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5 fatos para hoje: parceria entre Amazon e EDP; Procon notifica Nestlé

Amazon.com anunciou uma parceria com o grupo português EDP para seu primeiro projeto de energia renovável na América do Sul, um parque de geração solar de 122 megawatts (MW) de potência no Brasil.

1 – Amazon faz parceria com elétrica EDP para parque solar no Brasil

A Amazon.com (AMZO34) anunciou nesta quarta-feira (21) uma parceria com o grupo português EDP para seu primeiro projeto de energia renovável na América do Sul, um parque de geração solar de 122 megawatts (MW) de potência no Brasil.

O projeto, cujo local não foi divulgado, está sendo desenvolvido com a EDP Brasil (ENBR3) e a EDP Renováveis. O valor dos investimentos e cronograma para entrada em operação da usina também não foram detalhados.

Estima-se que o empreendimento crie 850 empregos durante a fase de construção. O projeto inclui ainda investimentos de 2 milhões de reais em programas ambientais, visando a promoção da biodiversidade.

“Este projeto impulsionará todos os nossos negócios no Brasil: operações, centros de atendimento e data centers da Amazon Web Services”, disse em nota Daniel Mazini, presidente da Amazon Brasil.

Segundo as empresas, o contrato de energia (PPA) assinado vai viabilizar o maior parque solar da EDP Brasil no país.

A companhia elétrica mudou recentemente o foco de sua estratégia para o segmento de geração no Brasil, vendendo hidrelétricas e apostando na fonte solar. Até 2025, a EDP planeja investir mais de 3 bilhões de reais em projetos de energia solar no Brasil.

Globalmente, a Amazon anunciou nesta quarta-feira que adicionará 2,7 gigawatts em capacidade de produção de energia limpa por meio de dezenas de novos projetos.

O anúncio de 71 novos projetos no segmento renovável, totalizando agora 379, vem em meio ao objetivo da varejista de utilizar 100% de energia renovável nos negócios até 2025.

A Amazon espera gerar 50 mil gigawatts-hora (GWh) de energia limpa por meio de todo o seu portfólio, o equivalente a abastecer 4,6 milhões de residências norte-americanas por ano.

Além do complexo solar no Brasil, os novos projetos incluem, por exemplo, três usinas de grande escala no Estado indiano do Rajastão, com capacidade de 420 MW, projetos solares em telhados na França e na Áustria e seu primeiro parque solar na Polônia.

2 – App 99 demite cerca de 100 funcionários

A empresa de transporte por aplicativo 99 demitiu cerca de 100 pessoas na última semana, afirmaram ex-funcionários ao Estadão. Em nota, a startup controlada pela chinesa Didi Chuxing confirmou os cortes, mas não divulgou o número de profissionais afetados. A 99 afirmou também que a área de relacionamento com o cliente foi a única impactada pelos cortes.

Segundo relatos de ex-funcionários, grande parte da equipe de “CX” (a área de experiência do cliente) foi demitida em sessões na última semana. Alguns dos demitidos ouvidos pelo Estadão afirmaram que a companhia planeja terceirizar o atendimento ao cliente. Questionada pela reportagem, a 99 diz que “trabalha com empresas parceiras nessa área desde 2017”?.

Na nota, a companhia afirmou ainda que passa por mudanças na estrutura para atender melhor a operação. Além do serviço de transportes, a 99 opera um delivery de comida, o 99Food.

“Para atender às necessidades dos nossos usuários, tivemos de tomar algumas decisões difíceis sobre o modelo operacional e a estrutura do nosso departamento de relacionamento com o cliente”, explicou a empresa, em nota.

Segundo apurou a reportagem, o departamento de relacionamento serve como um guarda-chuva para diferentes áreas da empresa, como segurança, delivery e mídias sociais. Ao Estadão, a 99 afirmou que não houve demissões na 99Food.

Ex-funcionários afirmaram que a companhia ofereceu um terço do salário como rescisão de contrato e plano de saúde até o final do mês. É um pacote mais modesto do que o ofertado por outras startups nacionais em 2022.

Ano difícil

Os cortes são mais um capítulo no ano difícil da Didi Chuxing, empresa chinesa que controla a 99. A companhia tem enfrentado dificuldades de crescimento, após enfrentar problemas regulatórios com o governo chinês.

Em julho, autoridades do país declararam uma possível multa no valor de US$ 1 bilhão, após uma investigação nas suas práticas de cibersegurança. Antes, a empresa foi removida das lojas de app no país.

Em fevereiro, a revista Forbes reportou que a Didi planejava cortar, ainda naquele mês, 20% de seus funcionários – a publicação estimou que isso era equivalente a 3 mil pessoas apenas no mercado chinês. Não é possível saber, porém, se os cortes no Brasil são parte de um plano global da Didi.

