Siga nossas redes

Geral

5 fatos para hoje: Febraban se distancia da Fiesp; variante delta prejudica EUA

A entidade de bancos segue apoiando o manifesto pedindo harmonia entre Poderes, enquanto Fiesp adiou publicação.

STF
Estátua da Justiça em frente ao STF em Brasília 23/11/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino

1- Febraban reforça apoio a manifesto sobre harmonia entre Poderes

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) manteve nesta quinta-feira apoio a um manifesto pedindo a harmonia entre os Poderes, e procurou se distanciar da entidade que representa as indústrias de São Paulo, a Fiesp, que decidiu adiar a publicação oficial do documento.

“A Febraban considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade”, disse a entidade em nota, citando manifesto que, após ter sido vazado para a imprensa, criou um mal estar com o governo do presidente Jair Bolsonaro e fez Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil ameaçarem deixar a Febraban.

No comunicado desta quinta-feira, a Febraban afirmou que respeita a opção dos dois bancos controlados pelo governo federal, ambos contrários à assinatura do manifesto.

O órgão que representa os grandes bancos no país acrescentou que considera o assunto encerrado e que “não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto”.

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que estava capitaneando a produção da nota, decidiu na segunda-feira adiar a divulgação do manifesto, alegando haver interesse de outras associações de também participar da iniciativa

2- Variante delta pode ter prejudicado criação de vagas nos EUA

A criação de vagas de emprego nos Estados Unidos provavelmente desacelerou em agosto depois de abertura de quase 2 milhões de postos de trabalho nos últimos dois meses, uma vez que o aumento dos casos de covid-19 reduziu a demanda por viagens e entretenimento, mas o ritmo foi provavelmente suficiente para sustentar a expansão econômica.

O relatório de emprego do Departamento do Trabalho será divulgado nesta sexta-feira no momento em que economistas vêm reduzindo suas estimativas para o Produto Interno Bruto do terceiro trimestre. Entre os motivos citados estão o ressurgimento das infecções por conta da variante Delta do coronavírus e escassez de matérias-primas.

Os novos casos de covid-19 podem também ter feito com que pessoas desempregadas ficassem em casa, frustrando os esforços dos empregadores de aumentar as contratações.

Segundo pesquisa da Reuters, provavelmente foram criadas 750 mil vagas de emprego no mês passado. A economia criou 1,881 milhão de postos em junho e julho.

Se o resultado de agosto atender às expectativas, deixará o nível de emprego cerca de 5 milhões abaixo do pico de fevereiro de 2020.

Mas a previsão é altamente incerta, com estimativas variando de 375 mil a 1,027 milhão.

3- Ranking vê novas forças no setor de educação

Tanto a pandemia quanto um forte processo de consolidação contribuíram para mexer no tabuleiro do setor de educação. Se antes os grandes grupos fortaleciam sua presença pelo ensino presencial, a necessidade de isolamento social obrigou a rápida migração para o online, quebrando a resistência à modalidade. Com as peças do jogo de xadrez mudando de casa, a disputa pelo primeiro lugar do ranking das maiores empresas do setor caminha para ser ocupada pela companhia que melhor se posicionar diante das recentes mudanças, com fôlego para seguir no processo de consolidação.

Essas são algumas das conclusões de pesquisa sobre o setor de educação superior privada no Brasil, lançada ontem pela consultoria especializada no setor Hoper com os dados de 2020 e do primeiro semestre de 2021. No ranking das maiores companhias, uma empresa que nasceu dedicada ao ensino online está despontando entre as primeiras colocações, posicionando-se como candidata a ocupar a primeira colocação. A catarinense Vitru, dona da Uniasselvi, fez um dos maiores movimentos do setor ao levar uma das empresas mais cobiçadas do setor há vários anos, a UniCesumar, avaliada em R$ 3,2 bilhões.

