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5 fatos para hoje: varejistas competem por e-commerce; Bolsonaro investigado

Alexandre de Moraes determinou investigação de Jair Bolsonaro sobre os ataques ao sistema eleitoral.

10/06/2021 REUTERS/Adriano Machado

1- PEC dos Precatórios é ‘pedalada’, que já gerou impeachment, diz vice da Câmara

O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), disse que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite o parcelamento dos precatórios em até dez anos é uma pedalada fiscal que pode ser enquadrado como crime de responsabilidade, ato que, no passado, ensejou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Ramos é o primeiro vice-presidente da Câmara e assume a Mesa Diretora na ausência do presidente Arthur Lira (PP-AL).

Após virar alvo do presidente Jair Bolsonaro, ele pediu acesso aos mais de 100 pedidos de impeachment protocolados na Casa e disse que fará uma análise desses documentos. No exercício da presidência da Câmara, Ramos pode, se desejar, abrir formalmente um processo de afastamento do presidente.

“Assisti abismado o governo anunciar que vai encaminhar a esta Casa uma PEC para parcelar compulsoriamente precatórios. Rolar dívida de um ano para o outro para abrir espaço fiscal tem nome no Brasil, o nome disso é pedalada. Isso já gerou o impeachment de uma presidente da República, e agora o governo resolveu constitucionalizar a pedalada”, afirmou, em discurso no plenário. “Isso é inadmissível, isso é pedalada, isso é crime de responsabilidade hoje. Isso é calote.”

Ainda sobre a PEC dos precatórios, Ramos disse que o governo vai dar o calote nos professores, já que parte dessas dívidas se refere ao extinto Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). Uma lei aprovada no Congresso estabeleceu que 60% desses precatórios devem ser obrigatoriamente aos profissionais de educação. Segundo Ramos, dos R$ 219 milhões devidos ao Amazonas, R$ 131,4 milhões pertencem aos professores.

“É preciso chamar credores e fazer acordos, isso depende da concordância da outra parte”, afirmou Ramos. “O governo não pode impor parcelamento e fazer pedalada fiscal, dar calote nos professores brasileiros.”

Ramos disse ainda que a PEC representa uma tentativa de romper o teto de gastos de forma disfarçada. “Isso é quebrar compromisso de austeridade fiscal que firmamos no passado, fundamental para dar sustentação à economia.”

2- Varejistas brasileiros aceleram aquisições para competir por dominância no e-commerce

Em março do ano passado, Oziel da Silva Santos precisava de uma nova TV, mas as lojas na cidade de Belém, onde mora, estavam todas fechadas por medida de contenção da pandemia de Covid-19. Santos, de 50 anos, não fazia ideia de como comprar online e seguiu um link do site da Via Varejo para falar com um gerente.

Do outro lado da linha estava Railton Sampaio, gerente da loja 15 de Novembro na cidade. Sampaio o ajudou a comprar a TV no site, mandando o link para pagamento pelo aplicativo WhatsApp.

Santos é um dos milhões de brasileiros que começaram a comprar online pela primeira vez por causa da pandemia, um novo mercado vital para os maiores varejistas brasileiros.

As empresas estão adaptando suas estratégias e procurando aquisições que os ajudem a converter clientes tradicionais ou inexperientes às compras online.

Em quatro meses, Santos comprou mais duas TVs, um smartphone e móveis pelo canal online, sempre com a ajuda de vendedores da loja de Belém da Via Varejo (VVAR3). Todos ganharam comissões nas vendas.

A equipe de vendas comandada por Sampaio é um exemplo da estratégia disseminada entre os varejistas para aumentar a receita e atrair novos consumidores para vendas online ao longo do último ano, com ondas de restrições que provocaram fechamentos do comércio em diferentes períodos.

Quando a maior parte das cidades brasileiras adotou restrições ao comércio, em março do ano passado, as vendas da Via Varejo caíram 70%. Quase que imediatamente, a varejista mobilizou sua equipe de 20 mil vendedores para vender por meio do Facebook e WhatsApp. “A pandemia acelerou nosso processo de transformação digital, o que estava previsto para um ano fizemos em poucos meses”, disse o presidente-executivo, Roberto Fulcherberguer, à Reuters.

Cada loja abriu uma conta no Facebook, e no início os vendedores mandavam ofertas para amigos e família. A campanha “Me chama no Zap” levava os clientes do site direto para conversas com os gerentes de loja.

Mesmo com a reabertura das lojas físicas e a aceleração da vacinação, a Via Varejo e rivais como Magazine Luiza (MGLU3) e Lojas Americanas (LAME4) continuaram a registrar aumento de vendas online. Segundo dados do último balanço, 56% das vendas da Via Varejo são feitas online, bem acima dos 30% pré-pandemia.

“Agora os vendedores estão animados com as vendas online, uma boa parte das minhas comissões é de vendas online”, diz Karina Ferreira Dias, vendedora de uma loja da Via Varejo na região metropolitana de São Paulo. A Via Varejo não demitiu vendedores durante os períodos de fechamento das lojas.

A estratégia do Magazine Luiza é similar. “Durante a pandemia, os vendedores do Magazine Luiza começaram a vender por meio de um aplicativo. Eles recebem comissões em todas as vendas, seja online, de produtos de terceiros no nosso marketplace, ou vendas presenciais,” disse Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios da companhia.

