O dólar fechou em expressiva queda nesta terça-feira (17) e terminou abaixo da marca de R$ 5, com operadores embarcando numa onda de vendas da moeda norte-americana com aval do exterior, onde ativos de risco brilharam em meio às notícias em várias frentes que ofereceram alívio após dias de instabilidade.
O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, teve um pregão de alta, marcando a quinta sessão consecutiva de ganhos. O setor financeiro foi a maior influência para o avanço do índice, com destaque para alta de Bradesco (BBDC3). O grupo de saúde Hapvida (HAPV3) desabou na ponta contrária, assim como o Magazine Luiza (MGLU3), ambos após resultados do primeiro trimestre.
No dia, o Ibovespa avançou 0,51%, aos 108.789 pontos. Já o dólar recuou 2,14%, negociado a R$ 4,9419.
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Cenário externo
Fernando Bergallo, diretor de operações da assessoria de câmbio FB Capital, disse à Reuters que as movimentações dos ativos antes da abertura do mercado já indicavam “movimento nítido de inclinação ao risco”, e, portanto, ele acredita que o principal fator para a queda do dólar nesta terça-feira é o cenário externo.
Bergallo destacou que o noticiário sobre a disseminação da covid-19 na China, deu sinais para arrefecimento. Xangai, por exemplo, atingiu o esperado marco de três dias consecutivos sem novos casos de covid-19 fora das zonas de quarentena nesta terça-feira. Essa conquista geralmente significa um status de “zero covid” para as cidades chinesas e o início da suspensão de restrições de combate à doença.
Os mercados internacionais haviam sofrido nas últimas semanas por temores de que lockdowns na segunda maior economia do mundo levariam a uma desaceleração econômica mundial. Colocando panos quentes sobre esses medos por ora, dados desta terça-feira mostraram que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro foi mais forte do que o anteriormente esperado no primeiro trimestre.
Além das notícias sobre o cenário externo, Bergallo disse o movimento nos mercados de países em desenvolvimento também reflete o avanço de commodities, com destaque para os contratos futuros do petróleo Brent e do minério de ferro nesta sessão.
Bolsas mundiais
Wall Street
Wall Street encerrou em alta expressiva nesta terça-feira, impulsionado por Apple (AAPL34), Tesla (TSLA34) e outras ações de megacapitalização depois que fortes vendas no varejo em abril aliviaram preocupações com a desaceleração do crescimento econômico.
O índice S&P 500 fechou em alta de 2,02%, a 4.088,85 pontos. O Dow Jones subiu 1,34%, a 32.654,59 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançou 2,76%, a 11.984,52 pontos.
Europa
As ações europeias fecharam em alta nesta terça-feira, na esperança de que a demanda na china possa ser mantida, com expectativa de que as autoridades relaxem as restrições contra a covid-19, enquanto investidores também comemoraram previsões otimistas de balanços.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 1,22%, a 438,97 pontos, e um salto no setor de mineração liderou os ganhos. Papéis bancários e industriais também estavam entre os que deram o maior impulso ao índice principal.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,72%, a 7.518,35 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,59%, a 14.185,94 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,30%, a 6.430,19 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,12%, a 24.301,65 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,46%, a 8.475,70 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,61%, a 5.834,03 pontos.
Ásia e Pacífico
As ações da China terminaram em alta nesta terça-feira, quando Xangai alcançou o marco importante relacionado à covid-19 necessário para aliviar as restrições, enquanto as gigantes da tecnologia e as ações de Hong Kong registraram o maior salto em seis semanas com notícias sobre reunião de um órgão consultivo para promover a economia digital.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,42%, a 26.659 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 3,27%, a 20.602 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,65%, a 3.093 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,25%, a 4.005 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,92%, a 2.620 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,98%, a 16.056 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,34%, a 3.201 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,27%, a 7.112 pontos.
*Com informações da Reuters.
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