Siga nossas redes

Finanças

Lula ou Bolsonaro? Veja 8 opiniões sobre como o mercado enxerga a disputa

Especialistas comentam as expectativas sobre os dois pré-candidatos mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais de 2022.

As eleições de 2022 já estão movimentando o mercado financeiro, com investidores de olho na polarização entre os dois pré-candidatos mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais até agora: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL). Mas qual é a avaliação do mercado financeiro sobre essa disputa? O que cada um dos dois desfechos pode trazer para a bolsa de valores e o câmbio?

O InvestNews pediu a opinião de diversos economistas, analistas e agentes do mercado sobre o que pode acontecer com o mercado financeiro em caso de vitória de Lula ou Bolsonaro. Grande parte deles, no entanto, preferiu não se posicionar, alegando ser um assunto delicado. 

Entre os especialistas do mercado consultados pela reportagem, 8 aceitaram avaliar quais são, na visão deles, as preferências e preocupações entre os investidores. Veja abaixo (todas opiniões são dos especialistas e não refletem o posicionamento do Investnews):

Ilustração com as opiniões do mercado sobre o Lula e o Bolsonaro para eleições de 2022

João Beck, economista e sócio da BRA

João Beck, economista e sócio da BRA

“Boa parte do mercado já trabalha com as maiores chances de que Lula seja eleito. E o investidor internacional também não torce o nariz para essa possibilidade. A independência recente do Banco Central gera mais tranquilidade ao mercado. E as entrevistas do ex-presidente sinalizam um governo sem extremismos e alinhado ao centro.

É cada vez mais difícil distinguir entre ambos candidatos, já que tanto Lula quanto Bolsonaro estão cada vez mais alinhados ao centrão – mesmo que o discurso seja divergente ao longo da campanha.

O mercado tende a não provocar grandes reações às reeleições de presidentes (salvo exceção no segundo governo Dilma). Porque há, em geral, uma ausência de surpresas. Lula entende que precisa se deslocar para o centro para aumentar a confiança empresarial e criar um cenário positivo para o mercado financeiro. Na possibilidade de Bolsonaro reeleito, sua popularidade deve permanecer baixa e isso pode ter como consequência maior pressão por gastos vindos por parte do Congresso.

Assim como Bolsonaro, a política fiscal sob Lula também tende a ser frouxa. Por isso, nosso câmbio e juros continuam em patamares de bastante incerteza. E assim deve se manter independentemente de quem ganhe.

Estruturalmente, se o lado fiscal se manter sem alterações relevantes, o Brasil tem chances de recomeçar um ciclo de crescimento virtuoso a partir de 2022, quando as taxas de juros começarem a ceder novamente, o que ocorreria em qualquer dois candidatos. O mercado financeiro é moderadamente otimista com quaisquer dos dois candidatos em relação à nossa bolsa que permanece em níveis baratos em relação aos balanços que vêm sendo divulgados”.

Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos

Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos

“O mercado está vendo o Bolsonaro como uma ‘manutenção’ do que tem acontecido nos últimos anos, enquanto que o Lula já governou, já tem a experiência, tem todo esse contato. Ele sabe lidar no meio político, então consegue transitar muito bem. O mercado, agora, está dando um voto de confiança porque, por mais que a gente veja algumas diferenças em relação aos discursos, o Lula está indo para um lado muito mais moderado, tentando se aproximar de outras siglas que são de centro, como PSDB, conversas com PSD e muitas outras.

Então, acho que isso é um bom indicativo do que ele quer fazer, é quase que [o mesmo de] estar sinalizando para o mercado, para a população, que postura vai adotar. Provavelmente, não vai ter revanchismo em relação ao que aconteceu recentemente e, também, ele aprendeu com o governo Dilma que tem problemas quando você acaba abrindo muito [o lado] fiscal, quando você acaba sendo até leniente, gastando muito mais do que arrecada, vai tendo essa deterioração.

