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Análise

Morning Call: crise imobiliária na China ainda assusta; inflação no Brasil

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global e bolsa de valores 

Chegamos ao final desta semana ainda com incertezas sobre o destino da endividada China Evergrande e seus impactos no mercado imobiliário que poderá contaminar outros setores, como o bancário e até mesmo a indústria. Portanto, a confiança dos investidores continua baixa e as ações da incorporadora voltaram a despencar 11% nesta sexta-feira, após alguns detentores de títulos no exterior não receberem o pagamento de juros no prazo que venceu. Os papéis haviam subido 17,6% ontem depois que a empresa disse que havia concordado em resolver o pagamento de juros de um título doméstico, mas não há certeza se foi cumprido. Ontem, a imprensa mundial noticiou que as autoridades chinesas orientaram os governos locais a se preparar para um eventual colapso da gigante chinesa do setor imobiliário. Alguns bancos chineses revelaram que estão preparados para absorver um possível calote.

Entretanto, os investidores estão mais otimistas em relação ao crescimento global após a reunião de política monetária do Federal Reserve, em que o banco central dos EUA disse que começará a reduzir suas compras mensais de títulos já em novembro, o que já estava precificado pelos mercados. As bolsas europeias operam em queda, realizando lucro após uma sequência de três altas consecutivas na semana. Entre os indicadores do dia, o índice Ifo de sentimento das empresas alemãs registrou a terceira queda consecutiva a 98,8 pontos, acima do consenso. O investidor segue NY, que aguarda a fala do presidente do Fed às 11h. 

Futuros: Dow Jones (-0,26%), S&P 500 (-0,35%), Nasdaq (-0,49%); Petróleo: Brent a US $ 77,50 (+ 0,32%); Ouro: + 0,31%, a US $ 1,755,30 a onça-troy na Comex; T-note de 10 anos a 1.41400 (de 1.43280); Bolsas na Europa: Londres (-0,24%) a 7.061,59; Frankfurt (-0,64%) a 15.543,10; Paris (-1,02%) a 6.633,90; Madrid (-0,04%) a 8.873,30.

Cenário no Brasil

Hoje, no cenário doméstico, o IPCA-15 (9h) pode marcar a maior taxa para setembro da série histórica, com a acumulada em 12 meses batendo nos dois dígitos – em mais um desafio para o ritmo moderado do aperto monetário, reiterado nesta semana pelo Banco Central e alvo de muitos questionamentos. Matéria do jornal O Globo mostra que a persistente, turbulências políticas, o meteoro das dívidas judiciais a serem pagas e juros que passaram a subir são a pedra no caminho das empresas que foram às Bolsas buscar recursos por meio de Ofertas Públicas de Ações (IPOs). Segundo a pesquisa do jornal, das 46 empresas que fizeram as ofertas este ano, 23 tiveram redução em seu valor de mercado.

Ibovespa 

O principal índice de ações brasileiras obteve a terceira alta seguida na quinta-feira, com investidores mais tranquilos em relação à política monetária de Estados Unidos e Brasil não terem se confirmado tão duras, dentro do esperado, ao passo que a China parece ter evitado um crise em seu setor imobiliário ontem, porém conforme citado anteriormente no “Cenário Global”, hoje teremos uma situação inversa e com grande desconfiança em relação a crise da Evergrande. O Ibovespa subiu 1,59%, a 114.064,36 pontos, como volume financeiro de R$ 32,9 bilhões.

Apesar do repique de alta nos últimos dias, o IBOV entrou em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, em seguida romper abaixo dos 124 mil, 120 mil pontos, por último os 115 mil pontos e segue se afastando abaixo da média móvel curta (21 períodos).

Indicadores econômicos e eventos
Alemanha / Ifo: índice de sentimento das empresas em setembro (5h)
FGV: Confiança do consumidor em setembro (8h)
FGV: IPC-S Capitais 3ª quadrissemana de setembro (8h)
IBGE: IPCA- 15 de setembro (9h)
BC / Setor externo: Conta corrente de agosto
EUA / Deptº do Comércio: Vendas de moradias novas em agosto (11h )
EUA: Presidente do Fed, Jerome Powell, discursa antes de evento Fed Listens (11h)
EUA / Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h)

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