Desde abril, startups brasileiras e estrangeiras com operações no País vêm experimentando um cenário adverso. A situação é resultado da crise global macroeconômica pós-pandemia de covid-19 e é agravada pela guerra na Ucrânia.

3 – Procon-SP notifica Nestlé por produtos com soro de leite que copiam originais

O Procon-SP notificou a Nestlé Brasil pedindo explicações sobre a diferença entre a “Mistura Láctea Condensada De Leite, Soro De Leite e Amido – MOÇA” e o “Leite Condensado – Moça” e entre a “Mistura De Creme De Leite – Moça” e o “Creme De Leite Original – Moça”. Segundo a instituição, os itens com a palavra “mistura” são comercializados em apresentação “bastante semelhante” aos originais e podem confundir o consumidor.

“O Procon-SP está atento ao aumento da oferta de produtos similares aos tradicionais e apresentados ao público em embalagens muito parecidas, que podem induzir o consumidor ao erro, levando-o a achar que está comprando e consumindo outro produto, como o caso da bebida láctea à base de soro de leite, por exemplo. A informação clara, correta e verdadeira é um dos direitos básicos previstos pelo Código de Defesa do Consumidor”, escreve o Procon-SP em comunicado.

A Nestlé tem até o dia 26/9 para responder e deverá demonstrar as características de cada produto, apontando quais as diferenças nutricionais e indicações individualizadas de consumo de cada um. Além disso, a fabricante deverá apresentar documentos como informes, materiais publicitários e mídias de divulgação dos produtos.

Foi solicitado ainda que a Nestlé apresente documentos referentes à autorização de comercialização dos produtos junto aos órgãos oficiais competentes e documentos que comprovem os testes de qualidade realizados.

Mais dez empresas do setor alimentício foram questionadas sobre as características dos produtos que colocam no mercado e suas respectivas apresentações ao público consumidor. Os notificados foram: Companhia de Alimentos Ibituruna (fabricante da bebida láctea UHT Olá), Laticínios Trevo de Casa Branca (fabricante da bebida láctea UHT Aquila), Laticínios Bela Vista (fabricante da bebida láctea UHT MeuBom), Cooperativa Central Mineira de Laticínios – Cemil (bebida láctea UHT Performance), Doce Mineiro (bebida láctea UHT Triângulo Mineiro), Vigor Alimentos Leco (Alimento à Base de Manteiga e Margarina Leco Extra Cremosa), Tella Barros Comércio e Importação de Frios e Laticínios (Supremo Cremoso Sabor Requeijão), Oceânica Comércio de Gêneros Alimentícios (que produz o Crioulo Queijos Ralados Latco), Itambé Alimentos (que produz o Queijo Parmesão Ralado Itambé), Gran Foods Indústria e Comércio Eireli, que fabrica o Do Chefe Premiun Blend Azeite de Oliva, e a Nestlé Brasil.

Ainda segundo o Procon-SP, as respostas das empresas já começaram a ser encaminhadas para o órgão de defesa e estão sob análise.

Em nota, a Nestlé Brasil afirmou que “recebeu a notificação do Procon-SP e que prestará os devidos esclarecimentos solicitados pelo órgão. A Nestlé reforça ser uma empresa ética, que cumpre todos os requisitos das legislações em vigor, incluindo aquelas que se referem à composição e rotulagem de alimentos, bem como sua respectiva publicidade”.

Também em nota, a Vigor disse que “recebeu a notificação oficial do Procon-SP e já prestou os esclarecimentos necessários ao órgão responsável. A Manteiga e Margarina Cremosa Leco, foi lançada em 20 de agosto de 2002, estando presente no mercado há mais de 20 anos com o intuito de oferecer ao consumidor a combinação entre a cremosidade da margarina e o sabor da manteiga. A marca reforça que todos os seus produtos seguem as normas de rotulagem e regulamentos técnicos estabelecidos pelos órgãos responsáveis, tais como ANVISA e Ministério da Agricultura e Abastecimento.”

4 – Preços caem 1% após Fed aumentar taxas de juros

Os preços do petróleo caíram cerca de 1% nesta quarta-feira (21) para os menores valores em quase duas semanas em um dia de negócios voláteis, depois que o Federal Reserve dos EUA divulgou outro forte aumento da taxa de juros para conter a inflação, o que pode reduzir a atividade econômica e a demanda por petróleo.

O Fed elevou a taxa básica em 75 pontos-base pela terceira vez, para uma faixa de 3,00-3,25%, e sinalizou que mais aumentos significativos estão por vir. Ativos de risco como ações e petróleo caíram com as notícias, enquanto o dólar se recuperou.

