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Finanças

3 criptomoedas que mais valorizaram no 1º trimestre de 2022

Especialista comenta que investidor precisa evitar moedas que sobrevivem de hype e que não têm propósito.

Criptomoedas

Em meio às turbulências que impactaram o mercado de criptoativos no início do ano, houve moedas digitais que seguiram o caminho oposto, mostrando alta valorização durante o período. É o que mostra um levantamento feito por Felipe Medeiros, analista e sócio da Quantzed Criptos, empresa de tecnologia e educação financeira para investidores. 

Com base em dados da CoinCodex, o analista destacou quais foram as três criptomoedas que saíram em disparada em valorização no primeiro trimestre de 2022. Para conhecê-las, confira a seguir. 

Quais criptomoedas mais valorizaram no primeiro trimestre de 2022?

1 – GMT, da STEPN: + 791,93%

A criptomoeda que mais valorizou no período foi Green Metaverse Token (GMT), um ativo de governança do aplicativo STEPN, plataforma que incentiva a prática de exercícios físicos por meio de recompensas dentro do ecossistema do jogo. 

Imagem: Site da STEPN/Reprodução

Funciona assim: os interessados acessam a tecnologia e, de certa forma, “equipados” de um tênis NFT, caminham ou fazem corridas para ganhar as criptomoedas (o monitoramento dos exercícios é controlado pelo STEPN por meio do GPS). 

Então, depois de realizarem as atividades físicas, os ganhos dos usuários são armazenados na carteira do aplicativo, que possui uma função de troca integrada.

Para Medeiros, a justificativa para a alta seria de que “nesses últimos meses, tivemos uma tendência muito forte do modelo de ‘ganhe para jogar’… [por isso] a moeda que mais valorizou no primeiro trimestre foi a GMT”. 

No entanto, o analista também comenta que apesar desse hype trazer forte alta para o ativo neste momento, ele não tem uma boa perspectiva sobre a criptomoeda no médio e longo prazo. 

Na negociação do dia 14 de abril, o ativo possuía um valor de mercado de US$ 342,3 milhões, segundo dados da Coinbase. A criptomoeda começou a ser negociada em maio de 2021.

2 – KNC, da Kyber: + 149.56%

A Kyber Network Crystal (KNC) é um token de utilidade e governança e parte integrante da Kyber Network, que é uma plataforma de liquidez de exchanges descentralizadas que se baseia na blockchain Ethereum. 

O ecossistema permite conversões simples entre diferentes tipos de ativos digitais, de forma que os usuários negociem criptomoedas usando apenas aplicativos descentralizados e suas carteiras. 

Os detentores do token KNC apostam e votam para receber taxas de negociação de protocolos na rede. E, à medida que mais negociações são executadas e novos protocolos adicionados, mais recompensas são geradas.

Na negociação do dia 14 de abril, o ativo possuía um valor de mercado de US$ 828,5 milhões, segundo dados do Investing. A criptomoeda começou a ser negociada em novembro de 2017.

3 – WAVES, da plataforma Waves: + 95.16%

Waves é uma plataforma blockchain multifuncional que suporta vários casos de uso, principalmente para o desenvolvimento de aplicativos descentralizados (DApps) e contratos inteligentes.

A rede tem seu próprio ativo virtual, que tem o mesmo nome. O token serve ​​para recompensar todos os participantes da infraestrutura, para realizar o pagamento das taxas da plataforma e para os usuários realizarem outros projetos.

Na negociação do dia 14 de abril, o ativo possuía um valor de mercado de US$ 2,4 bilhões, segundo dados do Investing. A criptomoeda começou a ser negociada em julho de 2017.

Vale a pena buscar criptomoedas mais alternativas? 

Como se sabe, os investimentos em ativos digitais fazem parte da categoria de renda variável, portanto, neste mercado que é tão volátil, fazer essas aplicações é bastante arriscado, ainda mais quando o investimento é feito em criptomoedas mais alternativas. 

Para Medeiros, “se você souber fazer uma boa avaliação dos ativos que está comprando, vale a pena apostar uma pequena parte do seu portfólio nisso… mas é preciso entender que você está assumindo um risco muito grande”.

