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Finanças

Ibovespa sobe quase 2% no 1° pregão de novembro; dólar fecha a R$ 5,67

Dia foi marcado por exterior mais positivo, mas incerteza fiscal seguiu no radar dos investidores.

ações

O principal índice da bolsa brasileira fechou em alta nesta segunda-feira (01), no primeiro pregão do mês de novembro, após encerrar quatro meses seguidos de quedas. Incertezas internas devam continuar adicionando volatilidade aos negócios, em semana que também reserva decisão de política monetária nos Estados Unidos.

O Ibovespa avançou 1,98%, aos 105.551 pontos. Já o dólar subiu 0,40%, negociado a R$ 5,6700.

Na terça-feira (2), a bolsa paulista estará fechada em razão de feriado no Brasil.

Cenário interno

O Ibovespa caiu mais de 2% na sexta-feira, engatando nova perda semanal e a quarta perda mensal consecutiva, reflexo da desconfiança de investidores principalmente acerca de potenciais medidas do governo Jair Bolsonaro com reflexos nocivos na situação fiscal do país.

“O ambiente econômico e político do Brasil realmente azedou nos últimos meses, e as ‘valuations’ também foram abaladas”, afirmaram os estrategistas do BTG Pactual Carlos Sequeira e Osni Carfi, em relatório a clientes com as recomendações de ações para novembro. Eles chamaram atenção para o custo das incertezas.

“A incerteza sobre o tamanho das despesas adicionais e o resultado final das mudanças na regra do teto de gastos ainda estão pesando sobre os preços de mercado”, citaram.

No radar nos próximos dias está a divulgação da ata da última reunião do Copom, quando a Selic foi elevada para 7,75% ao ano, e possível a votação PEC dos Precatórios.

Além do cenário político-econômico, uma bateria de resultados corporativos deve repercutir nesta semana, incluindo os números de Itaú Unibanco e Bradesco, com peso relevante no Ibovespa, além de companhias como GPA, CSN e Ultrapar.

A pouca adesão aos protestos convocados por caminhoneiros nesta segunda-feira, sem registros de bloqueios em estradas federais e com portos importantes do país operando normalmente, corroborava a trégua no pregão.

Em âmbito doméstico, o tema fiscal segue dominante, e o mercado aguarda para ver se a PEC dos Precatórios será votada nesta semana na Câmara dos Deputados. A medida é crucial para o governo federal conseguir abrir espaço no Orçamento e, assim, materializar o programa Auxílio Brasil a um valor de R$ 400 –mais do que o dobro pago pelo Bolsa Família.

Indicações de membros do Executivo e Legislativo nos últimos dias de que o benefício seria aumentado ainda que a PEC não passasse causaram chacoalhão nos preços dos ativos domésticos, que mantiveram elevado prêmio de risco.

“O andamento da PEC dos precatórios e da mudança no teto está se mostrando mais difícil do que o esperado”, disse a Rio Bravo. “O cenário prospectivo continua sendo de intensa volatilidade no mercado e de curva de juros mais pressionada”, adicionou.

O clima tensionado nos mercados nos últimos dias levou investidores a uma nova rodada de piora nas projeções variáveis macrofinanceiras, que por sua vez resultou na consolidação de um cenário de Selic de dois dígitos em 2022 e de inflação ainda mais distante da meta.

Mas este começo de novembro verá a pauta doméstica dividindo atenções com a externa, com o foco dos mercados voltado para decisões de política monetária por parte de alguns importantes bancos centrais.

A pauta externa também tende a ocupar as atenções de investidores do mercado brasileiro neste começo de mês, notadamente a decisão de política monetária do banco central dos Estados Unidos, que será conhecida na quarta-feira e pode trazer mais detalhes sobre a redução de estímulos.

Destaques da B3

Os papéis de Cogna (COGN3) e Banco Inter (BID11) ficaram entre as principais altas do Ibovespa nesta segunda-feira em dia positivo para as empresas com atuação no mercado doméstico. As ações dos frigoríficos Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) lideraram as quedas do pregão depois de encerrarem a semana entre as principais altas. Confira os destaques do dia.

Bolsas Mundiais

Europa

As ações europeias bateram máximas recordes nesta segunda-feira, adentrando novembro com um forte impulso vindo de relatórios de lucros animadores, enquanto uma alta nas ações bancárias impulsionava os mercados da zona do euro.

O clima global também era apoiado por impulso pós-eleitoral no Japão e pela estabilização dos preços do carvão na China.

  • O índice pan-europeu STOXX 600 tinha alta de 0,61%, a 478,40 pontos.
  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançava 0,53%, a 7.276,12 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subia 0,88%, a 15.826,94 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhava 1,03%, a 6.900,96 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib tinha valorização de 1,24%, a 27.208,68 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrava alta de 1,30%, a 9.175,90 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizava-se 1,26%, a 5.804,30 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações asiáticas oscilaram nesta segunda-feira, começo de uma semana marcada por decisões de importantes bancos centrais globais, com investidores em busca de sinais sobre as perspectivas para os juros.

No Japão, o mercado acionário subiu com impulso pós-eleitoral, mas fracos dados chineses pesaram sobre o clima mais amplo, antes das reuniões de política monetária nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália, que definirão as perspectivas para os juros.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,61%, a 29.647,08 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,88%, a 25.154,32 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,08%, a 3.544,48 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,37%, a 4.890,69 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,28%, a 2.978,94 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,48%, a 17.068,24 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,65%, a 3.219,05 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,64%, a 7.370,80 pontos.

Com informações da Reuters

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