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Finanças

Ibovespa fecha em baixa e dólar sobe, de olho em fala de Bolsonaro sobre ICMS

Preocupações com o cenário interno seguem pensando; Ibovespa teve leve recuo.

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em leve queda nesta quarta-feira (11), após dia volátil, em meio à divulgação de mais resultados trimestrais. Já o dólar ganha força, com cautela pelo cenário fiscal brasileiro.

O Ibovespa caiu 0,12%, aos 122.056 pontos. Veja a cotação do Ibovespa hoje. O dólar subiu 0,48%, comercializado a R$ 5,2217.

O dólar reage a comentários do presidente Jair Bolsonaro sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ofuscando dados de inflação norte-americanos amplamente dentro das expectativas dos mercados.

O governo federal está estudando a elaboração de uma proposta que proíba os estados de cobrarem ICMS sobre a bandeira tarifária da conta de luz, disse Bolsonaro nesta quarta durante cerimônia de assinatura de medida provisória que permite a venda direta de etanol para postos de combustíveis. Ele ainda voltou a dizer que a população precisa saber quem são os responsáveis pela elevação dos preços.

Segundo Alexandre Netto, head de câmbio da Acqua-Vero Investimentos, esse comportamento do dólar refletia, em parte, os comentários de Bolsonaro, bem como um fluxo estrangeiro de compra da moeda.

Cenário externo

Mais cedo, o dólar chegou a apresentar queda, em movimento desencadeado pela notícia de que a inflação nos Estados Unidos desacelerou em julho.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta quarta-feira que o índice de preços ao consumidor subiu 0,5% no mês passado, após alta de 0,9% em junho, atendendo às expectativas de economistas em pesquisa da Reuters.  

“O número não surtiu efeito negativo (sobre o mercado de câmbio), o que teria acontecido caso viesse acima do esperado”, disse Lucas Carvalho analista da Toro Investimentos, ressaltando que uma inflação mais intensa do que as projeções aprofundaria receios sobre redução de estímulos nos Estados Unidos.

Recentemente, dados de emprego mais fortes do que o esperado sinalizaram que o mercado de trabalho pode estar perto de atender às condições que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, estabeleceu para cortar suas compras de títulos. Isso não significaria, necessariamente, alta de juros nos EUA, explicou Carlos Duarte, da Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, mas a redução da oferta de liquidez tenderia a prejudicar moedas mais arriscadas, como o real.

Bolsas mundiais

Wall Street

Operador na bolsa de Nova York 05/08/ 2021. ]REUTERS/Andrew Kelly

O índice Dow Jones e o S&P 500 atingiram máximas recordes nesta quarta, depois que dados mostraram que o aumento da inflação nos Estados Unidos parece ter atingido um pico, enquanto ações economicamente sensíveis ganhavam terreno após a a aprovação de um projeto de infraestrutura.

Às 11:55 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,63%, a 35.486 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,193385%, a 4.445 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 0,17%, a 14.762 pontos.

Europa

As ações europeias atingiram recordes históricos, registrando nesta quarta-feira sua mais longa sequência de altas em dois meses, com otimismo sobre uma temporada de balanços positivos, enquanto um aumento lento na inflação dos Estados Unidos acalmou os nervos em torno de redução de estímulos monetários.

  • Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,83%, a 7.220,14 pontos.
  • Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,35%, a 15.826,09 pontos.
  • Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,55%, a 6.857,99 pontos.
  • Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,98%, a 26.457,06 pontos.
  • Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,86%, a 8.975,80 pontos.
  • Em Lisboa, o índice PSI20 valorizou-se 0,58%, a 5.182,92 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações de Xangai tiveram alta nesta quarta com a forte recuperação dos setores imobiliário e bancário, mas o índice de blue-chips recuou arrastado pelas ações de consumo e saúde.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,65%, a 28.070 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,20%, a 26.660 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,08%, a 3.532 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,55%, a 5.015 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,70%, a 3.220 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,56%, a 17.227 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,85%, a 3.180 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,29%, a 7.584 pontos.

(*Com informações de Reuters)

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