O Ibovespa avançou 1,98%, aos 105.551 pontos. Já o dólar subiu 0,40%, negociado a R$ 5,6700.
Na terça-feira (2), a bolsa paulista estará fechada em razão de feriado no Brasil.
Cenário interno
O Ibovespa caiu mais de 2% na sexta-feira, engatando nova perda semanal e a quarta perda mensal consecutiva, reflexo da desconfiança de investidores principalmente acerca de potenciais medidas do governo Jair Bolsonaro com reflexos nocivos na situação fiscal do país.
“O ambiente econômico e político do Brasil realmente azedou nos últimos meses, e as ‘valuations’ também foram abaladas”, afirmaram os estrategistas do BTG Pactual Carlos Sequeira e Osni Carfi, em relatório a clientes com as recomendações de ações para novembro. Eles chamaram atenção para o custo das incertezas.
“A incerteza sobre o tamanho das despesas adicionais e o resultado final das mudanças na regra do teto de gastos ainda estão pesando sobre os preços de mercado”, citaram.
No radar nos próximos dias está a divulgação da ata da última reunião do Copom, quando a Selic foi elevada para 7,75% ao ano, e possível a votação PEC dos Precatórios.
Além do cenário político-econômico, uma bateria de resultados corporativos deve repercutir nesta semana, incluindo os números de Itaú Unibanco e Bradesco, com peso relevante no Ibovespa, além de companhias como GPA, CSN e Ultrapar.
A pouca adesão aos protestos convocados por caminhoneiros nesta segunda-feira, sem registros de bloqueios em estradas federais e com portos importantes do país operando normalmente, corroborava a trégua no pregão.
Em âmbito doméstico, o tema fiscal segue dominante, e o mercado aguarda para ver se a PEC dos Precatórios será votada nesta semana na Câmara dos Deputados. A medida é crucial para o governo federal conseguir abrir espaço no Orçamento e, assim, materializar o programa Auxílio Brasil a um valor de R$ 400 –mais do que o dobro pago pelo Bolsa Família.
Indicações de membros do Executivo e Legislativo nos últimos dias de que o benefício seria aumentado ainda que a PEC não passasse causaram chacoalhão nos preços dos ativos domésticos, que mantiveram elevado prêmio de risco.
“O andamento da PEC dos precatórios e da mudança no teto está se mostrando mais difícil do que o esperado”, disse a Rio Bravo. “O cenário prospectivo continua sendo de intensa volatilidade no mercado e de curva de juros mais pressionada”, adicionou.
O clima tensionado nos mercados nos últimos dias levou investidores a uma nova rodada de piora nas projeções variáveis macrofinanceiras, que por sua vez resultou na consolidação de um cenário de Selic de dois dígitos em 2022 e de inflação ainda mais distante da meta.
Mas este começo de novembro verá a pauta doméstica dividindo atenções com a externa, com o foco dos mercados voltado para decisões de política monetária por parte de alguns importantes bancos centrais.
A pauta externa também tende a ocupar as atenções de investidores do mercado brasileiro neste começo de mês, notadamente a decisão de política monetária do banco central dos Estados Unidos, que será conhecida na quarta-feira e pode trazer mais detalhes sobre a redução de estímulos.
Destaques da B3
Os papéis de Cogna (COGN3) e Banco Inter (BID11) ficaram entre as principais altas do Ibovespa nesta segunda-feira em dia positivo para as empresas com atuação no mercado doméstico. As ações dos frigoríficos Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) lideraram as quedas do pregão depois de encerrarem a semana entre as principais altas. Confira os destaques do dia.
Bolsas Mundiais
Europa
As ações europeias bateram máximas recordes nesta segunda-feira, adentrando novembro com um forte impulso vindo de relatórios de lucros animadores, enquanto uma alta nas ações bancárias impulsionava os mercados da zona do euro.
O clima global também era apoiado por impulso pós-eleitoral no Japão e pela estabilização dos preços do carvão na China.
- O índice pan-europeu STOXX 600 tinha alta de 0,61%, a 478,40 pontos.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançava 0,53%, a 7.276,12 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subia 0,88%, a 15.826,94 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhava 1,03%, a 6.900,96 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib tinha valorização de 1,24%, a 27.208,68 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrava alta de 1,30%, a 9.175,90 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizava-se 1,26%, a 5.804,30 pontos.
Ásia e Pacífico
As ações asiáticas oscilaram nesta segunda-feira, começo de uma semana marcada por decisões de importantes bancos centrais globais, com investidores em busca de sinais sobre as perspectivas para os juros.
No Japão, o mercado acionário subiu com impulso pós-eleitoral, mas fracos dados chineses pesaram sobre o clima mais amplo, antes das reuniões de política monetária nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália, que definirão as perspectivas para os juros.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,61%, a 29.647,08 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,88%, a 25.154,32 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,08%, a 3.544,48 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,37%, a 4.890,69 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,28%, a 2.978,94 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,48%, a 17.068,24 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,65%, a 3.219,05 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,64%, a 7.370,80 pontos.
Com informações da Reuters
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