Siga nossas redes

Economia

5 fatos para hoje: Guedes critica excessos no prato; oferta da BR Distribuidora

De acordo com o ministro, é preciso facilitar a conexão entre políticas sociais e o fim dos desperdícios.

Paulo Guedes
Guedes prevê queda do dólar à frente. REUTERS/Adriano Machado/File Photo

1- Petrobras pede à CVM registro para oferta de ações da BR Distribuidora

A Petrobras (PETR3; PETR4) protocolou na quinta-feira (17) o pedido de registro da oferta secundária (follow on) de 436.875.000 ações ordinárias de emissão de BR Distribuidora (BRDT3) que a petrolífera possui, a serem distribuídas no Brasil, com esforços de colocação no exterior.

Conforme prospecto preliminar da oferta, seu valor total pode chegar a R$ 11,542 bilhões, e o período de reserva termina em 29 de junho, com precificação prevista para o dia seguinte. O valor, meramente indicativo, considera a cotação de fechamento das ações no pregão de ontem, de R$ 26,42.

Segundo o documento, a oferta está sendo estruturada pelo Morgan Stanley (coordenador líder), Bank of America Merrill Lynch, Goldman Sachs, JPMorgan, Itaú BBA, Citi e XP.

Segundo as fontes do “Estadão”, o Conselho de Administração da estatal bateu o martelo sobre a venda da participação de 37,5% na BR Distribuidora no fim da semana passada.

A decisão do desinvestimento já tinha sido tomada no começo do ano passado, na gestão de Roberto Castello Branco, mas a operação foi atrasada por conta da pandemia, que afetou o preço das ações da companhia na Bolsa brasileira. Agora a operação também foi referendada pela administração de Joaquim Silva e Luna.

2- Bolsonaro faz apelo a empresários do setor de alimentos para não aumentar preços

O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo a empresários do setor de alimentos para que não aumentem preços em meio a um ambiente de inflação mais “agressiva”, um dia depois de mais uma elevação na taxa básica de juros pelo Banco Central.

No encontro que reuniu no Rio de Janeiro dezenas de empresários de diversos setores como supermercados, indústria, hotéis, comércio e outros, Bolsonaro manifestou preocupação com a alta de preços e os impactos sobre o orçamento dos mais pobres.

“Nos ajudem a conter o preço daquilo que é básico para os mais pobres para que possamos sobreviver a essa pandemia, que se Deus quiser está chegando ao seu fim de modo que não abale a economia”, disse o presidente sob aplausos em um almoço a portas fechadas em um hotel na zona oeste do Rio de Janeiro, segundo áudio do discurso ao qual a “Reuters” teve acesso.

Na quarta-feira, para tentar conter a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa Selic em 0,75 ponto percentual para 4,25%, e indicou uma nova elevação na próxima reunião.

A inflação medida pelo IPCA acumulada em 12 meses até junho foi de 8,06% e vai se distanciando do teto da meta de 5,25% para 2021.

3- Sancionada lei que prorroga regra de reembolso e remarcação de passagem

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que prorroga as medidas emergenciais adotadas pelo governo para o setor de aviação civil em razão da pandemia. A legislação, originária da Medida Provisória 1024/2020, estende as regras de reembolso e remarcação de passagens aéreas para voos cancelados durante a pandemia.

O texto original, editado pelo governo no final de 2020, prorrogava as medidas até 31 de outubro. Mas no Congresso a MP sofreu alterações e os parlamentares aumentaram o prazo até 31 de dezembro deste ano. O reembolso poderá ser feito em 12 meses a contar da data do voo cancelado, sem multa.

A medida, segundo a Secretaria Geral da Presidência da República, deu maior flexibilidade aos usuários de transporte aéreo para desistência de voo, em face das incertezas provenientes da evolução da pandemia, bem como prorroga as medidas de alívio ao fluxo de caixa das empresas aéreas que ainda estão em cenário de incerteza.

“Diante desse cenário, entendeu-se que a prorrogação da autorização aos operadores aéreos para o reembolso em doze meses, nos casos de cancelamento de voos, seria uma medida relevante para a redução do impacto imediato no caixa das empresas e, assim, reduzir o risco de insolvências que poderiam ocasionar efeitos disruptivos na oferta de transporte aéreo no País”, diz a Secretaria Geral em nota.

A lei, no entanto, foi sancionada com um veto ao artigo que permitia às concessionárias anteciparem o pagamento das contribuições fixas vincendas e que, para o cálculo, deveria ser usada a taxa vigente do fluxo de caixa marginal adotada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para processos de revisão extraordinária, acrescida de 5 pontos porcentuais para a concessionária que optasse por antecipar, no mínimo, 50% do valor total remanescente das contribuições fixas. Esse item foi incluído no texto na tramitação da matéria no Congresso.

