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Magazine Luiza oferecendo compra e venda de criptos pelo app: o que significa?

SuperApp da Magalu agora vai permitir que mais de 37 milhões de usuários possam negociar criptomoedas a partir de R$ 1.

*ARTIGO

A fintech Magalu, braço de serviços financeiros da gigante do varejo Magazine Luiza (MGLU3), anunciou recentemente uma parceria com o Mercado Bitcoin, a maior exchange da América Latina, para oferecer compra e venda de criptomoedas direto pelo seu aplicativo

Essa aliança tem como objetivo oferecer aos clientes da conta digital MagaluPay, que faz parte do superapp do Magalu, a oportunidade de participar do mercado de criptos investindo a partir de R$ 1, segundo comunicado à imprensa.

Com essa parceria, a gigantesca base de clientes da varejista, sendo 9 milhões apenas em contas digitais do MagaluPay, poderão acessar a infraestrutura do Mercado Bitcoin para negociar criptos de maneira muito fácil e intuitiva.

Além disso, a Fintech Magalu oferecerá material educativo sobre essa nova modalidade de investimento para os clientes poderem se familiarizar com o assunto, e pode ser a primeira oportunidade de muitos usuários darem o pontapé inicial nos criptoinvestimentos.

É interessante ficar de olho na novidade. Afinal, essa iniciativa vem para ampliar a cesta de serviços disponíveis de dois players gigantes e, devido à baixa barreira de entrada, pode refletir até mesmo na captação de novos clientes para ambos lados.

Por dentro da parceria

Visando contornar possíveis objeções dos clientes, a marca do Mercado Bitcoin não será exibida na conta digital MagaluPay, mas sim fornecida no formato de “Crypto as a Service”. Em outras palavras, isso significa que o serviço proporcionará uma experiência do usuários (UX) simplificada para aqueles que desejarem negociar criptoativos.

Em um primeiro momento, três criptomoedas estarão disponíveis para negociação no aplicativo MagaluPay. Os dois maiores ativos digitais do mercado, bitcoin (BTC) e ethereum (ETH), já estão confirmados. Porém, a terceira cripto ainda está indefinida

Isso quer dizer que os mais de 37 milhões de clientes do Magalu e os quase 4 milhões de usuários do Mercado Bitcoin poderão usar seus ativos por meio de um cartão gratuito, da bandeira Mastercard (MSCD34), com a tecnologia e segurança de APIs da Fintech Magalu.

Outro ponto é que os clientes da exchange poderão converter em reais as criptomoedas que possuem na corretora para carregar o cartão e utilizá-lo em qualquer estabelecimento que negocie com a bandeira Mastercard.

Atualmente, só a função de débito está disponível na parceira. Porém, a intenção é que em breve o meio de pagamento ganhe a função crédito, oferecendo mais conveniência para os clientes.

Mas, como nem tudo são flores, o lado ruim é que, inicialmente, não será possível sacar nem transferir ativos digitais para carteiras virtuais (wallets) de terceiros. Ou seja, o usuário não poderá manter suas criptos sob a sua própria guarda (autocustódia), e os criptoativos serão mantidos nas contas da corretora.

União entre duas gigantes: longe de ser só mais um hype

A parceria entre as duas gigantes surge em um momento em que as criptomoedas estão ganhando cada vez mais atenção como uma nova modalidade tanto de investimento como de pagamentos, apresentando oportunidades de retorno significativas em curto e longo prazo.

Além desse novo projeto, também há outros casos que unem empresas tradicionais e startups de ativos digitais existentes. Por exemplo, a parceria entre Visa (VISA34) e a Crypto.com permite que os usuários paguem com criptos em estabelecimentos físicos e online. Já a feita entre o PayPal (PYPL34) e a Paxos oferece a compra, venda e armazenamento de ativos digitais dentro do próprio aplicativo do PayPal.

Inovação e inclusão financeira é como o ‘Novo Normal’

Essa iniciativa também traz benefícios para a inclusão financeira, democratizando o acesso a serviços antes restritos a uma parcela limitada da população, seja pela necessidade de conhecimento sobre a tecnologia, aporte acima de R$ 1 ou até mesmo abertura de conta em exchange. 

Isso sem contar que a parceria entre a Magazine Luiza e o Mercado Bitcoin representa uma visão futura para o mercado. A utilização de criptomoedas para efetuar transações e a digitalização dos serviços financeiros se tornarão cada vez mais comuns.

Esse movimento já pode ser observado em outros países, como nos Estados Unidos, onde grandes bancos começaram a oferecer investimentos em criptos para seus clientes, ou até mesmo no Brasil, onde BTG Pactual (BPAC11) e outros players também proporcionam tais funcionalidades. 

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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