[…] Então, caso ele seja eleito, provavelmente o Lula vai adotar uma postura muito mais ‘liberal’ do que a do Bolsonaro. Liberal entre aspas, porque não vai ser liberal. Acho que a ideia é: a gente não vai ter mais privatização, talvez tenha alguma volta em relação aos planos que estão acontecendo – principalmente em relação à Eletrobras se não tiver sido privatizada até lá. A Petrobras talvez altere o plano de desinvestimentos, talvez pense em desinvestir outros ativos ao invés de refinarias.

E, com certeza, um tema que precisa bastante ser discutido, que ele [Lula] vai com certeza mexer vai ser em relação ao teto de gastos. O teto de gastos, hoje, está bastante restritivo e impede bastante qualquer tipo de movimentação. Então, a ideia dele não é acabar com o teto de gastos, porque isso acabaria com toda a credibilidade, confiança. Mas eu acho que ele tentaria flexibilizar para conseguir dar um respiro, para tentar tirar um pouco dessa rigidez que a gente tem. Seria muito mais nessa linha.

Se a gente comparar os dois, o Lula seria muito mais liberal em relação ao Bolsonaro. É lógico que teria responsabilidade com o fiscal, com certeza. Teria que ver algumas coisas em relação aos custos, ao orçamento, que está bastante rígido. Talvez tenha algumas medidas em relação a isso para tentar flexibilizar.

Bolsonaro seria muito mais do que a gente está vendo hoje, talvez muito mais discurso do que realmente medidas sendo implementadas, do que ações sendo tomadas. Então, num eventual segundo mandato, Bolsonaro diminuiria ou até abandonaria essa bandeira liberal. Até poderia tentar, caso tivesse clima, para continuar com a Eletrobras, Correios etc. Mas eu acho que não teria tanto esforço assim. Também, nessa parte de gastos do governo, essa responsabilidade fiscal ficaria de lado, que é muito do que a gente está vendo hoje.”

Antonio Marcos Samad Júnior, CEO da mesa proprietária Axia Investing

Antonio Marcos Samad Júnior, CEO da mesa proprietária Axia Investing

“A verdade é que a nossa bolsa de valores só está como está por conta da corrida eleitoral já praticamente decidida entre Lula e Bolsonaro, considerando o cenário atual. Com uma terceira via que não dá sinal de vida, o mercado fica em compasso de espera e dividido entre o ruim e o menos pior.

A bolsa brasileira é a mais atrasada entre seus pares ao redor do mundo, e boa parte desse desempenho pífio vem justamente da desconfiança do mercado nos dois candidatos com mais chances.

Na última eleição o mercado não pestanejou e apostou todas suas fichas em Bolsonaro, mas nem o super-ministro Paulo Guedes conseguiu manter essa confiança por muito tempo. A tão esperada agenda liberal aos poucos foi dando lugar às medidas populistas numa tentativa de resgatar a popularidade praticamente perdida de Bolsonaro.

Já com relação ao Lula, o mercado relembra dos fantasmas do passado: políticas intervencionistas e escândalos de corrupção, que é uma mistura perigosa para o mercado financeiro.

Acredito que ambos os cenários já estejam precificados e a bolsa só engataria uma recuperação de forma mais consistente caso uma terceira via ganhasse força, o que infelizmente ainda é um sonho muito distante.”

Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management

Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management

“Primeiramente, até as eleições haverá, [falando] em bolsa em si, muita volatilidade e uma certa preocupação. Porque o Bolsonaro não pode aplicar programas de populismo, já que isso acaba [fazendo] com que [o governo dele] não se preocupe muito com responsabilidade fiscal – e o mercado vê isso com maus olhos. Isso, consequentemente, derruba o Brasil, derruba a nossa bolsa.

Porém, o mercado gosta da equipe econômica do Bolsonaro. Afinal, o ministro da economia, Paulo Guedes, tem muita confiança do mercado. Durante a campanha de 2018, o Paulo Guedes, por si só, prometeu uma agenda bem liberal, com questões ligadas às privatizações, enxugamento de gastos públicos… e isso é tudo que o mercado quer.

