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Natura tem prejuízo acima do esperado no 1º tri e posterga projeções

Foi pressionada por custos crescentes e vendas fracas; cenário fez a empresa de cosméticos adiar em um ano a previsão de alcançar algumas estimativas financeiras.

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The logo of Natura is picture at the company headquarters in Sao Paulo, Brazil December 19, 2019. REUTERS/Amanda Perobelli

A Natura & Co (NTCO3) teve um prejuízo líquido maior do que o esperado no primeiro trimestre, de R$ 643,1 milhões, pressionada por custos crescentes e vendas fracas. O cenário fez a empresa de cosméticos adiar em um ano a previsão de alcançar algumas estimativas financeiras.

A Natura reafirmou a projeção de atingir margem Ebitda (margem de lucro operacional) de 14% a 16% em 2024, mas disse que agora espera atingir a meta de receita líquida de R$ 47 bilhões a R$ 49 bilhões apenas em 2024, contra 2023 anteriormente.

A companhia também disse que não alcançará a estimativa de redução da relação dívida líquida/Ebitda para menos de 1 vez no próximo ano, e que a meta deve ser alcançada só em 2024. A Natura culpou os recentes riscos macroeconômicos e geopolíticos, particularmente os efeitos da guerra na Ucrânia.

A Natura vê um segundo trimestre desafiador e disse que cortará ainda mais os custos e tomará outras medidas para proteger a lucratividade e a geração de caixa.

Analistas consultados pela Refinitiv esperavam que a Natura, dona de marcas como Avon, The Body Shop e Aesop, tivesse prejuízo líquido trimestral de R$ 99 milhões.

A Natura disse no balanço que o desempenho trimestral foi impactado pelo aumento da inflação, que afetou a renda disponível dos consumidores nos principais mercados, bem como as pressões de custo da cadeia de suprimentos e movimentos cambiais desfavoráveis.

A empresa também sofreu os primeiros efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia e acrescentou que sua maior exposição à Europa e América Latina se refletiu em vendas e lucratividade mais baixas em comparação com o mesmo período de 2021.

A receita líquida da Natura caiu 12,7% no primeiro trimestre sobre um ano antes, para R$ 8,3 bilhões, quase em linha com o consenso de mercado, de 8,5 bilhões, segundo dados da Refinitiv.

Para o segundo semestre de 2022, a Natura disse que espera ver mais ganhos com a transformação da Avon e uma base de comparação mais favorável.

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