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Análise

Morning Call: IPCA pode ter registrado seu último mês de deflação no ano

O IPCA divulgado hoje pela FGV teve deflação menor do que a projetada, indicando a perda de força do corte do ICMS sobre o índice mas o movimento já era esperado de certa forma já que as projeções do IPCA no relatório Focus indicavam ser o último mês de deflação pela frente.

Nesta terça-feira (11) as bolsas asiáticas encerram o pregão majoritariamente em queda com forte influência de ações de tecnologia, impactadas pelos bloqueios comerciais entre EUA e China. As bolsas do Japão, Coreia do Sul e Taiwan caíram 2,64%, 1,83% e 4,35% respectivamente após os feriados de ontem, já o índice de Hang Seng registrou recuo de 2,23% enquanto o índice de Shanghai teve leve alta de 0,19% no dia.

Na Europa os mercados registram quedas com o retorno do aumento da tensão na Ucrânia. Após a explosão da ponte que ligava a Criméia à Ucrânia, desta vez uma explosão perto de um predio da embaixada alemã, desativada desde o início do conflito, e relatos de intensificação de mísseis na Ucrânia fazem a tensão geopolítica voltar ao radar.

Já no Reino Unido, dados econômicos não demonstram uma desaceleração da economia no mercado de trabalho após a divulgação da taxa de desemprego que registrou leve queda de 3,6% em julho para 3,5% em agosto enquanto o rendimento semanal médio subiu de 5,5% em julho para 6% em agosto, ambos os dados vieram acima das projeções de mercado. Em paralelo, o banco central da Inglaterra anunciou a expansão do programa de recompra de títulos.

O índice alemão DAX registrava queda de 0,40% no começo da manhã, o britânico FTSE caía 0,87%, o francês CAC tinha quedas de 0,48% e o Euro Stoxx recuava 0,67%.

Pré mercados nos EUA

Os contratos futuros dos principais índices norte-americanos recuavam na manhã com Dow Jones caindo 0,44%, Nasdaq em queda de 0,61% e o S&P 500 com perdas de 0,57%.

A cotação do barril de petróleo do tipo Brent, referência para Petrobras, caía 1,42% aos US$ 94,81 com as perspectivas mundiais de menor demanda pela commodity em reflexo da necessidade de juros mais altos em economias desenvolvidas e a volta das medidas restritivas contra covid na China, efeito similar ao observado no minério de ferro que chegou a registrar queda de 2,5% na bolsa de Dalian.

Deflação no IPCA começa a perder a força do corte de ICMS

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pela FGV nesta manhã registrou deflação de 0,29% em setembro após a queda de 0,36% em agosto. O resultado fica levemente acima da deflação esperada de 0,34% pelo mercado e reduz a inflação acumulada em 12 meses de 8,73% para 7,17%.

Dentre os 9 grupos pesquisados, 4 registraram queda no mês e o impacto maior na queda ainda partiu dos grupos de Comunicação com -2,08% e Transportes com -1,98%. Já o índice de difusão, que mostra a quantidade de itens pesquisados dentro do índice que subiram de preço, desacelerou de 65,25% em agosto para 61,54% em setembro.

Apesar do resultado oficial do IPCA ter vindo acima da maioria das expectativas, ele é melhor do que a deflação de 0,25% esperada no relatório Focus divulgado na última segunda-feira. De acordo com as projeções do relatório, em outubro voltaremos a ter inflação positiva com alta de 0,34% em outubro e 0,46% em novembro a medida que o efeito do corte de ICMS sobre combustíveis e energia começa a perder fôlego.

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