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Brasil: blockchain será usado na nova carteira de identidade

O objetivo é garantir a validade das informações e proporcionar maior segurança e eficiência no processo.

*ARTIGO

O governo brasileiro anunciou recentemente que está desenvolvendo uma nova carteira de identidade (CIN) que utilizará a tecnologia blockchain. Para isso, o sistema passou por uma importante mudança técnica, substituindo o uso de APIs pela plataforma B-Cadastro, desenvolvido pelo Serpro e Receita Federal (RF).

Conforme divulgado, a plataforma foi construída sobre o Hyperledger Fabric, essa alteração de infraestrutura permitirá uma troca mais ágil de informações e atualização do CPF, onde a CIN servirá diretamente como token de identificação conectado ao sistema de autenticação do GovBR. 

“Vamos sair de uma solução de comunicação via API por uma solução de blockchain com o Serpro como parceiro. Isso permitirá uma maior celeridade na troca de informações e de atualização da situação do CPF”, disse o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão, Rogério Mascarenhas.

De acordo com as informações disponíveis, a nova carteira de identidade já ultrapassou a marca de 1 milhão de emissões, o que indica que o processo de emissão está em andamento.

A expectativa é que, em 3 anos e meio, haja aceleração da distribuição das novas CINs, onde cidadãos já serão capazes de exercer direitos e cumprir deveres no mundo digital mediante a tecnologia blockchain. A troca da API pela plataforma B-Cadastro começará nos 12 estados que já emitem a nova carteira de identidade.

Por dentro da nova carteira de identidade

Uma das principais novidades é o fim do número de Registro Geral (RG), que será substituído pelo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). O CPF será o único número de identificação válido em todo o território nacional e contemplará uma versão digital, com a mesma validade do documento físico. Ele servirá como um token de identificação vinculado ao portal gov.br.

A atual CIN também apresenta um QR Code que pode ser lido por qualquer smartphone para verificar sua autenticidade, saber se o documento foi furtado ou extraviado, e até mesmo permitir o acesso a outros serviços digitais do governo, como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o e-Título.

Novo CIN está sendo emitido desde agosto de 2022 nas versões física e digital. Fonte: site do governo.

Paulatinamente, a integração com o blockchain permitirá que as informações pessoais dos cidadãos sejam armazenadas de forma segura e transparente, dificultando a falsificação de documentos e a prática de crimes.

Por fim, a nova CIN emitida pela plataforma B-Cadastro também permitirá que as informações pessoais dos cidadãos sejam compartilhadas com diferentes órgãos públicos de forma mais rápida, barata, mais inclusiva e menos burocrática.

Brasil: mais que o ‘país do futebol’

O Brasil está se mostrando capaz de se reinventar e se adaptar às novas tendências tecnológicas, buscando soluções para os desafios da sociedade. A tecnologia das criptomoedas estará cada dia mais presente no cotidiano dos brasileiros, mesmo que muitos não sejam investidores de ativos digitais.

Dia após dia, a nação verde-amarela está deixando de ser vista apenas como o “país do futebol” e passando a ser reconhecida como o “país da inovação”, onde o uso do blockchain na nova carteira de identidade é um exemplo claro disso.

Em uma visão otimista, a mudança no sistema da CIN fará com que os cidadãos se familiarizem mais com os ativos digitais, onde ele poderá, até mesmo, servir como um incentivo para que os brasileiros se interessem ainda mais pelas criptomoedas.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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