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Finanças

Bolsa fecha em 125 mil pontos e renova recorde; dólar sobe 4% na semana

Principal indicador da bolsa renovou recorde, com otimismo sobe política nos EUA e vacinas.

bolsa de valores

A bolsa de valores brasileira fechou em alta nesta sexta-feira (8) e renovou recorde histórico, com o mercado de olho no avanço das vacinas e ainda na expectativa de que, apoio na Câmara e no Senado, o governo do democrata Joe Biden possa garantir mais estímulos para a economia dos Estados Unidos. Já o dólar fechou em alta contra o real.

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O principal indicador da bolsa brasileira, o Ibovespa, subiu 2,2%, aos aos 125.076 pontos, maior patamar já registrado em um fechamento. Na primeira semana do ano, a bolsa subiu 5,09%.

Já o dólar comercial fechou o dia em alta de 0,33%, a R$ 5,417. Na primeira semana do ano, a moeda subiu 4,4% sobre o real.

Segundo especialistas do mercado acionário, a tendência compradora reflete expectativas de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos após a confirmação de que o Congresso do país será de maioria democrata, o que facilitaria a aprovação de novas medidas do governo do presidente eleito Joe Biden.

Ainda no cenário externo, o mercado repercute nesta sexta a notícia de que a economia dos Estados Unidos fechou vagas de trabalho pela primeira vez em oito meses em dezembro, à medida que o país fica sob pressão de infecções avassaladoras por Covid-19.

No plano doméstico, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que recebeu pedido para uso emergencial da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Outra notícia do dia foi que, em novembro, a produção industrial brasileira registrou alta de 1,2% na comparação com o mês anterior, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

A bolsa bateu os 125 mil pontos por 4 fatores principais: liquidez abundante no mundo, alta de commodities, investidor estrangeiro entrando forte no Brasil e em países emergentes, otimismo em relação à vacinação e fim da pandemia. Na nossa visão, esses são os principais pontos que fazem a bolsa bater recorde”, disse Rossano Oltramari, estrategista e sócio da 051 Capital, ao InvestNews.

“A bolsa trabalha na expectativa”, complementa João Beck, sócio da BRA. “Na esfera internacional, a China já vinha mostrando sinais de recuperação mesmo antes do anuncio das vacinas. Nos EUA, a onda azul deixa um cenário de política econômica mais expansionista. Por aqui, é verdade começamos o ano mais endividados que o ano anterior. Mas com uma taxa de juros tão baixa que não se imaginava há poucos anos”, analisa ele sobre o recorde do Ibovespa.

Na quinta-feira (7), o Ibovespa fechou em alta de 2,76%, aos 122.385 pontos, novo recorde histórico de fechamento, guiado pelos índices de Wall Street. O dólar fechou negociado a R$ 5,3990, subindo 1,82%.

Destaques da Bolsa

O dia foi marcado por disparada das ações de Notre Dame Intermédica (GNDI3), que saltou 26%, e Hapvida (HAPV3), que avançou 17%. As empresas de saúde confirmaram que estão negociando uma fusão, o que pode dar criar a segunda maior empresa do ramo no país, num negócio de cerca de R$ 100 bilhões.

Outro destaque positivo do dia foi a MRV (MRVE3), que subiu 6,9%. A empresa anunciou quarta-feira a venda de empreendimento em Miami por US$ 57 milhões, na primeira operação da unidade nos EUA, AHS, de um total de US$ 306 milhões. Cyrela (CYRE3) avançava 3,7%.

Já a Vale (VALE3), que se destacou entre os ganhos do dia anterior, recuou 0,3% neste pregão, ilustrando um movimento de realização de lucros sobre o setor de metais, após o papel ter atingido o recorde acima de R$ 100, triplicando de valor em 10 meses.

Bolsas globais

Os índices S&P 500 e Nasdaq escalaram novas máximas nesta sexta-feira, à medida que esperanças de mais estímulos econômicos para enfrentar a crise provocada pela pandemia compensavam preocupações sobre uma desaceleração significativa na recuperação do mercado de trabalho. O S&P subiu 0,57%, Dow Jones avançou 0,18% e o índice Nasdaq ganhou 1,03%.

Com o apoio de quase US$ 900 bilhões em estímulo aprovado pelo governo na semana passada e expectativas de um pacote fiscal maior e gastos com infraestrutura sob o futuro governo de Joe Biden, os principais índices de Wall Street atingiram níveis históricos.

As ações europeias registraram seus maiores ganhos semanais desde novembro nesta sexta-feira, com o DAX da Alemanha atingindo uma máxima recorde devido a dados econômicos melhores do que o esperado e balanços encorajadores de fabricantes de chips.

O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,65%, a 1.585 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,66%, a 411 pontos, encerrando a primeira semana de 2021 com ganho de 3%.

O mercado acionário da China fechou em baixa nesta sexta-feira, com o índice de blue-chips CSI300 recuando da máxima em 13 anos, uma vez que os investidores realizaram lucros após seis sessões de ganhos em meio a preocupações com as tensões sino-americanas.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,33%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,17%.

Na semana, o CSI300 ganhou 5,5% e o SSEC teve alta de 2,8% com os investidores comemorando dados e pesquisas que indicam recuperação contínua da segunda maior economia do mundo.

Autoridades do governo dos Estados Unidos iriam discutir uma a prorrogação da proposta de um decreto proibindo o investimento dos EUA em supostas empresas militares chinesas.

*Com Estadão Conteúdo e Reuters

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