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Finanças

Ibovespa fecha em queda com declínio de Wall Street; dólar recua

Bolsas norte-americanas foram pressionadas pelo corte de projeções dos lucros do Walmart.

Wallmart nos EUA (Foto: Divulgação)
Wallmart nos EUA (Foto: Divulgação)

O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (26), sem força para se sustentar acima dos 100 mil pontos que atingiu na véspera, contaminado pelo declínio em Wall Street, especialmente após a divulgação dos resultados de Walmart. O dólar também recuou, com expectativas voltadas para a reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos (Fed), que deve anunciar a decisão na quarta-feira (27).

No dia, o Ibovespa recuou 0,50%, aos 99.771 pontos. Já o dólar caiu 0,15%, negociado a R$ 5,3617.

Mais cedo, o Ibovespa chegou a subir. Segundo Dennis Esteves, especialista em renda variável da Blue3, o movimento acompanhava o comportamento de commodities, particularmente o minério de ferro e o petróleo.

Mas a bolsa brasileira abandonou o tom mais positivo conforme a ação da Petrobras reduziu o fôlego e Vale passou a trabalhar no território negativo.

O mercado acompanhou o pessimismo nas bolsas de Wall Street, porém, com a temporada de balanços no radar antes do desfecho da reunião de política monetária do Fed. De acordo com Esteves, as bolsas norte-americanas trabalharam em terreno negativo pressionadas pelo corte de projeções dos lucros do Walmart.

“A gigante Walmart chegou a cair mais de 10% indicando ao mercado uma projeção de queda olhando o horizonte de altos índices de estoque e de inflação alta. Com isso, a gente entende que o apetite no consumo tende a diminuir no mercado norte-americano. Isso foi responsável por fazer com que os setores de varejo internacional também começassem a perder mais força”, comentou Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital Investimentos.

Inflação no Brasil

Do cenário doméstico, o dia também foi marcado pela divulgação da prévia da inflação. O IPCA-15 desacelerou com força em julho, mostrando alta de apenas 0,13%, o que fez a taxa em 12 meses voltar a ficar abaixo de 12%.

“Tivemos a divulgação de dados do IPCA-15, que vieram abaixo do esperado, o que foi positivo. Mas sabemos que se trata de um alívio temporário devido às decisões do governo em relação à diminuição do imposto de ICMS diminuindo preços de gasolina e energia, o que passa uma sensação de melhora, porém não temos o problema da inflação resolvido. Isso deve levar o Copom a subir juros novamente na próxima semana como tentativa de controlar a inflação”, analisa Labarthe.

Bolsas Mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos fecharam em forte queda nesta terça-feira, depois que um alerta de lucro do Walmart derrubou os papéis do varejo e alimentou temores sobre gastos do consumidor.

As ações do Walmart afundaram depois que o varejista cortou sua previsão de lucro para o ano inteiro na segunda-feira. O Walmart culpou o aumento dos preços de alimentos e de combustíveis e disse que precisa cortar preços para reduzir estoques.

O índice S&P 500 fechou em queda de 1,15%, a 3.921,05 pontos. O Dow Jones caiu 0,71%, a 31.761,54 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 1,87%, a 11.562,58 pontos.

Europa

As ações europeias caíram nesta terça-feira, com os papéis da Alemanha e da Itália na lanterna nas principais bolsas da zona do euro, depois que os países da União Europeia aprovaram um plano de emergência para conter sua demanda por gás, enquanto nomes do varejo recuaram após o alerta de lucro do Walmart.

A decisão da UE veio depois que a russa Gazprom disse que cortará os fluxos do oleoduto Nord Stream 1 para a Alemanha para 20% da capacidade, movimento visto como uma retaliação contra as sanções ocidentais pela guerra da Rússia com a Ucrânia.

“Mesmo que o racionamento seja evitado, o aumento nos preços do gás impulsionado pela incerteza da oferta desacelerará ainda mais a atividade”, disse a economista do Credit Suisse para a Europa, Veronika Roharova.

  • O STOXX 600 fechou estável com uma ligeira alta de 0,03%, a 426,13 pontos.
  • Em LONDRES, o índice Financial Times fechou estável, a 7.306,28 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,86%, a 13.096,93 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,42%, a 6.211,45 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,04%, a 21.159,98 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,20%, a 8.069,60 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,06%, a 5.998,98 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações de Xangai subiram depois de três sessões de perdas, uma vez que as incorporadoras imobiliárias registraram mais ganhos diante da notícia de que o governo da China está planejando criar um fundo para ajudar o conturbado setor.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,16%, a 27.655 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,67%, a 20.905 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,83%, a 3.277 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,79%, a 4.245 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,39%, a 2.412 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,87%, a 14.806 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,37%, a 3.192 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,26%, a 6.807 pontos.

*Com informações da Reuters.

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