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Finanças

Bolsa vira e fecha em alta, com bancos e PEC emergencial; dólar sobe a R$ 5,66

Novo parecer da PEC Emergencial traz versão desidratada da proposta, o que deve facilitar a sua votação nesta quarta-feira

Ações ibovespa
Crédito: Shutterstock

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, reduziu as perdas vistas mais cedo e fechou em alta nesta terça-feira (2), enquanto o dólar avançou forte sobre o real.

A queda inicial foi reflexo do desconforto de agentes financeiros que começam a enxergar mudança de política econômica do governo brasileiro, que elevou tributação sobre bancos e retirou subsídios de outros setores para financiar renúncia fiscal com medidas para os combustíveis.

No entanto, após o senador Marcio Bittar, relator da PEC Emergencial, apresentar um novo parecer – que desvincula os gastos com saúde e educação e mantém os gatilhos para contenção de gastos futuros – o mercado voltou a reagir.

O novo parecer da PEC emergencial traz versão desidratada da proposta, o que deve facilitar a sua votação prevista para esta quarta-feira (3).

O Ibovespa fechou em alta de 1,09%, aos 111.539,80 pontos. Já o dólar comercial valorizou 1,12%, cotado a R$ 5,6633, após passar de R$ 5,73 na máxima do dia. Enquanto isso, o dólar turismo era vendido perto de R$ 5,93, sem impostos.

Tributos

Em decreto editado na noite desta segunda-feira (1º), o presidente da República reduziu a zero as alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre a comercialização e a importação do óleo diesel, por dois meses, e do gás de cozinha, sem um prazo definido. 

Porém, para compensar parte da redução dos tributos, estimada pelo governo em R$ 3,67 bilhões para este ano, o governo vai aumentar a Contribuição Social sobre Lucro Liquido (CSLL) de instituições financeiras como os bancos.

Destaques da bolsa

Em um movimento de correção, após forte queda do setor com o anúncio de aumento da CSLL sobre bancos de 20% para 25%, o setor financeiro inverteu o sinal e os bancos lideraram os ganhos do dia.

A maior alta foi do Itaú Unibanco (ITUB4) que valorizou 4,04%, seguido pelo Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) que fecharam em alta de 3,84% e 3,14%, respetivamente. Ainda no setor financeiro, os papéis do Bradesco (BBDC4) avançaram 2,68%.

No lado oposto do Ibovespa, a maior queda foi da Braskem (BRKM3) que desvalorizou 4%, também sofrendo com as compensações fiscais anunciadas pelo governo, que anunciou o encerramento do Regime Especial da Indústria Química (Reiq), que reduzia alíquotas de PIS e Cofins incidentes na compra de determinadas matérias-primas petroquímicas.

Recuaram também as ações de Azul (AZUL4) e Pão de Açúcar (PCAR3) com baixa de 3,15% e 3,04%, respectivamente.

Saiba mais: PCAR3 e ASAI3: 6 perguntas sobre a cisão de Pão de Açúcar e Assaí

Ainda entre os destaques do mercado corporativo, as ações da Petrobras voltaram a cair em meio a preocupações sobre a autonomia da estatal, em particular sua política de preços. O Goldman Sachs reiterou recomendação de compra para as ações da Petrobras, dado o “valuation” atrativo. Mas ponderou que o risco para este cenário aumentou significativamente nas últimas semanas como resultado do descontentamento do governo federal com a política de preços de combustíveis da companhia.

As ações ordinárias (PETR3) fecharam em queda de 0,45% enquanto as preferenciais (PETR4) caíram 0,04%

Bolsas globais

Wall Street encerrou em baixa nesta terça-feira, sob pressão das ações de Apple e Tesla, enquanto o setor de materiais básicos subiu com o mercado à espera da aprovação pelo Congresso de outro pacote de estímulo relacionado à covid-19.

  • O índice Dow Jones caiu 0,46%, a 31.392 pontos
  • S&P 500 perdeu 0,8%, a 3.870 pontos
  • O índice de tecnologia Nasdaq recuou 1,69%, a 13.359 pontos

O principal índice de ações da Europa subiu nesta terça, uma vez que um alívio no mercado de títulos deu às ações algum espaço para respiro, com papéis correlacionados a commodities revertendo perdas com uma reviravolta nos preços do petróleo e dos metais. O índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,19%, a 413 pontos, depois de marcar seu melhor dia em quase quatro meses na segunda-feira.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,38%, a 6.613,75 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,19%, a 14.039,80 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,29%, a 5.809,73 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,78%, a 23.083,55 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,27%, a 8.355,80 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,41%, a 4.774,53 pontos.

Os índices de ações da China caíram, depois que o órgão regulador bancário e de seguros do país disse que está estudando planos para administrar as entradas de fluxos e evitar turbulências no mercado, com as empresas de consumo liderando a queda nas vendas a investidores estrangeiros.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,86%, a 29.408 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,21%, a 29.095 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,21%, a 3.508 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,28%, a 5.349 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,03%, a 3.043 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,04%, a 15.946 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,03%, a 2.973 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,40%, a 6.762 pontos.

(*Com informações do Reuters e Estadão Conteúdo.)

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