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Geral

5 fatos para hoje: aumento histórico de planos de saúde; alta do petróleo

Aumento poderá ser de até 15,5%.

planos de saude

1 – Subsea 7 conquista contrato de US$ 750 mi com a Petrobras para campo de Búzios

A norueguesa Subsea 7 anunciou nesta quinta-feira (26) que venceu uma licitação da Petrobras (PETR3, PETR4) para desenvolvimento de um módulo no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, num contrato avaliado em aproximadamente US$ 750 milhões.

A empresa será responsável pelo sistema de coleta submarina do projeto. O escopo do contrato inclui projeto de engenharia, fornecimento de bens, fabricação, instalação e pré-comissionamento de aproximadamente 126 quilômetros de linhas submarinas de dutos rígidos.

O acordo prevê ainda 98 quilômetros de linhas flexíveis e 88 quilômetros de umbilicais e infraestrutura associadas, além de ancoragem de linhas à plataforma flutuante (FPSO).

Em comunicado, a Subsea 7 disse que o gerenciamento do projeto e atividades de engenharia começarão imediatamente em seus escritórios no Rio de Janeiro e em Paris.

Já a fabricação dos dutos ocorrerá na unidade da Subsea 7 em Ubu, no Espírito Santo, e as operações offshore estão previstas para 2024 e 2025, usando um dos barcos de sua frota no Brasil, acrescentou.

2 – Fábio Faria fala em lançar série de reuniões para atrair investidores à Amazônia

Uma semana após ter recebido o bilionário Elon Musk em um almoço com o presidente Jair Bolsonaro no hotel de luxo Fasano de Porto Feliz (SP) para discutir investimentos na Amazônia, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que vai continuar procurando mais empresários interessados em explorar a região.

“Viemos buscar o empresário que é o mais rico do mundo para investir na Amazônia”, disse hoje o ministro, no encerramento do evento Smart City Business, na capital paulista. Segundo ele, a ideia é fazer um roadshow (série de reuniões com investidores) em busca de mais interessados em fazer aportes na região Norte.

Musk é dono da Starlink, empresa de satélites que, segundo Faria, poderia monitorar ainda mais de perto a derrubada de árvores. “O satélite da Starlink tem um laser que detecta o barulho da serra elétrica. Com essa informação, o governo pode manda um drone ou alguém no local para checar se o desmatamento legal e ilegal”, explicou o ministro, em entrevista.

Segundo Faria, há muitas celebridades que falam mal da Amazônia, sem, entretanto, conhecê-la de fato. Apesar dos dados que mostram elevação do desmatamento, Faria contra-argumentou que a maior parte da floresta permanece fora de ataques. E disse que sugeriu ao Ministério do Meio Ambiente que fazendeiros que protejam a floresta passem a ser premiados por isso.

No evento, o ministro ressuscitou até a polêmica com o ator Leonardo di Caprio e com a cantora Anitta, que fazem postagens nas redes sociais defendendo a necessidade de preservação das florestas, algumas delas com críticas ao desmatamento no Brasil.

“Vamos chamar o Leonardo de Caprio e perguntar se ele quer fazer um cheque de US$ 1 milhão junto com Anitta para ajudarem a Amazônia”, disse Faria a uma plateia formada por empresários do setor de telecomunicações.

3 – Planos de saúde individuais têm aumento histórico

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou nesta quinta-feira (26) o índice máximo de reajuste anual para os planos de saúde individuais e familiares. O aumento poderá ser de até 15,5%. A decisão foi tomada pela diretoria por quatro votos a um.

Trata-se do maior reajuste anual já aprovado pela agência, criada em 2000. As operadoras dos planos de saúde poderão aplicar o índice em mensalidades cobradas entre maio de 2022 a abril de 2023. Mas a atualização dos valores só pode ser realizada a partir da data de aniversário de cada contrato. Caso o mês de aniversário do contrato seja maio, é possível a cobrança retroativa do reajuste.

A decisão não se aplica aos planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão. Ela incide apenas nas mensalidades dos contratos individuais e familiares firmados a partir de janeiro de 1999. São aproximadamente 8 milhões de beneficiários, o que corresponde a 16,3% do mercado de saúde suplementar.

O aumento histórico ocorre um ano após a ANS ter aprovado pela primeira vez um reajuste negativo. Em 2021, as operadoras foram obrigadas a reduzir as mensalidades em pelo menos 8,19%, porque ficou constatada uma queda generalizada na demanda por serviços de saúde em meio ao isolamento social decorrente da pandemia da covid-19. No período, os planos registraram uma redução de custos.

