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Claudia Kodja

Os principais erros no planejamento da aposentadoria

Conheça os maiores riscos à segurança financeira do aposentado.

Estamos todos envelhecendo. A boa notícia é que, a forma como envelhecemos está mudando, e para melhor.

Acumulamos um volume de conhecimento e conservamos uma produtividade, que seriam irreconhecíveis para as gerações anteriores. A nossa capacidade de viver vidas mais longas, mais saudáveis e mais produtivas é uma das maiores conquistas da humanidade.

A má notícia é que os estereótipos sobre o envelhecimento não mudaram o suficiente e o esforço sobre o desenvolvimento de um plano de aposentaria, capaz de subsidiar seu bem-estar financeiro no período de usufruto, precisará ser “redobrado”.

Quem são os jovens idosos

Vamos redefinir o conceito de idoso e o período da aposentadoria, para algo próximo da realidade atual.

Ao contrário dos conceitos e preconceitos que, enquadram a população idosa como um custo para a sociedade, na rra da longevidade a população com mais de 50 anos contribui significativamente para o crescimento econômico, a inovação e a criação de novos valores.

Em termos biológicos, a população entre 60 e 70 anos, já não se enquadram como velhas, no mundo de hoje. Tendo em conta as expectativas de vida atuais, a gerontologia passou a diferenciar a terceira idade ou os jovens idosos, representados pelos indivíduos entre 60 e 79 anos, e a quarta idade ou os velhos idosos, representados pelos indivíduos com 80 anos ou mais.

Aposentadoria. Fonte: Freepik.

Em 2020, a população com mais de 50 anos contribuiu com 34% ou US$ 45 trilhões do PIB global. Isso equivale a cerca de três vezes o receita combinada das 100 empresas mais lucrativas do mundo.

Através dos gastos em bens e serviços, a população com mais de 50 anos assegurou um terço dos empregos do mundo em 2020, ou pouco mais 1 bilhão de empregos, gerando renda US$ 23 trilhões em mão de obra.

Portanto, para “economia da longevidade” ou “economia prateada”, os idosos estão longe de ser um peso, são uma grande oportunidade para crescimento da demanda e dos empregos.

Qual o novo significado da aposentadoria

A “nova aposentadoria” não é mais tida como um ponto de chegada, um período para o descanso e usufruto, apenas, mas como uma nova jornada e um novo capítulo da vida, longo e com muitos desafios.

Ao contrário dos nossos pais e avós, para os quais o período de aposentadoria representava uma fase de inatividade e descanso, os novos aposentados desejam desfrutar de uma gama crescente de oportunidades e permanecer engajados.

Conforme estudo realizado na América do Norte, EUA e Canadá, pela Harris Poll, mais de metade dos atuais aposentados (56%) dizem que estão se reinventando e 85% dizem que estão ansiosos com as perspectivas para os próximos anos de vida.

Infelizmente, a perspectiva de uma aposentadoria produtiva e sustentável não é o caso para muitos ou para grande maioria. Seja pelo baixo nível de renda e a incapacidade acumular recursos financeiros ou por uma incompreensível falta de preocupação, a aposentadoria se tornará um caminho difícil e incerto. 

Os principais riscos à segurança do aposentado

A maior expectativa de vida, o potencial declínio de benefícios previdenciários públicos e privados e aumento dos custos são apenas três, entre uma série de riscos que precisam ser considerados no planejamento da aposentadoria, no século 21.

A responsabilidade sobre o financiamento da aposentaria vem, cada vez mais, recaindo sobre os ombros de cada indivíduo, mas poucos sabem avaliar o que será necessário para garantir uma aposentadoria sustentável.

No Brasil, em especial, a insuficiência das políticas previdenciárias, a baixa qualidade dos produtos financeiros e a falta de independência dos consultores de investimento tornam a segurança do aposentado uma tarefa solitária e desafiadora.

Conforme The Global Retirement Index 2023, desenvolvido pela Natixis Investment Managers e CoreData Pesquisa, o Brasil encontra-se entre os países com o menor nível de segurança financeira para o período da aposentaria.

Os 10 principais erros no planejamento da aposentadoria

Na medida em que, a responsabilidade pelo financiamento da aposentadoria é delegada aos próprios beneficiários, o passo principal para alcançar a segurança na aposentadoria é ter um plano.

Os planos de aposentadoria precisam incorporar uma vasta gama de variáveis, muitas das quais estão fora do controle dos indivíduos, como o nível da inflação, os juros, a variação dos custos de vida e o prazo de usufruto.

Ainda assim, indivíduos precisam de metas e um roteiro para orientar suas decisões de investimento, além de incorporar expectativas realistas para o período da aposentadoria.

Confira os 10 erros mais comuns na execução de um plano de aposentadoria:

  1. Não priorizar a sua aposentadoria na sua carteira de investimentos.
  2. Superestimar a retorno dos investimentos
  3. Contar com os benefícios públicos
  4. Subestimar quanto tempo você viverá.
  5. Subestimar o impacto da inflação
  6. Não compreender as fontes de renda para aposentadoria.
  7. Não compreender as alternativas de investimento.
  8. Não compreender as estratégias de investimento
  9. Desconsiderar o aumento dos custos com saúde.
  10. Desconsiderar os custos e alternativas de moradia.

A aposentadoria se tornou uma das maiores etapas da sua vida e pode ser tão gratificante quanto a sua juventude. É a sua oportunidade de fazer o que quiser, quando quiser, seja relaxar, viajar ou se reinventar. Ao focar no planejamento da aposentadoria, você eliminará boa parte das incertezas sobre seu futuro.

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação.

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