Mas, ainda, o governo passou por uma transformação neste período de pandemia, e isso vai ser levado muito a cabo na hora da decisão do [novo] presidente. Porque, provavelmente, o presidente deve falar, para fins de economia, alguma coisa a respeito disso. Por exemplo, Guedes não cumpriu ainda nenhuma privatização que foi mencionada na corrida eleitoral de 2018. E toda essa parte de reforma anda a passos muito lentos. Pode ver, a reforma do Imposto de Renda, a PEC dos precatórios, tudo anda de forma muito lenta.

Então, o mercado já sabe quais são as estratégias do Bolsonaro. Agora, isso pode acarretar o quê? Uma continuação de um mercado de alta. Afinal, as propostas do Bolsonaro, para fins de economia, são muito boas para o país.

Agora vamos para um cenário de Lula no poder. Antes de mais nada, o Lula, na época em que ele foi presidente, por mais que tivesse uma máquina pública bem parruda, um gasto elevado, ele foi um presidente que fez o Brasil crescer, a bolsa subiu muito nos anos em que ele esteve no poder.

Então, pode ser que o mercado olhe para a história e tente entender como será o futuro da nossa conjuntura econômica. Se nós formos pensar no Lula no poder, temos uma imprevisibilidade, e é tudo o que o mercado não gosta. Lula no poder vai depender das promessas de campanha, de quem ele colocar no poder nessa pauta econômica.

[Ao contrário] nós temos com o Bolsonaro uma previsibilidade da economia, porque, provavelmente, o que não foi executado no seu mandato, poderá ser executado no próximo – e ele tem um bom álibi, que seria a pandemia, neste período todo, para não ter executado coisas importantes econômicas, tais como privatizações e enxugamentos da máquina pública.

Com o Lula, nós sabemos da história. Então, o mercado vai olhar para o passado.”

Sidney Lima, analista da Top Gain

Sidney Lima, analista da Top Gain

“A percepção que temos é de que o mercado tenta ainda digerir o que prefere nessa largada, e como essa precificação deve ser feita mediante as expectativas de gestão de cada possível presidente.

Um fato é que o mercado financeiro (bolsa) sempre se manteve mais alinhado com presidentes de uma ala mais centro/direita. Um dos pontos é a ideologia de livre comércio, e diminuição da influência do Estado sobre os negócios das grandes empresas.

Entretanto, no caso de Bolsonaro, a percepção que temos é que, ao se alinhar nessa reta final de mandato a políticas mais populistas, acabou decepcionando parte dos seus simpatizantes no mercado financeiro, abrindo espaço para novas conquistas de outras frentes eleitorais. E esses temores vão continuar assombrando os investidores enquanto o presidente não der uma sinalização clara sobre seu posicionamento.

No caso de Lula, o mercado ainda tem tentado digerir qual a abordagem econômica que ele tende a adotar caso seja eleito. O mercado tem lembranças de que seus mandatos tiveram abordagens bem distintas quanto às políticas econômicas no geral, gestão do Estado perante os negócios, gestão do orçamento da União, bem como investimentos.

O mercado observa atento a possibilidade real de uma vitória do candidato petista, mas com muito temor, pois considera que ali pode ser uma ‘caixinha de surpresas’. De qualquer forma, o casamento de Lula com o mercado não possui muito ‘amor’.

O ponto principal para reação mercado será a definição do vice-presidente, ministros e principalmente os nomes que deverão compor a pasta econômica de cada governo. Aí sim o mercado decidirá quem deve apoiar.

No caso de Bolsonaro, o mercado se identifica com Guedes, por ter vindo do mercado financeiro e entender como os grandes investidores pensam, porém a percepção é de que ele perdeu o brilho mediante a uma gestão populista do atual presidente.”

Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos

Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos

“O cenário com manutenção do atual governo é um cenário que o mercado já conhece. A questão é que ele [Bolsonaro], de fato, deixou de lado o foco na economia e virou um modelo mais populista. Então, a grande questão para o mercado é: um caminho já conhecido, que tem pouca habilidade política para tocar algumas reformas, mas que tem um posto econômico dentro da equipe, e também do Banco Central, por ser uma autonomia conseguida nos últimos anos que segue uma linha de raciocínio mais austero. A questão é que o político pode falar mais que essa austeridade.

Então, essa é a dúvida que se tem em relação ao governo Bolsonaro. O que vai ser pela frente? Será que vai ser o governo austero dos dois primeiros anos ou o que foi nos últimos dois anos?

Então, eu diria para você que nós teríamos a manutenção de um cenário de poucas reformas estruturais. Vai ser um governo que a gente vê com dificuldades no campo político, das alianças e aprovações que precisa fazer. Mas, obviamente, há uma tendência de que, com eleição, você tenha mais votos e um crescimento da base no início do mandato, como é em todo governo. Isso pode, eventualmente, ajudar. Então, se ele for reeleito, teria que acelerar bem, pelo menos no primeiro ano, para conseguir fazer uma aprovação e algo mais estrutural. Mas, obviamente, vai ser um mandato com dificuldades.

O Lula é uma grande incógnita. Que Lula que virá? Será que é dentro de uma chapa com o Alckmin? Será que é dentro de uma chapa mais conservadora? Mais pró-mercado e liberal? A construção da chapa vem nessa linha. Mas aí, algumas declarações como rever reforma trabalhista, interferência na Petrobras… Volta aquela questão sobre incerteza de qual seria o governo dele. E, consequentemente, quais seriam as mudanças que ele poderia fazer nessa livre concorrência e livre mercado, que é o que o mercado gosta.

Então, o Lula, hoje, representa essa dificuldade de entender o que de fato pode acontecer. Isso sem falar que os governos do PT tiveram um viés populista também. Hoje, não tem espaço no orçamento fiscal para conseguir fazer isso.

Teria que, inevitavelmente, ser em 2023 um governo mais austero. E nenhum dos dois nos parece manter essa linha de mais austeridade. […] Não dá para cravar hoje o mercado vendo um de uma maneira positiva e criticando o outro, justamente por conta dessas dificuldades.”

Rob Correa, analista de investimentos e fundador da Hedgepoint

Rob Correa, analista de investimentos e fundador da Hedgepoint

“Quando Bolsonaro foi eleito em outubro de 2018, o mercado ficou bastante esperançoso, principalmente devido à escolha para o cargo de ministro da Economia. Guedes era considerado o Ministro ideal para muitos investidores. No entanto, uma série de decisões acabou desgastando gradativamente a então ‘lua de mel’ com o mercado.

O plano de privatizar 17 estatais não foi adiante. Vale destacar que muitas delas não dependem apenas da canetada do Guedes, e também da aprovação dos Deputados e Senadores no Congresso Nacional. Mas mesmo aquelas estatais que possuem um trâmite menos penoso e burocrático não foram levadas a cabo.

Outros pontos que foram desgastando a relação foram a inflação e a desvalorização da moeda brasileira. Apesar da inflação brasileira ter voltado para a casa dos dois dígitos e o real brasileiro ser uma das moedas que mais perdeu poder de compra no mundo, não dá para colocar a responsabilidade integral sobre esses fatos nas costas do Guedes.

O mundo foi pego de surpresa pela covid-19, e todos os países do mundo precisaram realizar uma série de medidas monetárias, que posteriormente ocasionaram a inflação global. Hoje, não é apenas o Brasil que sofre com a perda de poder de compra da sua moeda, mas também Estados Unidos e vários países desenvolvidos na Europa.

No entanto, o que realmente causou o maior estremecimento entre o mercado e o Guedes foi a reforma tributária. A proposta de tributação de 20% dos dividendos distribuídos pelas ações e o fim da isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos distribuídos pelos fundos imobiliários, sendo proposta a cobrança de 15% de tributação, foi a gota d’água na relação.

