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ETFs para diversificar? 500 mil pessoas investem no produto

Veja as razões que deram destaque aos ativos.

Leandro Loiola, consultor de Educação da B3. Crédito: Cauê Diniz.

Sabemos que o conceito de diversificação tem ocupado um papel fundamental nesse contexto de evolução que o mercado de capitais brasileiro tem vivido nos últimos anos.

Falar em diversificação de uma carteira é falar das opções disponíveis para investir em diferentes ativos de forma a reduzir os riscos e aumentar as chances de obter bons resultados.

Nesse contexto, os Exchange Traded Funds (ETFs), fundos que acompanham o desempenho de um índice, como o Ibovespa B3, por exemplo, são sempre lembrados pelos investidores. Isso porque é por meio desse produto que o investidor consegue, ao comprar uma única cota de um fundo, investir em diferentes setores e empresas, sem a necessidade de comprar ações individuais.

O primeiro ETF do Brasil foi lançado há quase 20 anos, mas nos últimos dois anos vimos um crescimento rápido nas alternativas disponíveis. Hoje são mais de 300 opções entre ETFs e BDRs de ETFs. E tudo sem precisar fazer remessa para uma conta no exterior.

O número de pessoas físicas que investem no produto mais que dobrou nos últimos dois anos e hoje já ultrapassou a marca de 500 mil, com um volume negociado de R$ 1,3 bilhão em abril.

E aqui algumas razões que fizeram os ETFs ganharem destaque nas carteiras dos investidores:

1 – Diversificação

Em vez de investir em uma única ação ou título, o investidor compra um conjunto de ativos que rendem muito próximo a um índice. Isso reduz o risco de perder dinheiro ao concentrar seu investimento em apenas uma empresa.

2 – Custos

Geralmente têm custos menores do que os fundos tradicionais.

3- Liquidez

Permite investir e resgatar a qualquer momento.

4 – Previsibilidade

Por ser um investimento que acompanha um índice, você pode ter uma boa ideia do rendimento do ativo quando esse índice varia.

No mercado brasileiro, existem diversas opções de ETFs, que acompanham diferentes índices, como o Ibovespa B3, o índice de dividendos, os que olham as questões ESG, entre outros. Além disso, há ETFs que replicam índices internacionais, como o S&P 500 e o MSCI World.

Ao se deparar com essa opção de investimento, o investidor pode olhar as oportunidades a partir de alguns recortes:

1 – Investir por “geografia”

Mesmo que sejam integradas, as economias dos países passam por momentos positivos e negativos ao longo do tempo. Imagine decidir o destino do seu dinheiro com base em um país ou em uma região do mundo?

Por exemplo: você pode escolher um ETF ou um BDR de ETF composto apenas por ações de empresas chinesas. Além da China, você conta com mais 24 países ou regiões. As opções passam por: “Apenas ações de Países Emergentes” ou “Apenas ações de empresas americanas”, entre outros.

2 – Investir por setor de atuação

Cada setor tem uma característica de valorização e crescimento, de acordo com o ciclo econômico e capacidade de inovação. Você pode escolher investir em: Biotecnologia; Petróleo & Gás; Infraestrutura; Serviços médicos; Gaming & E-sports. São mais de 50 setores!

3 – Investir por classe de ativos

ETFs não são apenas ações. A diversificação pode acontecer em classes como: renda fixa, commodities, imobiliário e criptoativos. Quando cruzamos as outras classificações, podemos ver um detalhamento maior. Por exemplo: é possível investir num ETF de renda fixa na geografia “Estados Unidos”. Essas combinações ampliam as oportunidades de diversificação.

4 – Investir por temas

Os gestores de ETFs estão sempre em busca de oportunidades na criação de novas alternativas. Um recorte específico na construção desses produtos é o investimento por tema. Ações ESG; ações small caps; ações de empresas com mulheres na liderança. Esses são apenas alguns exemplos de investimentos temáticos por meio de ETFs.

Com tanta novidade à disposição, você pode achar difícil escolher. Então vale conhecer as alternativas e falar sobre elas com um profissional de investimentos que te ajude a navegar nesse mar de opções, sempre respeitando o perfil de risco e objetivo de vida de cada investidor.

A diversificação é a chave para reduzir os riscos e aumentar as chances de sucesso em uma carteira de investimentos. E uma carteira diversificada pode melhorar o desempenho dos investimentos. 

Continue aprendendo e aproveite!

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação.

*Leandro Loiola é consultor de Educação da B3.

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