3- Casos de covid-19 no mundo ultrapassam 200 milhões com disseminação da variante Delta

Os casos de coronavírus no mundo ultrapassaram os 200 milhões na quarta-feira, de acordo com um levantamento da Reuters, à medida que a mais transmissível variante Delta ameaça áreas com níveis baixos de vacinação.

Os casos de covid-19 estão aumentando em pelo menos 83 de 240 países, de acordo com a contagem da Reuters, sobrecarregando os sistemas de saúde.

“Embora queiramos desesperadamente acabar com esta pandemia, a covid-19 claramente não acabou. Então nossa batalha deve durar um pouco mais”, disse Rochelle Walensky, diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, nesta semana.

Pelo menos 2,6% da população mundial foi infectada, mas o número real é provavelmente mais alto, já que o acesso aos testes de covid-19 são limitados em muitos lugares. Se o número de pessoas infectadas constituísse um país, ele seria o oitavo mais populoso do mundo, atrás da Nigéria, de acordo com uma análise da Reuters.

Demorou mais de um ano para que os casos de covid-19 atingissem a marca de 100 milhões, enquanto os próximos 100 milhões foram alcançados em pouco mais de seis meses, de acordo com a análise. A pandemia deixou cerca de 4,4 milhões de mortos.

Os países que notificam a maioria dos casos em uma média de sete dias – Estados Unidos, Brasil, Indonésia, Índia e Irã – representam cerca de 38% de todos os casos globais relatados diariamente.

Os Estados Unidos respondem por uma em cada sete infecções registradas em todo o mundo. Os Estados norte-americanos com baixas taxas de vacinação, como Flórida e Louisiana, estão enfrentando um número recorde de pacientes hospitalizados com coronavírus, apesar de o país já ter vacinado 70% dos seus adultos com pelo menos uma dose da vacina. O chefe de um hospital em Louisiana alertou sobre “dias mais sombrios” pela frente.

Pessoas não vacinadas representam quase 97% dos casos graves, de acordo com a equipe de resposta à covid-19 da Casa Branca.

4- Moraes, do STF, pede investigação de Bolsonaro sobre ataques ao sistema eleitoral

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu nesta quarta-feira notícia-crime encaminhada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro sobre os ataques ao sistema eleitoral e determinou a “imediata investigação em face das condutas do presidente da República”.

Na segunda-feira, o plenário do TSE aprovou por unanimidade o encaminhamento ao STF de notícia-crime contra Bolsonaro para apurar possível conduta criminosa relacionada aos fatos apurados no inquérito das fake news.

No ofício do TSE, foi encaminhado a Moraes o link de live realizada pelo presidente na última quinta-feira, quando mostrou o que chamou de indícios de irregularidades nas urnas eletrônicas, depois de prometer várias vezes que apresentaria provas de fraudes nas eleições de 2014 e 2018.

Em sua decisão, Moraes determina como diligências iniciais a transcrição oficial, pela Polícia Federal, do vídeo da live e a oitiva dos envolvidos na mesma na condição de testemunhas, no máximo em 10 dias.

Entre as pessoas que deverão ser ouvidas estão o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e o coronel Eduardo Gomes da Silva, assessor especial Casa Civil, que na live foi apresentado por Bolsonaro como analista de inteligência.

Em seu despacho, Moraes cita declarações de Bolsonaro na segunda-feira contra o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e a favor de uma manifestação popular em São Paulo, descrita por Bolsonaro como “último recado para que eles entendam o que está acontecendo”.

Para Moraes, “neste caso específico, observa-se o nítido objetivo de tumultuar, dificultar, frustrar ou impedir o processo eleitoral, com ataques institucionais ao Tribunal Superior Eleitoral e ao seu ministro presidente”.

Bolsonaro reiteradamente tem dito que o sistema de urnas eletrônicas não é confiável, já afirmou que um eleição sem voto impresso não terá legitimidade e chegou a colocar em dúvida a realização das eleições do ano que vem.

5- Iniciativa do Facebook para cortar acesso de pesquisadores é “preocupante”, diz senador

O senador Mark Warner disse nesta quarta-feira que o movimento do Facebook para desativar as contas de um grupo de pesquisadores da Universidade de Nova York que estudava anúncios políticos na plataforma é “profundamente preocupante”.

O Facebook disse na terça-feira que cortou as contas pessoais e o acesso dos pesquisadores da NYU, que estudavam anúncios políticos na plataforma, por causa de preocupações com a privacidade de outros usuários.

Warner, presidente do Comitê Seleto de Inteligência do Senado, disse que a ação foi um retrocesso.

“Esta última ação do Facebook para cortar os esforços de transparência de um grupo externo – esforços que têm facilitado repetidamente revelações de anúncios que violam os termos de serviço do Facebook, anúncios de fraudes e esquemas financeiros predatórios e anúncios políticos que foram omitidos indevidamente da biblioteca de anúncios obscura do Facebook – é profundamente preocupante”, disse o senador.

Warner acrescentou que o Congresso deve agir para lidar com fraudes e má conduta na publicidade online.

O Facebook defendeu a ação nesta quarta-feira. “Explicamos repetidamente nossas preocupações sobre privacidade à NYU, mas seus pesquisadores decidiram não abordá-las e, em vez disso, retomaram a coleta de dados e anúncios das pessoas de nossa plataforma”, disse um porta-voz.

O projeto NYU Ad Observatory, que recebeu uma carta de cessar e desistir do Facebook no ano passado, pede que as pessoas baixem uma extensão de navegador que coleta informações sobre como são exibidos anúncios políticos na plataforma.

(*Com informações de Reuters

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