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Rede de hotéis Wyndham investigará discriminação contra gays no Catar

Empresa quer saber o motivo de seu hotel em Doha ter declarado que turistas LGBT+ não sao bem-vindos.

Doha, Catar

A Wyndham Hotels & Resorts disse que vai investigar o motivo de seu hotel em Doha ter declarado que turistas gays não são bem-vindos, em meio a preocupações com o tratamento de turistas LGBT+ durante a Copa do Mundo no Catar no final deste ano.

Jornalistas de emissoras estatais da Dinamarca, Suécia e Noruega posaram como recém-casados gays planejando sua lua de mel ao tentar reservar um quarto em 69 hotéis da lista oficial da FIFA de provedores recomendados. A NRK da Noruega relatou que o Wyndham Grand Regency estava entre os três que não permitiram que eles reservassem um quarto, citando leis do Catar que criminalizam a homossexualidade.

A Wyndham Hotels, com sede em Parsippany, no estado americano de Nova Jersey, disse em declaração por e-mail que a empresa “analisaria isso imediatamente, pois as ações tomadas não refletem nossos valores fundamentais, incluindo a inclusão”. Acrescentou que “ser acolhedor e inclusivo com todos é simplesmente parte de quem somos e como fazemos negócios”, e salientou sua pontuação perfeita no índice de igualdade corporativa do Human Rights Campaign.

O Torch Doha e o Magnum Hotel & Suites Westbay também se recusaram a hospedar o suposto casal, disse a NRK. O Torch Doha disse mais tarde à emissora que respeitaria as políticas estabelecidas pelos organizadores da Copa do Mundo. Nenhum dos dois hotéis respondeu a pedidos de comentários da Bloomberg fora do horário comercial normal.

Ativistas levantaram preocupação com a segurança das pessoas LGBT+ que planejam ir à Copa do Mundo, que começa em novembro, o maior evento esportivo global já realizado no Oriente Médio.

O comitê organizador local prometeu que o Catar receberá visitantes de todas as orientações sexuais, desde que cumpram uma regra geral contra demonstrações públicas de afeto que também se aplica a casais heterossexuais.

Em um documento sobre políticas de fornecimento, o comitê também estipula que empresas com as quais trabalha não devem discriminar os clientes com base na orientação sexual. No entanto, um funcionário do governo responsável pela segurança do evento contou a Associated Press no mês passado que as bandeiras do arco-íris poderiam ser retiradas dos fãs para protegê-los de ataques.

Os repórteres suecos, dinamarqueses e noruegueses ligaram ou enviaram e-mails para hotéis dizendo que ouviram que poderia haver desafios para os gays no Catar e perguntando se seriam bem-vindos.

Trinta e três hotéis não fizeram objeções, enquanto 20 responderam que era aceitável, desde que o casal não apresentasse nenhum comportamento que os identificasse como gays.

O Catar enfrentou críticas contundentes sobre seu histórico de direitos humanos desde que conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo em 2010. Embora ativistas tenham condenado as políticas que limitam os direitos das mulheres e pessoas LGBT+, a maior parte das críticas se concentrou no tratamento de trabalhadores migrantes de baixa renda.

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