“Já em 2021, tivemos uma gradativa retomada da utilização desses serviços. É também um ano influenciado por uma forte inflação em todo o país”, disse a gerente Econômico-financeira e Atuarial de Produtos da ANS, Daniele Rodrigues, ao apresentar os detalhes do cálculo do índice.

Em nota divulgada em seu portal eletrônico, a ANS sustenta que tanto o reajuste negativo de 2021 como o reajuste histórico deste ano possuem relação com os efeitos da pandemia da covid-19. “Não se pode analisar o percentual calculado para 2022 sem considerar o contexto e os movimentos atípicos no setor de planos de saúde nos últimos dois anos”, diz o texto.

A proposta de reajuste foi submetida ao Ministério da Economia no início do mês. A pasta emitiu nota técnica aprovando a aplicação da metodologia na segunda-feira (23). Segundo a ANS, a atual fórmula para cálculo do reajuste anual foi adotada em 2018. O cálculo é influenciado principalmente pela variação das despesas assistenciais do ano anterior. Também leva em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país.

A variação das despesas assistenciais de 2021 foi de 20,35%. É o maior percentual da série histórica apresentada na reunião, com dados desde 2014. Em 2020, essa variação havia sido negativa em 9,2%. Os cálculos são realizados pela Diretoria de Normas e Habilitação de Produtos da ANS.

Diferentes diretores avaliaram que a fórmula pré-definida garante transparência e previsibilidade para o reajuste. “É uma metodologia que reflete de forma muito clara a variação da despesa assistencial”, argumentou o diretor de Desenvolvimento Setorial, Maurício Nunes.

Para o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, a aplicação da metodologia protege o interesse público. “A agência regula e procura manter o setor em funcionamento”, disse. 

Único voto divergente, a diretora de Fiscalização, Eliane Medeiros, elogiou os esforços da equipe em aplicar a metodologia em vigor, mas se posicionou contra o índice proposto.

4 – Bolsonaro promete recriar Ministério da Indústria e Comércio ainda em 2022

O presidente Jair Bolsonaro prometeu nesta quinta-feira (26) a recriação do Ministério da Indústria e Comércio ainda em 2022. O anúncio foi feito em evento da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). O presidente da entidade, Flávio Roscoe, disse ter pedido a recriação da pasta a Bolsonaro. “Nos bastidores, eu fiz uma demanda para o presidente apoiado pela bancada federal e falei ‘presidente, não é possível mais a indústria não ter o seu ministério'”, afirmou o dirigente.

Em resposta, Bolsonaro foi ao microfone tomou a palavra inesperadamente. “A toda a bancada de Minas Gerais, ao nosso presidente: foi uma solicitação que confesso, já estava um pouco madura, mas agora selou o seu final. Uma vez havendo outra oportunidade, ainda no corrente ano, vai estar nas mãos do (presidente da Câmara, Arthur) Lira a recriação do Ministério da Indústria e Comércio”, disse o presidente, arrancando aplausos dos empresários presentes.

A criação ou extinção de ministérios precisam do aval do Congresso Nacional. Na prática, a recriação do Ministério da Indústria e Comércio é uma derrota para o ministro da Economia, Paulo Guedes, que teve as atividades da pasta incorporadas ao seu “superministério” no primeiro dia de governo Bolsonaro, em janeiro de 2019. No ano passado, Bolsonaro recriou o Ministério do Trabalho, que também tinha sido incorporado pela Economia.

5 – Petróleo tem máxima de 2 meses com oferta apertada

Os preços do petróleo subiram cerca de 3% para uma máxima de dois meses nesta quinta-feira (26), com sinais de oferta apertada antes da temporada de verão nos EUA.

Enquanto isso, a União Europeia discutia com a Hungria sobre os planos de proibir as importações de petróleo da Rússia como consequência da invasão da Ucrânia.

Os comerciantes também observaram que os preços do petróleo seguiram um aumento nas ações e algum enfraquecimento do dólar americano em relação a uma cesta de moedas, o que torna a commodity mais barata quando comprada em outras moedas.

Os futuros do Brent subiram US$ 3,37 dólares, ou 3,0%, para fechar a US$ 117,40 por barril, enquanto o petróleo dos EUA subiu US$ 3,76, ou 3,4%, encerrando a US$ 114,09.

Depois de subir por seis dias consecutivos, o Brent fechou em seu nível mais alto desde 25 de março. O WTI atingiu seu nível mais alto desde 16 de maio.

* Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo

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