Analisando o ano completo de 2021, os investidores novatos aportaram valores cada vez menores na bolsa brasileira – a B3. Em dezembro do ano passado, a mediana era de R$ 44 para o primeiro investimento. Mas em janeiro de 2020, essa mediana de entrada era de R$ 1.500.
A bolsa também levantou a diferença entre os gêneros na hora de investir. Em 2021, 42% das mulheres investiam em ações, versus 33% dos homens. O que aponta para uma maior propensão a risco por parte das investidoras. Já quando analisada a categoria de fundos imobiliários, as mulheres também apostaram mais em igual período: 11% ante 6% dos homens. Enquanto o investimento via BDRs – que são os recibos de ações internacionais – 21% de homens investem ante 5% de investidoras.
Analisando os principais produtos que são negociados na B3 por número de novos investidores (por CPF), os BDRs são destaque, com um crescimento de 994% . Os fundos de índice – os ETFs – vêm em segundo lugar, com uma alta de 109%. A evolução de CPFs que passaram a ter exposição internacional através dos BDRs passou de 130 mil em 2020 para 1,4 milhão em 2021.
Segundo a B3, os BDRs que contam com o maior número de investidores pessoa física, são: Apple (AAPL34), Amazon (AMZO34), Aura Minerals (AURA33), Disney (DISB34), Meta (FBOK34), Alphabet (GOGL34), Mercado Livre (MELI34), Nubank (NUBR33), Tesla (TSLA34) e XP (XPBR31).
Nenhuma classe de ativo teve queda em 2021 quanto ao número de CPFs que investem – porém – o saldo mediano caiu entre a maioria deles. No mercado de ações, o saldo caiu pela metade entre 2020 e 2021. Já quando comparamos com dez anos antes, a queda é superior a 66%.
Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio fazem um raio-x completo de como investem os novos investidores da bolsa.
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