Com a aquisição, a Vitru passa a ter 635 mil alunos, ocupando agora a terceira posição. Em 2020, ocupava a sexta colocação. Outra que deu um salto no ranking é a Ânima, dona da São Judas, que comprou os ativos do Brasil da americana Laureate, como a Anhembi Morumbi, e foi da 11.ª para a 5.ª posição.

A educação semipresencial é aquela que tem mais aderência com o aluno pós-pandemia. A UniCesumar sempre teve uma educação semipresencial de muita qualidade, e a Uniasselvi também, mas ela com um posicionamento mais de massa, e a UniCesumar um pouco mais premium. Juntas, elas vão fazer uma cobertura de mercado espetacular. É quase imbatível no semipresencial”, afirma o presidente da Hoper, Willian Klein.

Nesse processo de mudança, o ensino presencial também precisará ser remodelado, diz Klein. “Os campi estão em transformação para ofertas de novas experiências. Eles precisarão prever ‘espaços maker’, incubadoras de startups e ambientes de trocas para os alunos.”

A UniCesumar, fundada em Maringá (PR) há 40 anos, vai dar à Vitru um equilíbrio procurado por todo o setor. Além de cursos a distância com notas máximas no MEC, tem graduação em medicina – naturalmente, presencial. Esse curso, além de ter melhores indicadores de evasão e inadimplência, tem mensalidade média de R$ 8,5 mil. “Cada instituição tem muito a ensinar para a outra”, afirma o presidente da Vitru, Pedro Graça, que diz estar disposto a buscar a liderança do setor.

4- Senado errou ao rejeitar reforma trabalhista, diz ministro da Economia

O Senado errou e “deu um passo atrás” ao rejeitar a nova reforma trabalhista, disse na quinta-feira (2) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, a MP não tinha o objetivo de fragilizar as relações trabalhistas, mas sim de estimular a contratação de jovens.

“Não era um programa de emprego, ninguém está fragilizando a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]. Estamos possibilitando que jovens, ao invés de ficarem desempregados, que eles possam frequentar as empresas na qualidade de qualificação para, no futuro, chegarem ao mercado formal. Foi um equívoco, mas isso acontece”, disse Guedes, ao sair de reunião no Ministério da Saúde.

Originalmente editada pelo governo para formalizar a nova rodada do Benefício Emergencial (BEm), programa de suspensão de contratos e de redução de jornada durante a pandemia, a MP ganhou emendas na Câmara dos Deputados para criar três programas de primeiro emprego e de capacitação profissional para jovens. Além disso, emendas aprovadas pelos deputados tornaram a proposta uma minirreforma trabalhista, com dispositivos que reduziam horas extras para diversas categorias e outras mudanças.

5- Empresas estrangeiras poderão escolher áreas de petróleo que gostariam de comprar

Empresas petrolíferas estrangeiras vão poder indicar as áreas exploratórias e campos produtores dos seus interesses para que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) coloque em leilão. Até então, apenas as brasileiras tinham esse direito. A medida foi aprovada pela diretoria do órgão regulador nesta quinta-feira (2) e será submetida aos agentes de mercado, em consulta pública.

As áreas indicadas pelas petrolíferas podem ser inseridas nos tradicionais leilões de concessão da ANP e também na modalidade de oferta permanente, em que as empresas informam quais desejam comprar e a agência abre uma ampla concorrência por essas áreas.

Hoje, estão excluídos da oferta permanente os ativos que não fazem parte do polígono do pré-sal, considerada a região mais nobre do litoral brasileiro, entre os Estados de Santa Catarina e Espírito Santo. A intenção do governo, no entanto, é, no futuro, incluir blocos de todo tipo, inclusive do polígono, nos leilões de oferta permanente.

“Com essa possibilidade (de permitir que as estrangeiras apontem as áreas de interesse), a ANP busca uma maior pluralidade na participação dos atores da indústria de petróleo e gás natural”, informou a reguladora, acrescentando que, para se inscrever em rodadas de licitações ou na oferta permanente, as empresas devem ser constituídas sob leis brasileiras.

(*Com informações de Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

Veja também

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.