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Análise

Morning Call: IBOV respira aliviado com PEC Emergencial e balanços das empresas

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

A Câmara votará hoje o 2º turno da PEC Emergencial, em sessão às 10h, após os trabalhos serem interrompidos com a conclusão dos destaques. A novidade do dia, que tem IPCA (9h), é o leilão extraordinário de US$ 1 bilhão em swap, que o BC anunciou após o fechamento, na sequência de duas atuações na véspera, mesmo com forte queda do dólar.

Ontem, em um pregão volátil, o Ibovespa ganhou fôlego à tarde, para fechar em alta de 1,30%, aos 112.776,49 pontos, após o acordo na Câmara que preservou o “coração” da PEC Emergencial, com o gatilho que permite o congelamento dos salários dos servidores quando os gastos atingirem 95% das despesas totais. Além disso, balanços fortes, como o da BR Distribuidora (BRDT3, +6,42%), contribuíram para a recuperação do índice. As descontadas varejistas e ações ligadas ao turismo anteciparam a volta do auxílio. O e-commerce, diante das restrições à circulação de pessoas em São Paulo, foi mais beneficiado, com Via Varejo avançando 10,29%. Na ponta negativa, a queda do dólar derrubou Suzano, -5,46% e Petro Rio (#PRIO3), -4,39%. Já Petrobras ganhou +4,21% com recuperação no preço do petróleo. Petróleo tipo Brent para maio sobe 1,13%, para US$ 68,67 o barril; Minério de ferro salta 3,66% em Qingdao, para US$ 170,70.

Os futuros de índices em Nova York operam em alta forte, com as ações de tecnologia comandando a elevação, após a queda dos yields dos Treasuries americanos. A inflação dentro do esperado nos EUA e a aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão ontem pelo Congresso deixaram os investidores à vontade pelo terceiro pregão consecutivo. O T-bond de 10 anos teve forte demanda no leilão ontem, trazendo os rendimentos projetados para baixo. A aceleração do ritmo de vacinação no país também é um alento.

Há pouco, o Dow Jones future subia 0,29%, o S&P 500 +0,75% e o Nasdaq +1,92%; yield da T-note de dez anos cai a 1,4902% (1,5160%); Ouro para abril sobe 0,67%, cotado a US$ 1.733,30 a onça-troy.

As bolsas europeias têm oscilação positiva tímida em sua maioria, com menor preocupação com inflação e queda dos yields dos Treasuries. Também há grande expectativa pelo comunicado de política monetária do Banco Central Europeu às 9h45 de Brasília. Christine Lagarde terá de convencer os mercados de que o BCE continuará fortemente comprometido a assegurar condições financeiras favoráveis e como ela comunicará isso será particularmente importante para os mercados.Há pouco, a bolsa de Frankfurt subia 0,05%. Londres caía 0,22%, Paris +0,19% e Madri +0,40%.

O índice Bovespa segue em um processo de correção no curto prazo (tendência de baixa) ao operar abaixo dos 115 mil pontos, porém ainda se preservando acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantendo portanto, uma tendência de alta no longo prazo.

Indicadores
Brasil:
IBGE: IPCA de fevereiro deve acelerar a 0,71%, na margem (9h)
BC faz leilão de 20 mil contratos de swap (US$ 1 bilhão), em injeção de recursos novos (9h30)
BC faz leilão de 16 mil contratos de swap (US$ 800 milhões), em rolagem (11h30)
Tesouro faz leilão tradicional de LTN, NTN-F e LFT (11h)
Balanços de BRMalls, Moura Dubeux, Tenda e RNI, após o fechamento
EUA:
Deptº do Trabalho: divulgação de pedidos de auxílio-desemprego (10h30) e relatório Jolts de janeiro (12h)
Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, tem reunião com Joe Biden
Europa:
Alemanha: BCE divulga decisão de política monetária (9h45) e Christine Lagarde realiza coletiva de imprensa (10h30)
Balanços de BRMalls, Moura Dubeux, Tenda e RNI, após o fechamento

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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