4- Guedes critica ‘excessos’ no prato do brasileiro em fala sobre desperdício

O governo federal quer reduzir o desperdício de alimentos no Brasil. Instados a falar sobre o assunto em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os ministros da Agricultura, Tereza Cristina, e da Economia, Paulo Guedes, se comprometeram a montar um grupo de trabalho para adotar medidas sobre o assunto.

No evento, Guedes disse que a reformulação de políticas sociais, em estudo pelo governo, poderá incluir incentivos para reduzir o volume de alimentos que acabam no lixo. O ministro criticou os “excessos” nas refeições dos brasileiros.

“Quando você vê um prato da classe média europeia, que já enfrentou duas guerras mundiais, são pratos relativamente pequenos. E os nossos aqui nós fazemos almoços em que muitas vezes há uma sobra enorme. Até o final da refeição da classe média alta há excessos”, comentou.

De acordo com o ministro, é preciso facilitar a conexão entre políticas sociais e o fim dos desperdícios. “Precisamos dar incentivos para o que é jogado fora possa ser endereçado aos mais necessitados”, afirmou.

No mesmo evento, a ministra Tereza Cristina disse que a redução do desperdício de alimentos precisa ser trabalhada de forma mais objetiva e com maior celeridade pelo governo federal. “Especialmente na parte regulatória. Proponho que montemos um grupo interministerial, junto com ministério da Economia e da Cidadania, e em 15 dias voltamos a apresentar uma solução”, afirmou. Já escolado por ser cobrado por prazos não cumpridos, Guedes falou de um prazo maior, de até 60 dias.

Sobre as questões regulatórias, a ministra apontou que alguns pontos da legislação podem ser revistos como o tempo de validade dos alimentos. “Temos certos exageros na legislação sobre os quais podemos fazer adaptação, sem precarizar e respeitando o que o mundo pensa. Podemos rever a legislação para melhorar uma série de gargalos, principalmente quanto à validade dos alimentos”, apontou Tereza Cristina.

Na avaliação de Tereza Cristina, a pandemia trouxe à tona o tema do desperdício alimentar de forma mais perceptível. “Há muito tempo que precisávamos trabalhar o desperdício alimentar de parte mais objetiva. Precisamos agir rapidamente”, comentou.

5- Astronautas chineses embarcam em módulo de estação espacial em missão histórica

Três astronautas chineses embarcaram na quinta-feira para uma estação espacial em construção na primeira missão tripulada da China desde 2016, expandindo a presença já crescente do país asiático em torno da Terra e desafiando a liderança dos Estados Unidos no espaço orbital.

Os astronautas voaram para Tianhe, módulo que será o alojamento da estação espacial da China quando concluída, no Shenzhou-12, ou “Nave Divina”. A tripulação embarcou no módulo onde viverão por três meses, a estadia mais longa em órbita baixa da Terra por qualquer cidadão chinês.

A estação espacial da China, que deve ser concluída até o final de 2022, será a única alternativa à Estação Espacial Internacional (ISS) que existe há duas décadas e pode ser aposentada em 2024.

“No estágio atual, não consideramos a participação de astronautas internacionais, mas sua participação futura está garantida”, disse Zhou Jianping, projetista-chefe do programa espacial tripulado da China.

“Estou ciente de que muitos países expressaram seu desejo a esse respeito”, disse Zhou a repórteres no local de lançamento do Shenzhou, no noroeste da província de Gansu.

Os astronautas Nie Haisheng, 56 anos, Liu Boming, 54 anos, e Tang Hongbo, 45 anos, testarão tecnologias em Tianhe, incluindo seu sistema de suporte à vida. Eles também serão monitorados para saber como lidam no espaço fisicamente e psicologicamente. Uma próxima missão à estação espacial durará seis meses.

Proibida pela lei dos EUA de trabalhar com a Nasa e, por extensão, com a ISS, a China passou a última década desenvolvendo tecnologias para construir sua própria estação espacial, além de planejar missões à Lua, Marte e outros planetas.

A China planeja permitir que astronautas de Hong Kong participem de futuras missões, disse Zhou.

(*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)

Veja também

• Planejamento financeiro: o passo a passo de como criar um do zero
• Comprar ou alugar imóvel? Veja como avaliar qual opção vale mais a pena
• Selic em 4,25%: quanto rendem as aplicações de renda fixa e onde investir agora
• Descubra seu perfil de investidor(a)
Como investir na bolsa de valores?
• Risco de inflação é maior em países emergentes, diz IIF

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.