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É preciso ter sorte para investir na bolsa de valores?

Conheça os fatores realmente decisivos no desafio de construir uma carteira rentável.

Cauê Diniz/Divulgação B3

Se é preciso ter sorte para investir na bolsa de valores? Não. Essa é uma verdade, por exemplo, para uma aposta em loteria (e não é por acaso que chamamos de aposta, e não de investimento). Quando se realiza um sorteio, cada bolinha tem, a priori, a mesma chance de sair do globo. Como existem muitas bolas e combinações possíveis, seu palpite tem, por definição, mais chances de perder do que de ganhar – e não há estratégia que possa mudar isso.  

Nos investimentos o cenário é bem distinto. Existem fatores que podem reduzir sensivelmente o risco e aumentar as probabilidades de ganho de uma operação, e isso não tem nada a ver com o acaso. Pode-se dizer que o principal fator é o conhecimento. Uma boa educação financeira contribui para entender o seu perfil de investidor, e, consequentemente, avaliar as melhores oportunidades do mercado que combinam com as suas características.

Vamos ver algumas delas?

Diferentes perfis de investimento

A bolsa comporta desde operações de day trade, que buscam uma rentabilidade rápida, até alocações com horizonte de longo prazo, como a criação de uma carteira de dividendos, que pode durar muitos anos e até se tornar um mecanismo para financiar a aposentadoria. 

Algumas estratégias são mais arrojadas e outras menos. Diferentemente de um jogo, o investidor tem elementos para montar uma posição com risco e retornos adequados aos seus objetivos. 

Diversificação de investimentos em bolsa

Para dar mais segurança e estabilidade a uma carteira, os investidores geralmente buscam diversificar. Assim, caso um ativo tenha desempenho diferente do previsto, pode ser compensado pelas outras posições. E não faltam caminhos para diversificar na bolsa. 

Aqui na B3, você tem acesso a empresas de todos os setores, de diferentes portes e até de outros países – sem falar na possibilidade de mesclar ações com outras classes de ativos. 

Escolhas conscientes de ativos financeiros

As empresas listadas têm obrigação de prestar contas sobre resultados, estratégia, governança e muito mais. Isso faz com que ninguém precise tomar decisões “no escuro”. Usando bem as informações, todos têm condições de criar uma relação mais vantajosa de risco versus potencial de ganhos. 

Não há nada de aleatório em obter rentabilidade com uma carteira diversificada e composta por empresas sólidas, transparentes, com histórico positivo, bem-posicionadas e apoiadas em estratégias robustas para aproveitar oportunidades de mercado.

Apoio de especialistas de mercado

Antes que alguém fique angustiado, vamos esclarecer: a importância de conhecer o mercado não implica que bolsa é acessível apenas para especialistas e gênios das finanças. 

Você pode escolher gerenciar a sua carteira de maneira autônoma, mas também pode recorrer ao apoio de especialistas – seja na sua corretora, instituição financeira ou assessoria independente. 

Com apoio desses profissionais, você tem acesso a diversas carteiras recomendadas, recebe sugestões de operações oportunas e muito mais.  

O valor dos fundos de investimento

Outro caminho de trabalhar com especialistas é recorrer aos fundos de investimentos ativos, nos quais um gestor profissional vai gerenciar a carteira em troca de uma taxa de administração. 

Existem ainda os fundos passivos, também chamados de fundos de índice ou ETFs (Exchanged Traded Funds). Eles são negociados em bolsa e equivalem a uma cesta diversificada de ativos. 

Por exemplo, se você quiser replicar o Ibovespa, que é uma estratégia bastante comum, não precisa comprar todas as ações, nas proporções exatas. Basta adquirir um ETF que replique esse índice e voilà: você terá diversificado seu investimento de maneira simples.    

Proteção contra mercado em queda

Alguém pode dizer que, independentemente da carteira construída, se o mercado inteiro sofrer uma queda, os prejuízos serão inevitáveis – e, portanto, não basta escolher bem, é preciso ter sorte de não haver uma maré negativa. 

Mas até nesse cenário hipotético é possível se sair bem. Estratégias de longo prazo, por exemplo, são mais resilientes contra variações momentâneas. E há ainda as operações de “short selling”, que podem ser usadas para criar proteção contra queda no valor de alguns ativos – nessa posição, o investidor ganha justamente com a desvalorização de um ativo. 

Bem, diante de tudo isso, dá para ver que o mundo dos investimentos é complexo, repleto de oportunidades e pode ser explorado com mais segurança se for feito com estratégia e conhecimento. 

Com os instrumentos mencionados acima e muitos outros, os investidores podem adotar posições de maior ou de menor risco, de acordo com seu apetite e objetivos. 

Ainda que não possam garantir quais serão os resultados futuros, eles têm a capacidade de gerenciar as probabilidades, o que afasta completamente a atividade da aleatoriedade das loterias ou da ideia de que o sucesso depende de sorte.  

Agora que você já sabe disso, que tal esquecer os amuletos e superstições e se aprofundar no mundo dos investimentos por meio do Hub de Educação, nossa plataforma online e gratuita de cursos? 

*Daniela Hosaka, superintendente de relacionamento da B3.

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. 

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