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Análise

Morning Call: commodities puxam IBOV; treasuries voltam a pressionar bolsas

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Após alcançar a máxima do dia aos 115.127, o índice Ibovespa fechou aos 114.984 pontos, com uma forte alta de 1,96%, em dia marcado pela aprovação do texto-base da PEC Emergencial na Câmara e sanção dos estímulos trilionários nos EUA. Com giro financeiro de R$ 45,1 bilhões, o índice foi sustentando pelas commodities; Petrobras PN subiu 4,25%, acompanhando o petróleo fortalecido pela previsão de alta na demanda em 2021 pela Opep, para 5,9 milhões de bpd.

Outro setor que se destacou foi siderurgia e mineração, impactados pelo salto de 3,66% do minério de ferro e a expectativa de crescimento na demanda, após pacote de US$ 1,9 trilhão nos EUA. Vale ON ganhou 2,62%, Usiminas PN (+4,47%) e Gerdau PN (+3,78%). Além disso, a forte queda do dólar também favoreceu o segmento de turismo e aéreo, que sofrem muito com a pandemia e novas medidas de restrições pelo país inteiro. CVC liderou as altas do índice (+10,96%).

Enquanto NY renova recordes com a vacinação adiantada e o pacote trilionário de Biden para recuperar a economia, os mercados domésticos vivem uma realidade paralela com uma tragédia que já colapsou cidades, como São Paulo, exigindo o recurso extremo do lockdown. Mas se o Ibovespa se anima com a força de Wall Street, o câmbio obriga o Banco Central a atuações diárias e preventivas, na tentativa de esvaziar as expectativas de um choque na taxa de juros, na reunião do Copom da semana que vem.

Os yields dos Treasuries americanos operam em alta consistente, acendendo o modo risk off dos mercados acionários. As bolsas europeias seguem os futuros em Nova York e operam em queda, também repercutindo que a produção industrial do Reino Unido, que caiu 0 1,5% em janeiro ante dezembro e a projeção era -1,2%. Na zona do euro: produção industrial sobe 0,8% em janeiro ante dezembro. previsão era de +0,3%.

Futuros em NY: Dow Jones cai 0,01%, S&P 500 (-0,50%) e Nasdaq (-1,67%); yield do T-note de dez anos sobe a 1,5993% (de 1,5362%); Bolsa de Frankfurt cai 0,58%, Londres (-0,24%), Paris (-0,09%); Petróleo tipo Brent para maio sobe 0,27%, a US$ 69,82; Ouro para abril cai 1,19%, cotado a US$ 1.702,05 a onça-troy; Minério de ferro tem queda forte de 3,08% em Qingdao, para US$ 165,44 a tonelada; Bolsa de Tóquio (Nikkei) fecha em alta de 1,73%; Bolsa de Xangai sobe 0,47%.

O índice Bovespa segue em um processo de correção no curto prazo, porém ao operar no nível dos 115 mil pontos, interrompe temporariamente o movimento mais forte de baixa e começa a consolidar uma congestão, o que é positivo neste momento. No período mais longo, ainda se preserva acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantendo portanto, uma tendência de alta no longo prazo.

Indicadores
Brasil:
IBGE: Vendas no varejo em janeiro
BC oferta até 15 mil contratos de swap cambial (US$ 750 milhões) (9h30)
BC faz leilão de 13.610 contratos de swap (US$ 680,5 milhões), em rolagem (11h30)
EUA:
Deptº do Trabalho: PPI de fevereiro (10h30)
Universidade de Michigan: índice de sentimento do consumidor de março (12h)
Baker Hughes: poços de petróleo em operação (15h)
Europa:
Zona do euro/Eurostat: produção industrial de janeiro (7h)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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