Entre os tipos de fundos de investimento, um dos mais comuns é o fundo de renda fixa, considerado uma das opções mais seguras para os investidores que gostam de fundos.
Existem diferentes tipos de fundos de renda fixa - o que pode confundir alguns investidores. Para entender melhor as diferenças entre eles, veja abaixo 3 perguntas e respostas sobre este tipo de ativo. Para elaborar o conteúdo, o InvestNews ouviu Tiago Feitosa, fundador da T2 Educação, e considerou ainda conteúdo da gestora Vérios.
O que é fundo de renda fixa?
Os fundos de renda fixa não são uma aplicação de renda fixa, mas sim uma carteira de investimentos que contém ativos de renda fixa. Neste caso, o investidor vira cotista e confia ao gestor do fundo a tarefa de adquirir bons títulos de renda fixa.
A renda fixa é uma categoria de investimento que tem um cálculo pré-definido – fixo, como já diz o nome. Na compra de um título deste tipo, o investidor “empresta” o dinheiro para alguém – que, nesse caso, pode ser o governo, bancos ou outras empresas –, e, no futuro, recebe esse valor de volta, acrescido de juros.
Para ser classificado nesta categoria, um fundo precisa investir ao menos 80% de seu patrimônio alocado em ativos de renda fixa, como os títulos do Tesouro Direto, CDBs (Certificados de Depósito Bancário) ou letras de crédito (LCIs e LCAs, por exemplo).
Quais são os tipos de fundo de renda fixa?
Dentro da classificação de fundos de renda fixa, existem ainda 4 subclassificações:
Título de renda fixa simples
Esses fundos investem 95% do patrimônio em títulos públicos federais com baixo risco de mercado – Letra Financeira do Tesouro Nacional (LFT, ou Tesouro Selic) ou títulos privados cuja classificação de risco do emissor seja igual ou superior à do governo federal. Por isso, é considerado o fundo de investimento mais conservador.
Referenciado
Esses fundos investem 95% do patrimônio em ativos com rentabilidade atrelado ao benchmark do fundo (rentabilidade atrelada a um indicador que o fundo pretende superar). Um dos exemplos mais comuns é o fundo referenciado DI.
Fundo de renda fixa dívida externa
Esses fundos investem 80% do patrimônio em ativos emitidos pelo governo para captar recursos fora do Brasil – ou seja, ativos que representam a dívida externa do país.
Fundo de curto prazo
A classificação está relacionada ao prazo dos ativos que compõem a carteira do fundo, Para que um fundo se enquadre nesse perfil, o prazo médio da carteira deve ser inferior a 60 dias, e nenhum ativo pode ter prazo superior a 375 dias.
É seguro investir em fundos de renda fixa?
Os fundos de renda fixa são considerados mais seguros que outras modalidades de fundos de investimentos. Um investidor que escolher um fundo de renda fixa simples, por exemplo, deve ter menos riscos do que aquele que optar por um fundo de ações ou um fundo cambial. Essa escolha deve ser feita considerando o perfil do investidor.
Ainda assim, vale lembrar que a renda fixa possui seus riscos, como o de calote (quando o emissor deixa de pagar a dívida aos credores) e de marcação a mercado (quando o valor de um título sofre oscilações bruscas de preço, o que afeta sua rentabilidade.
É importante ressaltar ainda que as cotas de fundos não têm cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), embora algumas aplicações em si sejam protegidas. Por exemplo: um investidor que colocou seu dinheiro em um fundo não está coberto pelo FGC, mas o patrimônio que esse fundo investiu em ativos protegidos, como CDBs, LCIs ou LCAs, está garantido.
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