O Brent recuou 0,79 dólar, ou 0,9%, a 89,83 dólares por barril, seu menor fechamento desde 8 de setembro, enquanto o petróleo WTI, dos EUA, caiu 1,00 dólar, ou 1,2%, para 82,94 dólares, seu menor fechamento desde 7 de setembro.

No início da sessão, o petróleo registrou alta de mais de 2 dólares por barril devido a preocupações com a mobilização de tropas russas, antes de cair mais de 1 dólar com a moeda norte-americana forte e menor demanda de gasolina nos EUA.

O presidente russo, Vladimir Putin, convocou 300.000 reservistas para lutar na Ucrânia e apoiou um plano para anexar partes do país, dando a entender que estava preparado para usar armas nucleares.

O presidente dos EUA, Joe Biden, acusou a Rússia de fazer ameaças “imprudentes” e “irresponsáveis” de usar armas nucleares.

A demanda por gasolina nos EUA nas últimas quatro semanas caiu para 8,5 milhões de barris por dia (bpd), a menor desde fevereiro, segundo a Administração de Informações sobre Energia dos EUA (AIE).

5 – China faz centro de isolamento contra Covid para 14 mil pessoas

A China construiu um enorme centro de isolamento contra a Covid-19 composto por fileiras e mais fileiras de prédios temporários em uma enorme região no sul do país. A medida segue o receio das autoridades que continuam tratando o vírus como uma ameaça que precisa ser eliminada.

Imagens de drones compartilhadas no Douyin, serviço chinês análogo ao TikTok, mostram dezenas do que parecem ser estruturas pré-fabricadas semelhantes a contêineres alinhados em uma clareira cercada por floresta. Vários usuários da rede social disseram que o vídeo mostrava uma instalação de quarentena da Covid na cidade de Guangan, Sichuan.

Sob a política de Covid Zero do país, todos os infectados com o vírus e todos os seus contatos próximos devem entrar em instalações de isolamento centralizado por pelo menos uma semana. As províncias foram instruídas em março a construir dois ou três dos chamados hospitais improvisados como forma de anular a transmissão na comunidade.

A construção na cidade de Guangan, que pode abrigar 14.000 pessoas, começou em abril, de acordo com um funcionário local de mitigação da Covid que não quis ser identificado pelas regras do governo.

Essa medida faz parte de um plano mais amplo de fornecer 20.000 leitos de isolamento em três locais que abrangem 1,3 quilômetros quadrados (0,5 milhas quadradas), de acordo com o periódico estatal China News Service. Em suas dimensões atuais, as instalações poderiam abranger cerca de 240 campos de futebol americano.

A filmagem foi originalmente compartilhada em 17 de setembro no Douyin por um usuário chamado Datang Shiye, que não respondeu às perguntas da Bloomberg News. Funcionários do governo também não responderam aos pedidos para verificar o vídeo. Os comentários daqueles que compartilharam as imagens variaram desde a apreciação de que as autoridades estavam se preparando para futuros surtos até comparações de prisões.

Bloqueio em vigor nas proximidades

A instalação de Guangan vem recebendo pessoas com Covid e seus contatos próximos de Neijiang, uma cidade a cerca de duas horas e meia de carro, segundo moradores que postaram sobre a experiência nas mídias sociais. O distrito onde o centro está localizado em Guangan foi fechado na segunda-feira, embora a cidade não tenha relatado nenhuma infecção.

O número de casos de Sichuan está diminuindo. Na terça-feira, foram registrados 55 casos de infecção com o vírus, abaixo do pico de 260 no final de agosto, quando a maioria dos casos foi encontrada na capital Chengdu. O surto levou a cidade de 21 milhões de pessoas a ficar isolada por duas semanas para conter a propagação da doença. A maioria das restrições de deslocamento foi levantada na segunda-feira.

Embora o campo de Guangan seja grande, Xangai ergueu uma instalação para isolamento que poderia acomodar ainda mais pessoas durante um surto de Covid na primavera. O Centro Nacional de Exposições e Convenções da cidade, um edifício cavernoso normalmente usado para exposição de automóveis e feiras, foi temporariamente convertido para acomodar 40.000 leitos em abril. A instalação funcionou por 53 dias e hospedou 174.000 residentes antes de fechar em maio.

A metrópole do sul de Guangzhou administra um centro de quarentena de 5.000 leitos principalmente para viajantes internacionais que retornam à China. Enquanto a maior parte do mundo está retirando as barreiras impostas pela pandemia, a China ainda exige que as pessoas que entram no país façam uma quarentena por 10 dias.

O presidente Xi Jinping vinculou seu governo à estratégia Covid Zero, dizendo que a China não correrá o risco de ter o mesmo número de mortes que outros países registraram ao enfrentar o coronavírus.

*Com Reuters, Bloomberg e Estadão Conteúdo

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