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Análise

Morning Call: tudo parece fora do lugar, mas o Ibovespa sobe 6% em março

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques do pregão anterior e uma breve análise do índice Bovespa.

Retrospectiva do fechamento:

Ontem, o Ibovespa fechou em alta pelo quarto pregão consecutivo, alcançando o nível dos 117 mil pontos na máxima do dia. Apesar dos desafios atuais com o agravamento da pandemia de covid-19 e cenário político conturbado, a bolsa brasileira reagiu surpreendentemente bem com as perspectivas melhores para a reabertura da economia e avaliações positivas de que as recentes mudanças em Brasília tendem a melhorar a articulação política. O Ibovespa subiu 1,24%, a 116.849 pontos, com volume financeiro de R$ 28,2 bi.

Câmbio:

Após seis sessões de alta, o dólar fechou em leve queda na terça-feira, com volatilidade na cotação da moeda. O mercado ficou de certa forma confuso com a dança das cadeiras nos ministérios do governo anunciada na véspera, que depois foi interpretado como positivo, porém traz insegurança de certa forma num contexto de profundo receio com o caminho fiscal tomado pelo país, dentre vários outros problemas políticos, econômicos e na saúde. Dólar/Real: -0,16%, a R$ 5,7588.

Mercado hoje:

O primeiro trimestre chega ao fim com mudanças confusas nas Forças Armadas, trocas em ministérios, questionamentos sobre o Orçamento de 2021 e recorde diário de mortes por Covid-19. Enquanto os investidores avaliam que as recentes mudanças em Brasília tendem a melhorar a articulação política, permanecem profundamente cautelosos com a trajetória fiscal adotada pelo país e reformas estruturais necessárias que vão ficando para depois. Apesar de tudo, o índice Bovespa avança 6,19% no mês de março (até o dia 30), apoiado pela expectativa de normalização das atividades este ano e com os investidores indo às compras de ativos em busca de oportunidades na retomada.

No exterior, os principais índices de ações globais operam com cautela e próximos da estabilidade e o dólar permanece perto de máximas em cinco meses, com os rendimentos dos Treasuries retomando a alta antes de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar um plano trilionária para investir na infraestrutura do país.

Europa: assim como os futuros em NY, as bolsas europeias operam sem muita oscilação à espera do pacote de infraestrutura de Joe Biden, a ser detalhado hoje. No Reino Unido, o PIB final cresceu 1,3% no 4TRI 2020 ante o 3TRI, e a previsão era de alta de 1%; e o PIB final recuou 7,3% no 4TRI de 2020, na comparação anual, e a previsão era de queda de 7,8%. O destaque em Londres foi a estreia da empresa de entregas Deliveroo, que chegou a despencar 30%, no maior IPO europeu neste ano. Há pouco, a bolsa de Frankfurt subia 0,05%, Londres caía 0,35% e Paris -0,21%.

NY/Futuros: Dow Jones cai 0,11%, S&P 500 estável (-0,01%) e Nasdaq sobe 0,36%; yield do T-note de 10 anos vai a 1,72980% (de 1,72070% no fechamento de ontem).

Commodities: Petróleo tipo Brent cai 0,58%, cotado a 63,80 o barril, com liberação do Canal de Suez; Ouro estável (-0,01%), cotado a US$ 1.685,90 a onça-troy, após cair ontem com a alta no rendimento dos títulos americanos.

Ásia: bolsas asiática fecham em baixa, acompanhando NY ontem; Tóquio (Nikkei) caiu 0,86%; Hong Kong (Hang Sang) recuou 0,70%; na China Continental, o Xangai Composto desvalorizou 0,43%.

IBOV: o índice Bovespa retoma uma tendência de alta no curto prazo, após operar próximo do nível dos 117 mil pontos e tenta sair de uma zona de congestão em torno dos 115 mil pontos. No longo prazo, ao ficar acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantém a sua tendência de alta.

Indicadores: 
Brasil
Balanços de Cogna, antes da abertura do mercado
Governo deve anunciar calendário do auxílio-emergencial
FGV: Confiança empresarial de março (8h)
IBGE: Pnad Contínua
BC: Setor público consolidado de fevereiro (9h)
BC: fluxo cambial semanal (14h30)
EUA
ADP: criação de empregos no setor privado em março (9h15)
ISM: índice de atividade industrial em março (10h45)
NAR: vendas pendentes de imóveis em fevereiro (11h)
DoE: estoques de petróleo (11h30)
Joe Biden divulga pacote de investimentos em infraestrutura (17h20)
Europa
Zona do euro/Eurostat: CPI preliminar de março (6h)
Áustria: Reunião do Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto da Opep+
Reino Unido: PIB
Ásia
Japão/Jibun Bank: PMI industrial de março (21h30)
China/Caixin: PMI industrial de março (22h45)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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