As ações da incorporadora e construtora Viver (VIVR3) caíram 99,997% desde sua oferta pública inicial, em 2007. Essa é a maior queda entre os ativos que foram listados na B3, bolsa de valores brasileira, a partir de 2004 até meados de junho de 2023, segundo levantamento do TradeMap. O valor mínimo de cada ação da empresa já chegou a R$ 3,07, enquanto que na data do levantamento estava a R$ 3,13.
Em maio a Viver anunciou que foi aprovado o grupamento da totalidade das ações ordinárias de emissão da companhia na proporção de 10 papéis para formar um.
Com queda de mais de 40% nas vendas de unidades contratadas, a Viver encerrou o primeiro trimestre de 2023 com prejuízo de R$ 26 milhões, uma piora em relação ao resultado negativo de R$ 24 milhões nos meses anteriores.
Em nota divulgada na ocasião da divulgação dos resultados, a administração da Viver destacou, no entanto, que “o início do ano de 2023 nos reafirmou a certeza de um breakeven operacional e capacidade de geração de resultado da companhia, a partir da redução significativa do endividamento total”.
Outras ações do ranking
Na sequência da lista das maiores baixas, vieram os ativos das empresas do mercado imobiliário PDG Realty (PDGR3) e Nexpe (NEXP3), com declínios de 99,996% e 99,75%, respectivamente.
Com queda de 14% em suas vendas brutas, a PDG teve prejuízo de quase R$ 209 milhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo resultado positivo de R$ 46 milhões nos três meses anteriores. A empresa também realizou grupamento de ações e, nesta segunda-feira (19), informou ao mercado que, em um leilão, “as frações resultantes do processo de grupamento foram integralmente alienadas”.
Já a Nexpe, que reportou prejuízo de R$ 19 milhões no primeiro trimestre, entrou em recuperação judicial neste ano. Em nota divulgada na ocasião da divulgação dos resultados do primeiro trimestre, a administração disse que a empresa passou alguns anos sendo penalizada “por um volume muito grande de processos judiciais de corretores que alegavam vínculo empregatício por atividades de intermediação”, o que, segundo a companhia, tem sido se “maior ofensor”.
“A pandemia da COVID 19 veio para deixar o cenário ainda mais caótico com impactos no mercado imobiliário e, consequentemente, no faturamento da Nexpe”, disse ainda a nota.
Ainda no ranking do TradeMap dos piores desempenhos ainda apareceram Gafisa (GFSA3), Springs (SGPS3), Dotz (DOTZ3), Espaçolaser (ESPA3), Lojas Marisa (AMAR3), Infracomm (IFCM3) e Sequoia Log (SEQL3). Todas as empresas tiveram queda de mais de 85%.
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