o senador Rodrigo Pacheco, candidato à presidência do Senado, dizer que a privatização não é uma prioridade;

As empresas ligadas a construção civil também tiveram um dia ruim após o Banco Central abrir brecha para voltar a subir a taxa básica de juros ainda durante o primeiro semestre deste ano. Eztec (EZTC3, -6,15%) e Cyrela (-5,64%) foram, respectivamente, a segunda e a terceira maior queda do índice;

Entre as empresas que fecharam no positivo temos a mineradora Vale (VALE3, +1,1%). A empresa anunciou que irá vender sua participação no negócio de carvão, melhorando suas práticas ESG. No entanto, a empresa fechou longe da máxima após não chegar a um acordo com o governo mineiro sobre Brumadinho;

Também merece destaque as ações da Copel (CPLE6, +1,8%), terceira maior alta do Ibovespa. A companhia de energia paranaense fez um call com analistas e investidores para detalhar seu plano de migração para o Nível 2 de Governança Corporativa, sua nova política de dividendos e a criação de suas units, o que deve melhorar a liquidez dos ativos.

Indicadores
Brasil:
FGV: prévia da Sondagem da Indústria de janeiro (8h)
EUA:
IHS Markit: PMI Industrial, Serviços e Composto preliminares (Markit) (11h45)
Nomeação de Janet Yellen à Secretaria do Tesouro é avaliada pelo Senado (12h)
DoE: estoques de petróleo (12h30)
Baker Hughes: atividade de petróleo (15h)
Europa:
Alemanha: PMI Industrial, Serviços e Composto preliminares (Markit)
Reino Unido: PMI Industrial, Serviços e Composto preliminares (Markit) / Vendas no Varejo
Zona do Euro: PMI Industrial, Serviços e Composto preliminares (Markit) / Vendas no Varejo

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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