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Negócios

Após balanços Magalu e Via sobem na bolsa, enquanto Americanas recua

Ps balanços das três varejistas apresentaram melhoras em diversos indicadores; veja análises.

Embora ainda estejam diante de um cenário macroeconômico desafiador impactado por inflação e juros elevados, as varejistas Magazine Luiza, Americanas e Via reportaram balanços no segundo trimestre de 2022 com melhoras em diversos indicadores. No fim do pregão desta sexta-feira (12), Magazine Luiza (MGLU3) disparou 17,76% e Via (VIIA3) subiu 13,98%, enquanto Americanas (AMER3) recuou 2,41%.

A Via teve uma melhor rentabilidade, com crescimento da margem do lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) devido ao forte controle de despesas.

Magazine Luiza se destacou por voltar a gerar caixa positivo, na contramão de seus principais concorrentes, enquanto a Americanas apresentou o melhor crescimento de receita de vendas pela internet entre as concorrentes, além de expansão de rentabilidade.

Veja os indicadores que mais chamaram a atenção das casas de análises:

Via

Em relatório, Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, analistas da XP Investimentos, escreveram que a rentabilidade da empresa está melhorando gradualmente.

“A margem bruta melhorou 0,5 pontos percentuais por conta do aumento das taxas de comissão e receita de serviços, enquanto a margem Ebitda foi o principal destaque, com crescimento de 3,6% pontos percentuais no comparativo anual, sustentado por ganhos de produtividade e otimização de despesas com marketing”, escreveu a equipe.

Além disso, o lucro líquido fechou o trimestre em R$ 16 milhões, ante estimativa de prejuízo de R$ 131 milhões da XP, beneficiado por menores despesas financeiras e um impacto tributário positivo.

Já o fluxo de caixa surpreendeu positivamente os analistas ao alcançar R$ 12 bilhões, impulsionado “principalmente por ganhos de capital de giro, especialmente do lado da oferta, que pode ser explicado por negociações mais duras”.

Americanas

Guilherme Domingues, da Eleven, mencionou que a empresa apresentou um bom resultado operacional no segundo trimestre, com o melhor crescimento de receita de GMV (que mede as vendas pela internet) do setor, que avançou 11% no comparativo anual. Enquanto Magalu registrou alta de 1,1% e Via teve queda de 3,5%.

“Acreditamos que a maior diversificação de seu portfólio e menor dependência de produtos de linha branca quando comparado aos pares do setor foram os principais motivos para o crescimento no trimestre”.

Além disso, os analistas mencionaram que em termos de rentabilidade, devido às maiores eficiências operacionais e sinergias da fusão entre Lojas Americanas e B2W, a companhia apresentou uma diluição de SG&A (despesas com vendas, gerais e administrativas), resultado em um crescimento de Ebitda ajustado de 29,1% (com avanço de 2,2 de margem).

Um destaque negativo apontado foi a forte queima de caixa de R$ 1,5 bilhão. “Mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 37, com uma visão construtiva de longo prazo para a companhia, em que continuamos a ver a Americanas como um ecossistema robusto e diversificado”, disseram.

Magazine Luiza

Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini, do Goldman Sachs, mencionaram que a administração de Magalu foi construtiva em seu comentário sobre a geração de caixa do segundo trimestre “voltando a patamares positivos e expectativa de melhores vendas no segundo semestre”.

Em contrapartida, Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, analistas da XP Investimentos, escreveram que a empresa apresentou resultados fracos no segundo trimestre de 2022, com uma dinâmica desafiadora de receita apesar de ter apresentado geração de caixa positiva no trimestre, de R$ 1 bilhão, enquanto seus pares comparáveis registraram queima de caixa, impulsionada pela redução de estoques e recebíveis.

“Olhando para frente, a empresa parece otimista com a dinâmica do segundo semestre com a Copa do Mundo, Black Friday e 5G”, avaliou o trio.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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