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Finanças

Ibovespa fecha em queda, pressionado por Vale; dólar avança

Principal indicador da bolsa brasileira fechou em sentido oposto ao de Wall Street neste pregão.

Logo da mineradora brasileira Vale no edifício-sede da companhia no Rio de Janeiro
Logo da mineradora brasileira Vale no edifício-sede da companhia no Rio de Janeiro REUTERS/Pilar Olivares/File Photo

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, engatou a terceira queda consecutiva nesta terça-feira (19), ainda que tenha recuperado algum terreno na última hora de pregão. O recuo contrastou com a alta firme das ações em Wall Street, diante de certo otimismo com os primeiros resultados da temporada de balanços trimestrais.

Já o dólar subiu contra o real, em dia de fortalecimento generalizado da divisa norte-americana, com renovadas apostas de juros mais altos nos Estados Unidos em meio à inflação em disparada e a uma economia global que deve crescer menos, conforme previsões mais recentes.

No dia, o Ibovespa caiu 0,55%, aos 115.056 pontos. O dólar avançou 0,43%, negociado a R$ 4,6677.

As ações da Vale (VALE3) recuaram depois que contratos futuros do minério de ferro cederam em Dalian e Cingapura em reação à declaração de um porta-voz do governo chinês de que o país continuará reduzindo a produção de aço neste ano. A mineradora divulgará relatório de produção e vendas do primeiro trimestre após o fechamento do mercado.

Do outro lado, Petrobras (PETR3, PETR4) subiu, apesar do preço do petróleo ter recuado, e limitou as perdas do índice em reação à notícia sobre potencial venda de participação na companhia pelo BNDES.

Cenário externo

Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, diz que o Ibovespa opera em sentido contrário às bolsas em Nova York por causa de sua composição, já que as ações de commodities têm relevância maior no índice local. Ela também cita “grande preocupação dos impactos do prolongamento da guerra na Ucrânia” e expectativa pelos próximos passos da política monetária nos Estados Unidos.

Na segunda-feira (18), o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, voltou a defender o aumento da taxa de juros do país para 3,5% até o fim do ano, patamar maior do que o precificado no mercado de entre 2,5% a 2,75%.

Na guerra da Ucrânia, uma ofensiva russa no leste do país adicionava cautela ao sentimento global.

Cenário interno

No Brasil, a questão fiscal seguiu em foco. Após servidores públicos demonstrarem insatisfação com um reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo, o governo federal avalia ceder mais por meio de aumento em vale-alimentação e de diárias para viagens, entre outras pautas a depender da categoria, segundo publicou o jornal Folha de S.Paulo.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, cumprem agenda nos EUA.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira, impulsionados por balanços corporativos positivos e com investidores aliviados depois que duas autoridades do banco central dos EUA fizeram comentários mais “dovish” (flexíveis à inflação) sobre os aumentos da taxa de juros.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 1,65%, para 4.464,05 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq ganhou 2,15%, para 13.619,49 pontos. O Dow Jones subiu 1,51%, para 34.931,26 pontos.

Europa

As ações europeias registraram seu pior dia em duas semanas nesta terça-feira, com o aumento dos rendimentos dos títulos, preocupações com a guerra na Ucrânia e a aproximação de uma série de balanços corporativos deixando investidores nervosos.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,20%, a 7.601,28 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,07%, a 14.153,46 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,83%, a 6.534,79 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,96%, a 24.624,41 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,06%, a 8.694,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,44%, a 6.106,57 pontos.

Ásia e Pacífico

O mercado acionário chinês fechou em baixa nesta terça-feira, apesar de as autoridades terem prometido suporte para a economia em meio ao surto de covid-19, com os investidores observando se os duros controles da pandemia serão relaxados.

A divulgação foi feita após dados mostrarem que a economia da China desacelerou em março sob o peso de consumo, do setor imobiliário e das exportações, tirando o brilho de números melhores do que o esperado sobre o crescimento no primeiro trimestre.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,69%, a 26.985 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,28%, a 21.027 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,05%, a 3.194 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,76%, a 4.134 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,95%, a 2.718 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,56%, a 16.993 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,12%, a 3.307 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,56%, a 7.565 pontos.

* Com informações da Reuters.

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