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Crise? Número de brasileiros que investe em cripto bate recorde

Desafiando a turbulência econômica, quase 2 milhões de brasileiros estão no mercado de criptomoedas.

Criptomoedas

*ARTIGO

O mercado de criptomoedas no Brasil está vivenciando um crescimento sem precedentes, refletindo tanto o interesse individual dos investidores como o envolvimento de empresas que reconhecem o potencial desse setor.

De acordo com a Receita Federal (RF), em abril deste ano o número de pessoas físicas que investiam em criptos bateu um novo recorde, atingindo 1,996 milhão de investidores

Esse aumento representa um salto de 23,8% em relação ao mês anterior, evidenciando o interesse cada vez maior dos brasileiros por esse mercado. Além disso, o número de pessoas jurídicas envolvidas em negociações de ativos digitais também registrou um aumento significativo, chegando a 65,6 mil

Apesar da expressividade dos quase 2 milhões de CPFs declarando investir em criptomoedas, é importante entender que este número pode ser de fato maior. 

Isso porque os dados obtidos são provenientes apenas das corretoras de criptomoedas que operam no Brasil, ficando de fora dessa conta, por exemplo, os usuários de estrangeiras como a Binance, exchange com forte presença no país.

Negociação também aumenta

Não é apenas o número de investidores que está batendo recordes no Brasil, mas também o volume de negociações em criptoativos. No mês de abril, o volume negociado — e declarado à Receita Federalatingiu a marca de R$ 19,6 bilhões, o maior montante registrado em quase dois anos. 

Vale destacar que parte desse volume é proveniente de transações realizadas por pessoas jurídicas em exchanges sediadas fora do país. Em particular, o setor institucional negociou R$ 4,5 bilhões em tais empresas, topo mais alto já declarado desde a vigência da Instrução Normativa nº 1888 em agosto de 2019.

Por outro lado, em termos de volumes de negociação com criptoativos, é importante saber que o Brasil se posiciona como o país mais importante da América Latina no ramo — e não em vão, desponta como uma das peças mais importantes no xadrez das exchanges em busca de novos mercados.

Mercado de criptomoedas no Brasil

Devido à ânsia por novos ares econômicos, no Brasil e no mundo, os jovens da geração Z, pessoas entre 16 e 25 anos, são as idades que mais possuem investidores de criptomoedas. 

Especificamente no Brasil, esses cripto-entusiastas representam um grupo de 3% do total, segundo dados da sexta edição do relatório “Raio X do Investidor Brasileiro”, da ANBIMA. Tal percentual corresponde a aproximadamente 6,42 milhões de brasileiros, considerando a população total do país.

Apesar da expressividade, os números mostram que ainda há um grande potencial de crescimento no mercado cripto brasileiro, à medida que mais pessoas descobrem as oportunidades oferecidas por essa classe de ativos.

Apesar de parecer loucura para alguns, esse cenário ‘apenas’ reflete a busca por melhores alternativas, maior transparência e autonomia no sistema econômico. 

Por que a adoção do bitcoin está crescendo?

Mesmo diante de incertezas e desafios, como a desaceleração do preço do bitcoin (BTC) e os problemas enfrentados por algumas empresas do setor, como a FTX e as investigações da SEC contra a Binance e Coinbase, os brasileiros sabem: o bitcoin opera em uma rede descentralizada e resistente.

Parafraseando Nassin Taleb, o bitcoin é antifrágil, prosperando e crescendo quando expostos a aleatoriedades, como desordem, volatilidade e estressores.

Além de operar em uma vasta rede de computadores, para que qualquer pessoa possa auditar seu suprimento e transferências a qualquer momento, sua natureza transparente e finita é um dos principais motivos que atrai cada vez mais investidores — principalmente os jovens — em busca de liberdade financeira e proteção contra a manipulação de moedas fiduciárias.

O futuro desse mercado promissor no Brasil certamente continuará a evoluir à medida que novos investidores se juntam à revolução das criptomoedas.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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