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Análise

Morning Call: balanços e risco político continuam em semana com Copom e payroll

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Depois de uma semana com alta volatilidade nos mercados internacionais, a semana se inicia com as bolsas europeias e asiáticas em um dia de recuperação após a interferência do governo chinês em sua economia, avanços de casos da nova variante da covid mas a divulgação de resultados fortes do segundo trimestre de empresas nos EUA.

As notícias políticas ajudaram a derrubar, na sexta feira, o índice Bovespa, fortalecer o dólar e estressar a curva de juros após a fala do presidente Bolsonaro na sexta feira sobre o aumento do endividamento para o pagamento do Bolsa Família, que preocupou o mercado pelo risco do ato ser feito fora do teto de gastos. Ainda no mesmo dia, alguns membros do governo disseram que não haverá violação do teto de gastos porém esse aumento do risco político nas vésperas de um ano eleitoral pode trazer uma sensação de instabilidade e imprevisibilidade ao investidor estrangeiro.

A temporada de balanços continua nessa semana com destaque para resultados de grandes empresas como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Petrobrás entre outras. Na quarta feira às 18:30 será divulgada a nova taxa Selic meta após reunião do Copom, que pode elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual de acordo com a expectativa do mercado para conter a pressão inflacionária. Na sexta feira, os EUA divulgam sua taxa de desemprego e o Payroll de julho e os pedidos semanais de seguro desemprego, que devem trazer volatilidade ao dólar.

Fonte: TradingView

Após perder os 125 mil pontos, o Ibov se aproximou da média móvel de 21 períodos no gráfico semanal, ponto que precisa demonstrar uma força compradora para retomar o movimento de alta em um prazo maior, caso contrário, pontos abaixo como a região dos 117 mil pontos podem servir como suporte.

No câmbio, apesar da sexta feira com forte valorização do dólar, a tendência de longo prazo continua de baixa com a cotação próxima de R$ 5,23 abaixo da média móvel de 21 períodos no gráfico semanal. Outro fator que deve colaborar para a queda da moeda norte americana é a decisão da nova taxa Selic, que atrai mais investidores a medida que o diferencial entre taxa de juros brasileira e norte americana vai aumentando. O que resta saber é se esse diferencial conseguirá atrair investidores o suficiente com o risco político no caminho.

Os juros futuros subiram em todos os vencimentos na sexta feira em reflexo da fala do presidente Bolsonaro como forma de incorporação do maior risco. O mercado pode mostrar sinais de maior calma na quinta feira, dia seguinte a divulgação da nova taxa Selic.

Por enquanto, os mercados europeus tem alta com FTSE: +0,72%, CAC: +0,66%, IBEX: +1,05%, e Euro Stoxx: +0,45%. As bolsas asiáticas também estão em recuperação com Nikkei: +1,82%, Shanghai: +1,97%, Hang Seng: +0,93% e KOSPI: +0,65%.As commodities operam em queda nessa segunda com Ouro: -0,34%, Milho: -0,11%, Petróleo Brent: -1,14%, Petróleo WTI:-1,37% e Bitcoin: -4,70%.

Os principais Indicadores e eventos da semana:

2ª Feira – 02/08:

  • Brasil: Boletim Focus e divulgação do balanço do Itaú Unibanco;
  • EUA: PMI Industrial de julho;

3ª Feira – 03/08:

  • Brasil: IPC-Fipe, Produção Industrial de junho e divulgação do balanço de Bradesco e Sulamerica;
  • EUA: Discurso de Bowman, Membro do FOMC;

4ª Feira – 04/08:

  • Brasil: PMI Composto e de Serviços de julho, divulgação do balanço de Petrobrás, Gerdau, Totvs e Banco do Brasil, divulgação da nova taxa Selic;
  • EUA: Variação de Empregos Privados (ADP) de julho;

5ª Feira – 05/08:

  • Brasil: Divulgação dos balanços de Engie e Henring;
  • EUA: Pedidos Iniciais por Seguro Desemprego;
  • Reino Unido: Decisão da Taxa de Juros,

6ª Feira – 06/08:

  • Brasil: Divulgação do balanço de M. Dias Branco;
  • EUA: Taxa de Desemprego e Payroll de julho.

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