No cenário externo, as atenções estão voltadas apenas para o índice de confiança do consumidor norte-americano (Universidade de Michigan). As bolsas internacionais ainda digerem os dados do índice de preços ao consumidor nos EUA em maio (CPI), divulgado ontem acima das previsões, e vão tolerando o discurso do Federal Reserve (Fed) de que a alta da inflação é transitória e favorece a manutenção da atual política monetária expansionista e estímulos fiscais.
As bolsas europeias operam em alta bem definida nesta sexta-feira, os mercados estão mais otimistas, pois os principais bancos centrais do mundo não vão mexer em sua política monetária no curto prazo, apesar de sinais de alta da inflação. A reabertura das economias levou as bolsas a atingirem recordes neste início de manhã, com investidores fazendo a rotação para setores cíclicos, como commodities, industriais e bancos, que tendem a se beneficiar do relaxamento das restrições contra a pandemia. Além disso, o PIB do Reino Unido cresceu 2,3% em abril ante março, maior ritmo mensal desde julho de 2020.
Ásia: na China Continental, índice Xangai Composto caiu 0,58%; Tóquio, índice Nikkei fechou estável (-0,03%); Hong Kong, Hang Sang subiu 0,36%, para 28.842,13 pontos; em Seul, Kospi ganhou 0,77%, aos 3.249,32 pontos; Europa: índice Stoxx 600 opera em alta de 0,38%, aos 456,28 pontos; Frankfurt sobe 0,15%, Londres +0,56%, Paris +0,53% e Madri +0,37%; NY/Pré-Mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,13%, do S&P 500 +0,04% e do Nasdaq -0,04%; Petróleo: Brent para agosto sobe 0,21%, a US$ 72.67 o barril; Ouro para agosto estável (-0,06%), a US$ 1.895,25 a onça-troy.
Brasil: chegamos ao final da semana com a agenda de indicadores econômicos ainda impactando os mercados, após os dados de inflação acima do esperado no Brasil e nos EUA. Apesar de não ter o mesmo peso dos dois últimos indicadores (PIB/1TRI e IPCA de maio) que agitaram o mercado, hoje será divulgado o desempenho do setor de serviços em abril no Brasil (9h), que pode influenciar as expectativas em relação à taxa Selic ao final deste ano. É cada vez maior as apostas de que o Banco Central terá que elevar os juros básicos à 6% ou mais, diante da surpreendente melhora da atividade e os sustos recorrentes com a inflação.
Ibovespa: o desempenho de Wall Street, após o CPI, ajudou o Ibovespa a sustentar os 130 mil pontos no fechamento. O índice encerrou o pregão em alta de 0,13%, aos 130.076,17 pontos, com volume financeiro de R$ 28 bilhões. Em um dia que o índice oscilou entre altas e baixas, perdeu força com os bancos e as ações ligadas às commodities, na contramão do mercado internacional e nem mesmo a valorização do mineiro (+1,96%%) deus sustento às mineradoras e siderúrgicas. O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo e sem resistências pela frente ou sinais de possíveis correções. O Investidor estrangeiro ingressou no acumulado de junho com R$ 9,15 bilhões na B3; no ano, saldo é positivo em R$ 40,53 bilhões.
Na semana, o Ibovespa está próximo da estabilidade, com um leve recuo de 0,04%, porém é natural após três semanas consecutivas de alta e não descartaria um movimento de correção no curto prazo.
Indicadores: |
Reino Unido: G7 inicia reunião de cúpula |
Rússia: BC divulga decisão de política monetária (7h30) |
FGV: Indicador Antecedente de Emprego de junho (8h) |
IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços de abril (9h) |
EUA/Universidade de Michigan: índice de sentimento do consumidor preliminar de junho (11h) |
BC faz leilão de até 15 mil contratos de swap (US$ 750 milhões), em rolagem (11h30) |
EUA/Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h) |
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