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Finanças

Ibovespa avança, apesar de inflação acima do esperado nos EUA; dólar sobe

Mercado também repercutiu alta acima do esperado do setor de serviços no Brasil.

ibovespa

O principal índice da bolsa brasileira subiu nesta quinta-feira (10), mesmo após dado de inflação dos Estados Unidos acima do esperado pelo mercado elevar apostas de um aumento de juros mais rápido pelo banco central norte-americano (Federal Reserve, o Fed).

O Ibovespa, entretanto, resistia à queda em Wall Street por causa da influência positiva das ações de empresas exportadoras de commodities, incluindo a Vale (VALE3), siderúrgicas e petrolíferas, além dos papéis de bancos.

O dólar, por sua vez, fechou em alta contra o real nesta quinta-feira. Porém, ainda assim, o mercado de câmbio aqui — e no mundo emergente em geral — não mostrou corrida por compra de dólar, em parte pela continuação de fluxos para classes de ativos em que investidores enxergam mais oportunidades de ganhos, como moedas de países que já estão em processo de aperto monetário.

No dia, o Ibovespa subiu 0,81%, aos 113.367 pontos. O dólar subia 0,29%, a R$ 5,2412.

Inflação nos EUA

O indicador de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,6% em janeiro, contra estimativa de 0,5% em pesquisa da Reuters com analistas. Nos 12 meses até janeiro, o índice saltou 7,5%, maior avanço anual desde fevereiro de 1982. As estimativas apontavam alta de 7,3%.

Além disso, relatório separado do Departamento de Trabalho mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego no país vieram um pouco abaixo do esperado, referendando leituras de um mercado de trabalho em bom estado, que pode deixar o Fed mais convicto de um aperto monetário iminente e em ritmo até mais rápido.

Contratos futuros de juros dos EUA apontavam 50% de chance de um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa de juros pelo Fed na sua reunião de política monetária de março. Antes dos dados, o percentual era de 30%.

Cenário interno

Localmente, além de noticiário corporativo carregado, o mercado digeria o crescimento de 1,4% no volume de serviços prestados no Brasil em dezembro na comparação mensal, acima da expectativa de avanço de 0,9%, segundo pesquisa Reuters com analistas. O destaque ficou com o setor de transportes.

Os números positivos vieram após as vendas no varejo caírem menos do que o esperado no mesmo mês, segundo dados divulgados na véspera. Na sexta-feira, o Banco Central revela o índice de atividade econômica IBC-Br de dezembro.

Do noticiário político-fiscal, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira que irá pautar na semana que vem o projeto de lei e o projeto de lei complementar que tratam dos preços dos combustíveis.

O mercado está atento ao desenrolar das pautas legislativas que visam baixar os preços de combustíveis, especialmente às propostas de emendas constitucionais (PECs), dados seus potenciais impactos fiscais. Pacheco disse, porém, não ver necessidade de apreciá-las agora, reiterando declaração que repercutiu mais cedo nesta semana.

Destaques da bolsa

A Via (VIIA3) dominou as altas do Ibovespa ao subir 7,43%, negociada a R$ 4,34.

O papel preferencial da Petrobras (PETR4) também registrou alta de 1,71%, para R$ 32,60. A estatal informou ter batido todas as metas de produção estabelecidas para o ano de 2021, registrando vários recordes, entre os quais se destaca o resultado obtido na produção própria do pré-sal, com média anual de 1,95 milhão de barris de óleo equivalente, representando 70% da produção total da empresa.  A Vale (VALE3) também operou no positivo, ao avançar 2,69%, para R$ 93,87.

  • Saiba mais destaques, assista ao Boletim InvestNews:

Bolsas mundiais

Wall Street

Wall Street encerrou em expressiva baixa nesta quinta-feira, depois de dados de preços ao consumidor dos Estados Unidos acima do esperado e comentários posteriores de uma autoridade do banco central causarem preocupações sobre altas agressivas nos juros para debelar a inflação.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 perdeu 1,81%, para 4.504,05 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 2,10%, para 14.185,64 pontos. O Dow Jones caiu 1,47%, para 35.241,69 pontos.

Europa

As ações europeias fecharam em leve queda nesta quinta-feira, com o salto nos rendimentos dos títulos e resultados fracos da empresa francesa Atos prejudicando o setor de tecnologia, embora balanços promissores de Linde e Siemens, bem como tendências de melhora nas ações de viagens, tenham ajudado a limitar as perdas.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,38%, a 7.672,40 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,05%, a 15.490,44 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,41%, a 7.101,55 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,23%, a 27.190,20 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,45%, a 8.886,20 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,44%, a 5.671,70 pontos.

Ásia e Pacífico

O índice de blue-chips da China caiu na terça-feira, com os investidores preocupados com fatores como sanções comerciais dos Estados Unidos e juros norte-americanos mais altos.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,42%, a 27.696 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,38%, a 24.924 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,17%, a 3.485 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,26%, a 4.639 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,11%, a 2.771 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,03%, a 18.338 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,23%, a 3.428 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,28%, a 7.288 pontos.

Com informações da Reuters

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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