Francisco D’Orto Neto, docente da faculdade FIPECAFI nas disciplinas do curso de Economia, explica que antes de investir em uma criptomoeda, é importante fazer uma análise completa e minuciosa sobre ela. Para o docente, é imprescindível avaliar o seguinte:

  • O projeto da criptomoeda é inovador? Quais as vantagens dele? Já existem outras moedas digitais propondo a mesma coisa? Se sim, parecem ser mais promissoras?
  • Qual é o planejamento para o futuro do projeto (roadmap)? É importante analisar os próximos passos programados e, se possível, identificar se a moeda possui potencial para crescer. E vale um alerta: se você não encontrar o roadmap de uma cripto, é sinal de desconfiança.
  • A moeda tem o seu código fonte disponível para todo o público, permitindo que qualquer pessoa consiga acessá-lo? 
  • Outro fato a ser visto antes de investir: é importante identificar criptos que possuem liquidez e valor de mercado.

Melhores criptomoedas para investir agora em 2022

Para Medeiros, o melhor investimento agora é em Ethereum, “porque a criptomoeda vai passar por uma atualização nos próximos meses, que é a maior da história”. 

Atualmente, o desenvolvimento de Ethereum é por meio do protocolo de prova de trabalho (proof-of-work, PoW), ou seja, quando uma rede descentralizada de computadores compete para validar as transações. 

Com a atualização, que se chama The Merge (a fusão, na tradução para o português), a rede deverá passar a funcionar pelo protocolo de prova de participação (proof-of-stake, ou PoS). Isto quer dizer que os usuários serão responsáveis pela validação das transações ao fazerem staking da criptomoeda. 

Espera-se que essa mudança gere impacto positivo no preço do ativo porque, idealmente, deve trazer mais segurança ao investidor, reduzir os custos de energia e facilitar o dimensionamento da blockchain. 

“Eu vejo Ethereum, inclusive, nos próximos meses se aproximando muito do market cap do Bitcoin… acho que isso é uma tendência que vai acontecer”, comenta o analista. 

Além disso, entre outras criptomoedas promissoras, “uma segunda boa perspectiva que podemos avaliar para esse ano ainda são os jogos play to earn. Vamos ter uma entrada muito grande de capital neles”, conclui Medeiros. 

Quais são as principais criptomoedas do mercado?

Entre as milhares de criptomoedas listadas no mercado, poucas delas se sobressaem entre a maioria. Claramente, neste momento, o criptoativo que tem mais relevância ainda é o pioneiro Bitcoin (BTC), que tem mais de R$ 3 trilhões de capitalização no mercado. Depois, sai Ethereum (ETH) disparada em relação às outras, com o volume de negociação em mais de R$ 1 trilhão. 

No entanto, neste primeiro trimestre, o desempenho não foi bom para os criptoativos: o Bitcoin teve desvalorização de 9,66%, e Ethereum de 16,11%. 

Rubens Neistein, business country manager da CoinPayments e sócio da Blockmaster Brasil, crê que ambas criptomoedas “no curto prazo ainda vão sofrer volatilidade em função do cenário global”, que ainda sofre com as consequências da guerra na Ucrânia.

Quais criptomoedas evitar em 2022? 

Para Medeiros, “majoritariamente, o investidor precisa evitar moedas que sobrevivem de hype, que não têm um propósito”. Ele cita Dogcoin, Shiba Inu e outras criptos atreladas a memes. 

“Outra classe de ativos que as pessoas precisam evitar é de jogos que prometem altos retornos”, acrescenta. 

Como está o mercado de criptomoedas? 

Conforme aponta a pesquisa mais recente da corretora norte-americana Gemini, quase metade de todos os donos de criptomoedas nos Estados Unidos, América Latina e região Ásia-Pacífico compraram os ativos pela primeira vez apenas em 2021. 

Mas não só isso. De acordo com o levantamento feito pela gestora Hashdex, o Brasil registrou um crescimento de 1.266% no número de investidores alocados em fundos e ETFs de criptoativos em 2021 ante o ano anterior. O número de investidores deste tipo de aplicação passou de 30 mil, em 2020, para mais de 410 mil no ano passado.

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