Hoje, as dúvidas do mercado são: caso Bolsonaro seja reeleito, ele vai manter Paulo Guedes como seu ministro da Economia? E, por sua vez, Paulo Guedes vai seguir a linha liberal (que até agora não foi seguida) ou manter suas propostas impopulares entre investidores?

No entanto, mesmo com estas perguntas sem respostas até o momento, percebo que a maioria dos investidores ainda têm uma preferência pela reeleição de Bolsonaro do que a volta de Lula. Mas essa preferência não é tão forte quanto visto em 2018. Quatro anos atrás, o mercado era quase unânime em relação ao Bolsonaro. Hoje, já existe uma clara divisão de opiniões, mas que ainda tende a pender em favor do atual presidente.

E como fica o mercado com Lula reeleito? Alguns players do mercado estão publicamente endossando a candidatura de Lula para a presidência, mas percebo que não é a visão majoritária do mercado.

Em sua grande maioria, os investidores têm receio da escola econômica mais intervencionista e sua respectiva cartilha que os governantes de esquerda costumam seguir: elevação desenfreada de gastos públicos, aumento do já inchado Estado brasileiro, maior controle sobre as políticas do Banco Central, forma de condução das empresas estatais…

O que os defensores da candidatura de Lula argumentam é que, durante seu primeiro governo, ele escolheu um ministro da Fazenda (que hoje é o cargo de Ministro da Economia) alinhado ao mercado. E colocou como presidente do Banco Central outro nome que agradava o mercado na época: Henrique Meirelles.

Não creio que Bolsonaro será totalmente liberal e nem totalmente populista. Assim como seu maior opositor, Lula, deverá adotar um tom mais ameno para cativar a maior parte possível do eleitorado.

Tanto Bolsonaro quanto Lula não serão extremos em suas políticas econômicas e equipes de governo. Apesar do ambiente polarizado nas redes sociais, é muito difícil você ganhar uma eleição no Brasil quando adota uma postura aos extremos do espectro político.”

Thiago Martello, especialista em investimentos ANBIMA e fundador da Martello Educação Financeira

Thiago Martello, especialista em investimentos ANBIMA

“Independentemente do que aconteça no cenário político, tanto com Bolsonaro quanto com Lula, num primeiro momento a atividade econômica do país tende a melhorar. Porque toda vez que acontece um cenário como esse, de uma grande decisão, dá aquela sensação de alívio.

Então, por exemplo, quem votou no Bolsonaro, se ele for reeleito, vai ter uma sensação de alívio e euforia. E se o Lula entrar, vai acontecer a mesma coisa com as pessoas que votarem no Lula. Essa crença de que as coisas vão melhorar, acaba fazendo com que realmente as coisas melhorem.

Agora, claro que a forma de gestão de ambos é bem diferente. Eu acredito que, se o Bolsonaro ganhar, o nosso ministro da economia, Paulo Guedes, vai conseguir ou vai continuar tentando colocar as pautas das promessas do governo desses [últimos] quatro anos para funcionar – que eu acho que são pautas boas, na minha opinião. Se derem certo, eu acho que o Brasil tende a melhorar, como a desestatização das coisas, diminuir o funcionalismo público. E, na minha opinião, a reforma tributária, que é totalmente necessária e seria muito bom que acontecesse.

Agora, se o Lula ganhar, ele tem um governo mais populista. Então, vão ter mais incentivos. Eu acredito que eles vão tirar de novo imposto de um monte de coisas para fomentar a economia – o que é um pouco da escola do Lula, que inclusive deu certo quando ele venceu lá atrás. Ele fez isso e deu certo, foi muito bom para o país, o país cresceu bastante. Depois, tropicou.

Agora, como vai se desenrolar nos próximos anos… Aí não tem como saber, não. Desculpe desapontar. Por isso que eu falei que é uma resposta não muito polêmica… é mais política do que polêmica.”

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.